Raí, Conselho e constrangimento

Fico imaginando a cena: um dos maiores ídolos da história do São Paulo (se não for o maior), campeão Paulista, Brasileiro, da Libertadores e Mundial, fundador de uma das ONGs mais importantes do país (Gol de Letra) e empresário bem sucedido frente a frente com 164 conselheiros para explicar, pergunta a pergunta, porque o técnico de futebol que está sob seu comando não é demitido.

 

É real, meus amigos. Raí, um dos ídolos máximos do São Paulo Futebol Clube, que esteve presente na reunião do Conselho Deliberativo na noite desta última segunda, teve paciência e educação para responder perguntas do tipo “Você acha que o São Paulo tem um grupo qualificado?” e “Você acha que o Diego Souza está jogando na posição certa?” entre outras.

 

Achei a sabatina extremamente constrangedora embora seja padrão nas reuniões de Conselho. Um cara tão qualificado como Raí não merecia ser submetido a essa situação, ainda mais vinda de conselheiros “torcedores” em uma sessão que não era destinada para isso. Essas dúvidas são para os torcedores e a imprensa especializada. Uma coisa é a insatisfação geral com os resultados, a outra é a confiança depositada nos profissionais que estão no futebol que, obviamente, viveram e entendem muito mais de futebol que qualquer um dos senhores das cadeiras do salão nobre. Só faltava vir o técnico explicar tática e treinos aos presentes…

 

Ricardo Rocha comentou algo importante no Esporte Interativo: “O treinador não está satisfeito. Nós não estamos satisfeitos. Em qualquer outro lugar, Dorival já estaria demitido mas a gente sabe como é o Brasil e tenta mudar isso. Eu confio no Dorival”. O meu voto é de confiança a Raí e Ricardo Rocha. São eles os responsáveis pelo futebol do São Paulo. Se pedimos profissionalismo no clube, temos que entender os motivos dos nossos profissionais em acreditar no trabalho realizado. Tudo com as devidas críticas e cobranças.

 

A sabatina passada por nosso ídolo e diretor de futebol na noite da última terça-feira mostra o nível que estão os que ditam os rumos da nossa instituição. Aliás, nosso diretor de futebol nem deveria estar lá e sim focado nos acontecimentos da Barra Funda e Cotia. O clima só foi tranquilo porque diante dos conselheiros estava o cara que colocou a bola no ângulo de Zubizarreta no dia 13/12/1992. Se Raí teve que passar por esse momento, imagina futuros profissionais que não fizeram história no clube.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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