A derrota em Bragança Paulista, nas circunstâncias que o jogo se desenhou, mostrou mais uma vez um São Paulo inacabado e deficitário na temporada 2022.
Com exceção das partidas diante da Ferroviária e Portuguesa, a equipe de Rogério Ceni não produziu futebol suficiente para receber a confiança do torcedor. Ele comparece como sempre, mas com razão não está satisfeito com o pouco produzido em campo.
Na partida diante do Bragantino, a equipe sofreu com a (mais uma) lesão muscular de Erison. Porém, mesmo com a inesperada baixa, a equipe teve poucos momentos de real domínio de jogo. Não bastassem os crônicos passes errados na tentativa das triangulações de ataque e falta de concentração coletiva em momentos decisivos, mais uma vez vimos um Luciano perdido entre as funções de armar e atacar e decisões pontuais do comando técnico.
Depois de um primeiro tempo sofrível por conta das duas equipes, o São Paulo dominou o adversário até o suado gol de Galoppo. O adversário reagiu, mudou e foi para cima do Tricolor. Rogério Ceni errou feio em não reagir as mudanças do técnico do Bragantino. Tirou Méndez, um alicerce no meio, trocou seis por meia dúzia no ataque na justificativa de manter o padrão ofensivo e não reforçou o combate no meio, expondo impiedosamente os seus zagueiros.
Os erros de decisão tática, aliado a falhas individuais de jogadores contestados pela torcida, custou um preciosíssimo resultado, colocando a equipe em uma situação complicada na tabela geral, caminhando a passos largos para decidir uma eventual semifinal sem o seu principal aditivo: a sua apaixonada torcida.
O caminho de uma eliminação no estadual está traçado.
O futuro de Rogério Ceni no São Paulo passará pela mudança de algumas de suas convicções. Além de trabalhar as deficiências técnicas de seu elenco, o treinador precisará mexer na estrutura tática da sua equipe. Longe da grande área, Luciano não funciona nem na armação e nem nas finalizações, sua maior qualidade. Além disso, é hora de entender que Pablo Maia e Nestor não estão contribuindo para a qualidade coletiva. O primeiro não repete as ótimas atuações do ano passado e o segundo, pelo amor de Deus, não pode ser responsável de maneira alguma pelas bolas paradas e cobranças de escanteio ou faltas.
Para finalizar, sei que a decisão passa pela regra dos estrangeiros, mas é preciso achar um espaço para Galoppo no meio-ataque. Mais uma vez em uma posição adiantada, o argentino converteu a primeira chance que teve e só não marcou mais um por preciosismo no corta luz em bela jogada de David na área. É um dos poucos com qualidade para alterar uma partida. Precisa ser mais utilizado até para entendermos o seu real tamanho no elenco. Galoppo vem pedido passagem.
Rogério recebeu peças para montar a equipe a sua maneira e, salvo as inúmeras lesões em que não tem responsabilidade direta (zaga reserva, LD reserva, centroavante reserva), é evidente que ele precisa mostrar mais serviço através do trabalho coletivo de seus jogadores. Dá para entender o modelo de jogo proposto (é o trabalho de pressão e posse realizado no segundo tempo) mas as decisões erradas citadas na coletiva após a derrota também passam pelo entendimento e reação do técnico as mudanças do adversário.
Acredito em trabalhos longevos entre comissões técnicas e acredito na melhora da equipe na temporada mas também está na hora de cobrar de Ceni e dos seus jogadores um futebol com muito menos falhas, mais atenção e também eficiência plena tática para o clube não sofrer ainda mais no Paulista e em torneios que exigem mais qualidade, a maior preocupação do ano.
O São Paulo de 2023 depende 100% do coletivo. E o coletivo é responsabilidade de Rogério Ceni.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(6) Comentários
Edi Silva
9 de fevereiro de 2023Sou fã do mito RC, mais já deu sua teimosia, Wellington, Pablo, Nestor, Luciano, já vem de tempos não jogando nada, principalmente qdo tem q encarar os clássicos, aí pioram. E deixa Neves, Luan no banco complicado ein, ah qm é orehuaela
CARLOS
9 de fevereiro de 2023O Rogério pode até reunir conhecimentos para desempenhar a função de comando técnico mas deixa muito a desejar na parte comportamental das relações interpessoais se mostrando completamente despreparado em termos de gestão de pessoas, habilidade e competência indispensáveis em cargos de comando e liderança como a de treinador em um time do tamanho e com as tradições de um SPFC. Não reúne também vivência alguma, conhecimento e competências no campo da gestão de projetos e processos, em cargos diretivos e de gestão, exigidos para a implementação de recriação e mudanças estruturantes na estrutura organizacional do departamento de futebol. A comissão técnica permanente do SP deve estar efetivamente dissociada das demais atividades e funções diretivas e de gestão do futebol.
CRIS
9 de fevereiro de 2023A derrota de ontem esta na conta de ROGERIO, quando ele desfaz a dupla de volante ele perde meio campo e perde o jogo. quando tira Mendes deveria entrar Luan em seu lugar mais poder de marcação mas entra Nestor que é MEiA. as mudanças de ontem sem ver treinamento só vendo jogos deveriam ser Mendes - Luan, Luciano estava cansado entra Nestor tira David entra Pedrinho tira Rato entra Talles ou Gabriel Neves fechar meio campo mas o ser supremo que nunca era tira os dois pontas coloca dois fora de ritmo de jogo e tira volante marcação entra com um meia ai fica difícil de acreditar.
CARLOS
9 de fevereiro de 2023Traços de personalidade, marcantes, egocêntrico ao extremo, o menino vindo ainda na adolescência amealha no campo da convivência corporativa e relações interpessoais, alguns poucos meses como estagiário em um banco, muitos anos como goleiro e dono das metas tricolores, com permanência estendida através de controvertidas renovações protelatórias a custa de recordes e conveniências e interesses pessoais, numa longa fase final da carreira, além, é claro, as conhecidas e não menos controversas vivências no comando técnico a beira do campo, avançando como sabido, também nas esferas internas, administrativas e de gestão dos clubes por onde rapidamente passou nessa sua curta carreira de treinador. Aparenta e demonstra conhecer bastante de futebol, como atleta de forma inegável, e comandando grupos, de maneira ainda não comprovada. Muitos o tem como uma pessoa impulsiva, com ares e sintomas de arrogante e prepotente, alguém com dificuldades nos relacionamentos interpessoais, e deficiências na gestão de pessoas. Uma visão um tanto quanto confusa, de mito, de professor, e até de dono! Gerir pessoas, grupos, elencos, gerir uma estrutura do tamanho de um SPFC, quem sabe, seja mais complexo que se tornar em um mito debaixo das traves. O tempo é o senhor da razão, dizia JJ!
Ricardo
9 de fevereiro de 2023Já era, chega de insistir com um ex-jogador vitorioso que não tem a humildade de assumir seus erros como treinador. Reclamou da diretoria, pediu reforços e os recebeu e agora os queima. Perdeu em casa pro rival e insiste na teimosia. Afinal de contas, irão esperar entrar na zona do rebaixamento no Br para mudar? Não caio nessa falácia de time competitivo. Time bom é o que ganha títulos e pronto.
Maurício
9 de fevereiro de 2023Infelizmente o RC não conseguiu dar ao time um padrão de jogo, pelo tempo que tá no comando já era para o time ter resultados mais consistentes e derrotas menos vergonhosas, inventa de mais e tem convicções que todo mundo vê que não dá certo, só ele acha que tá legal, e na diretoria ninguém fala nada, na minha opinião o Dorival Junior tá livre no mercado e faria um bom trabalho com esse elenco, primeiro joga pra ganhar, dar confiança a todos e depois tenta implementar ideias e não ao contrário.