As duas últimas contratações doSão Paulo para a temporada podem não ser as melhores em termos técnicos ou de visibilidade, se comparadas com outras recém chegadas do exterior para o futebol brasileiro, mas elas possuem algo que Crespo, a comissão técnica e os diretores do clube queriam no elenco: brio e foco.
Calleri e Gabriel Neves vieram não somente para reforçar tecnicamente posições ‘chave’ no elenco. Eles tem a responsabilidade de injetar um sangue diferente do visto em muitos jogadores brasileiros, tidos como melhores tecnicamente mas muitas vezes superados pela garra e vontade de vencer dos estrangeiros, principalmente os sul-americanos.
Cicinho, em recente entrevista ao Podcast PodPah exemplificou perfeitamente o que estou dizendo neste texto Ao ser perguntado sobre o estilo de Diego Lugano, seu antigo companheiro de São Paulo, o ex-lateral foi direto: “O Lugano, se deixasse, ele batia até em nós (nos próprios jogadores do Tricolor). O bicho é agressivo. Com ele não tinha tiriça; às vezes eu estava numa nhaca dentro de campo e ele falava… VAMOS MUCHACHO, VAMOS MUCHACHO e agente era obrigado a correr. não tem tiriça… acho que só o brasileiro tem tiriça, acho que só o brasileiro que tem nhaca, que acorda de manhã, espriguiça… eu acho que os europeus, os sul-americanos, esse povo não tem nhaca, eu nunca vi esses caras com nhaca”… – disse ele.
Cicinho no podcast @podpahpodcast pic.twitter.com/a03eGaU4Ix
— Daniel Perrone ♔ (@danielperrone) September 1, 2021
Pois é, a “nhaca” citada por Cicinho é esse conformismo, essa comodidade que muitos jogadores brasileiros possuem. Não são poucos os casos de eliminações de clubes brasileiros por clubes gringos muito menos talentosos. O próprio Tricolor tem muitos exemplos recentes, contra Talleres, Cólon, Defensa y Justicia e Lanús. Todos inferiores, todos classificados.
Perrone Vídeos: Cicinho tem razão na ‘nhaca’? Veja:
Lutamos diariamente por isso; por um São Paulo com a sua certidão de nascença, isso é, com o DNA de um clube que objetiva, corre atrás e conquista. Isso é o São Paulo. Nada veio fácil na nossa história e por isso esse mantra precisa sempre ser lembrado aos atletas mais jovens e aos que chegam por pessoas como Lugano, Rogério e Muricy, o ídolo que tem esse importante papel fora de campo hoje em dia.
A força e o gigantismo do São Paulo vem do seu DNA.
Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.
Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
Me siga no Kwai
Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram
Post aberto para comentários.
(3) Comentários
Luiz
4 de setembro de 2021Os jogadores brasileiros, em geral, não gostam futebol (sequer assistem aos jogos), não gostam de competir, não tem o desejo de construírem uma carreira longeva e vitoriosa, porque isso necessita de muito empenho e sacrifício. Gostam mesmo é da vida de bon vivant, de ganharem muito dinheiro e usufruírem de tudo o que a fortuna pode proporcionar: mansões gigantescas (para organizarem seus bacanaiszinhos), carros de luxo, roupas de grife, viagens para destinos paradisíacos, etc.
Henrique Goulart
1 de setembro de 2021E não são apenas os jogadores de futebol que são acomodados... É uma característica de grande parte do povo brasileiro ser acomodado no seu emprego e na vida. É questão de cultura...