Takei, você gastou muito vocabulário para defender o indefensável. Se RC precisa mudar tudo o que você elencou, ele não está pronto para o desafio. Ceni esteve no lugar certo na hora certa quando aceitou o convite do Fortaleza (mas há quem acredite que foi tudo obra do ex-goleiro, apesar de o time ter melhorado após sua partida) e contou com a incompetência histórica do Inter para ficar com a taça do Brasileirão 2020 - um gol colorado e ninguém mais o cogitaria como treinador de série A. Quanto ao elenco da SE Crefisa (doravante sec), ele é muito melhor do que o nosso, indiscutivelmente. E, caros colegas, parem de acreditar que Muricy pode recolocar nosso time nos trilhos; já disse e repito: ele é parte do problema!, é mais um que está no cabide de emprego para ídolos do passado/bem nascidos com dentição completa que atende pelo nome de São Paulo FC. Vejam se sec, crf e cam apelam para palmeirensismo, flamenguismo e atleticanismo puros quando contratam seus responsáveis pela gestão de futebol. É impossível se profissionalizar tendo gente cujas competências são "amor ao clube", "identificação com a instituição", "passado vencedor" e romantismos afins. Pra frente é que se anda, Tricolor!

Observando o Palmeiras do Abel e o São Paulo do Rogério de pronto a gente constata que o clube do outro lado do muro do nosso CT tem um elenco não tão melhor que o nosso mas montado e mantido ao longo dos últimos anos e sendo constantemente aprimorado e revigorado. Eles tem um time base organizado dentro de uma estrutura setorizada, defesa, meio campo e ataque praticando uma filosofia, sistema e modelo de jogo muito bem definida e adotada, que vem sistematicamente sendo consolidada, sendo perfeitamente possível enxergar e identificar o quanto e o tanto que tudo isso é metodológica e exaustivamente treinado. Eles também priorizam a posse de bola saindo jogando e construindo desde o goleiro, mas estrategicamente também alternam com muita constância o uso de bolas longas e muito rápidas lançadas em espaços vazios gerados pelo setor de ataque através de deslocamentos em velocidade. A bola parada deles, visivelmente, tanto as ofensivas quanto as defensivas são muito bem treinadas, variações de jogadas ensaiadas nos escanteios, nas faltas e claramente, nos arremessos laterais ficam latente a mobilização programada, com movimentações e atenção marcando os adversários ou se pondo desmarcados para receber a bola em melhores condições. Os laterais apoiam o tempo todo, mas essencialmente compõem o sistema defensivo que dificilmente fica desguarnecido, sobem, participam da transição, atrasam a bola apenas como último recurso, e chegam com frequência na linha de fundo, pelos dois lados do campo. Os zagueiros participam ativamente das saídas e da transição, se destacam nas bolas paradas defensivas e também marcam muitos gols. No meio campo é notório o papel essencial de marcação dos volantes, se destacando no entanto a atuação marcante na transição e organização das jogadas junto com o responsável pela articulação e construção. Os atacantes, de ambos os lados, velozes e habilidosos, participam ativamente da recomposição da marcação sem deixar de priorizar o papel de agredir o tempo todo o sistema defensivo adversário, inclusive pressionando as saídas de bola. Claramente, todos conhecem e praticam o sistema de jogo estabelecido, sobressaindo a consciência, orientação e disciplina tática, consolidadas num modelo cada vez mais padronizado e consistente onde todo mundo sabe muito bem o que precisa e tem que ser feito, de onde vem o entrosamento que ressalta aos olhos. O Palmeiras não pratica um primor de futebol, mas se vale da capacidade de organização e implementação do modelo e sistema de jogo muito bem liderado e conduzido pelo português e sua grandiosa equipe.

De fato, somente com visão de longo prazo o processo de reconstrução do clube e um projeto da recriação geral do futebol do SP poderá ser efetivamente implementado e a solidificação de uma comissão permanente muito bem organizada impõe a manutenção de um treinador com capacidade e condições para liderá-lo e conduzi-lo. O Rogério deve assim, ser mantido, mas precisa urgentemente mudar a forma como se comunica, expondo demasiada e desnecessariamente o elenco e avançando desmedidamente e de forma pública em assuntos diretivos e da gestão interna do clube, indo muito além do que lhe compete, e cabe. Urge também que simplifique questões relacionadas o futebol propriamente, como a consolidação de uma filosofia e modelo de jogo, de uma time base que melhor padronize a forma de jogar, melhor estruturando e organizando o time sem tantas invencionices e experimentos.

O presidente comparar a longevidade do trabalho do Abel e do Vojvoda com a do RC, só pode estar de brincadeira com o torcedor, o primeiro ganha pelo menos um título todo ano, o segundo chega no Brasil sem conhecer o estilo do futebol brasileiro e seu calendário, consegue colocar o Fortaleza em um patamar acima do São Paulo , qual a evolução do time nas mãos do RC em todo esse tempo que ele tá no comando, time mal treinado e escalado, teimosia, reclamações em publico sobre os jogadores e calendário, lesões constantes, recuperação que leva um tempo absurdo, o Sr. Presidente tá se blindando atrás do RC para próxima eleição, e os dois estão achando que o trabalho é otimo, na minha opinião, o crédito dos dois já acabou , torcedor tem que cobrar mesmo, não dá pra aceitar um time sem padrão como esse.

Sinceramente não acho que o Rogerio já possa ser considerado um bom treinador, mas convenhamos com esta troca constante do elenco, sempre em reconstrução, com as sucessivas lesões (não conheço outro time com tantos casos de cirurgia) que levam séculos a serem tratadas, e também sua insistência com alguns jogadores que já demonstraram que não servem para o SP, impossível ter resultados melhores, o meio das tabelas de qualquer campeonato acaba sendo lucro. O torcedor vem fazendo muito pelo clube mesmo com esta infinita má fase , mas não sei até quando vai aguentar. Infelizmente é o que temos pra hoje e não deixamos de torcer.

Então que caiam os dois, afundar o time e desprezar a torcida do jeito que estão fazendo é dar sequência na desconstrução da identidade Tricolor. Esperar mais vexames em uma hipotética passagem para o mata do paulista é a desgraça anunciada. Não é possível ter um time inteiro no departamento médico, tem caroço nesse angú, jogador quer jogar, mas quando percebe trairagem dá nó em pingo de álcool para sair do time.