O São Paulo inicia o ano de 2018 com algumas promessas e muitas incertezas aos olhos de seu torcedor. O clube, que experimenta um longo jejum de títulos (desde 2012 não levanta um caneco) tenta resgatar sua identidade e equilibrar as pesadas contas, mas ainda tropeça nos próprios erros do passado.
O futuro Tricolor no ano por enquanto é tão incerto quanto a mensagem da espetacular série britânica Black Mirror. Criada por Charlie Brooker e centrada em temas obscuros e satíricos que examinam a degradação da sociedade moderna, ela está em sua quarta temporada e é um dos maiores sucessos da Netflix. Cada capítulo é uma história com começo, meio e fim e em muitos deles, o foco são personagens totalmente fragilizados pela chegada e uso de novas tecnologias.
O paralelo com o São Paulo Futebol Clube é bem oportuno. De esperançoso, temos a chegada de um novo diretor com perfil vencedor e um auxiliar com as mesmas características. Raí e Ricardo Rocha (e, quem sabe Lugano) tem tudo para dar certo no Tricolor se puderem desenvolver um trabalho de longo prazo, independente da política do clube.
Por outro lado, o torcedor já convive com a expectativa da saída de jogadores da espinha dorsal criada no segundo semestre do ano passado, principalmente Lucas Pratto e Hernanes. O profeta tem uma cláusula que obriga o São Paulo a liberar o jogador para retorno a China, caso o Hebei Fortune solicite. Já Pratto, que na minha opinião foi vilão e vítima no ataque do ano passado, é fortemente assediado pelo argentino River Plate, inclusive com boas possibilidades de deixar o clube neste início de ano.
Leco, o presidente de discurso fácil e que se gaba por ser um torcedor apaixonado pelo clube, não pode permitir que jogadores tão importantes assim saiam do Tricolor. Manter o time que foi bem no segundo semestre do ano passado, principalmente sob a batuta do Profeta, reforçando as posições carentes, é obrigação de todos que pretendem ser mandatários de um clube tão grande como o nosso. Não basta trazer um time de vencedores para organizar o futebol. É preciso dar um elenco a eles.
Jogadores como Hudson, Reinaldo e Maidana fortalecem o elenco. A chegada de novas peças como Jean e Diego Souza (se vier) também, além de olhar com cuidado para a base. Porém, manter os principais jogadores do elenco do ano passado, para mim, é ponto fundamental para que o futuro do São Paulo não seja a repetição dos últimos anos, como um “loop” digno de Black Mirror.
O resgate da identidade Tricolor depende da manutenção dos grandes atletas.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(3) Comentários
Odecio
3 de janeiro de 2018Não acho o Pratto inegociável,pelo contrário acho bastante negociável. Seus números na carreira e pelo Sp são aquém da ultradimensao que ele possui. Acho a permanência do Hernanes vital para alcançarmos algo e queria muito que o Rodrigo Caio fosse vendido. Do resto creio que Diego Souza seria muito para o lugar do Pratto e Scarpa cairia como uma luva em ano de Copa que o Cueva será convocado e não vai querer rachar muitas bolas.
Fernando C.
3 de janeiro de 2018Ainda acho que Pratto é "negociável" e Diego Souza não é interessante. O SPFC deveria focar em manter o Hernandes (nem que tenha q fazer loucura $$$) e ir com mais força para cima do Scarpa no lugar do Diego Souza. O Boi bandido apesar de não ser rápido, poderia ser agregado ao ataque, ou o Pato mas esse é bem mais caro.
Norton
2 de janeiro de 2018Planejamento "padrāo LECO de qualidade"...mais um ano de "glórias" pela frente...dureza.. Mas para muitos, está tudo certo.. 1 título em 9 anos 3 dos últimos 5 Brasileirões brigando para nāo cair.. Dívida nāo diminui... But, o "LECĀO da massa" é show...