O inconformismo de Andrés Sanchez é um tapa na cara nos nossos dirigentes

O inconformismo de Andrés Sanchez é um tapa na cara nos nossos dirigentes

Derrota acachapante num clássico, escape de uma goleada histórica, jogadores apáticos, veteranos irreconhecíveis, jovens com peso nas pernas, má estratégia… tudo isso vimos ontem no Parque Antárctica. Ao vivo, a cores e com o inconformismo do são-paulino padrão, aquele que venceu tudo que poderia conquistar nos últimos 30 anos do futebol mundial.

 

Inconformismo esse visto pela figura principal de um dos principais rivais do clube na sua história. A entrevista de Andrés Sanchez após a derrota de seu clube no Rei Pelé, em Maceió, foi quase digna de aplausos da coletividade do futebol.

 

Andrés desceu do pedestal de presidente, mostrou toda a irritação de um dirigente de clube grande que cresceu nas arquibancadas e mandou recado claro aos seus funcionários: “Treinador e jogadores tem culpa. Se todos pedirem férias, podem sair. Colocamos o Sub-20. Acabou a paciência. Estou decepcionado. P*** nervoso. Triste.” – Disse ele aos microfones.

 

Podem falar o que quiser do mandatário alvinegro mas uma coisa Andrés tem de bom: ele sabe defender muito bem a instituição que representa, algo que não vemos há algum tempo pelos lados do Morumbi. Após a goleada no Palestra, relatos dos setoristas dão conta que apenas os atletas mais jovens deram a cara para bater na zona mista, além da coletiva obrigatória e protocolar do técnico. Nada de diretores e muito menos o maior representante do clube: Carlos Augusto de Barros e Silva.

 

Muricy foi muito claro em um vídeo feito no seu evento, no Camarote do Leandro Guerreiro, viralizado entre os torcedores. Falta gente que sinta o São Paulo do jeito que o São Paulo realmente é. O Tricolor e seus representantes máximos deveriam ter o inconformismo do presidente rival. Na vitória ou na derrota. É função dos que possuem cargos de liderança não serem somente protocolares. Eles precisam dar exemplo e recado aos que lhe cercam quando a situação exige. Quem não se faz presente nas crises vira símbolo de descaso e despreocupação.

 

Saudade das figuras de Marcelo Portugal Gouvêa, Marco Aurélio Cunha, Rogério Ceni, Telê Santana, Muricy Ramalho e até Juvenal Juvêncio, em sua melhor forma. Estes sim, cada um de um jeito, sentiam o São Paulo Futebol Clube, sua grandeza e a saúde mental e física de sua torcida.

 

Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram

Post aberto para comentários.