O São Paulo anunciou nesta quarta-feira as primeiras medidas após a precoce queda no Campeonato Paulista de 2023. O clube mexeu em importantes cargos no departamento médico, com o objetivo de conter o desequilíbrio no setor.
O doutor José Sánchez saiu do posto de principal médico do elenco profissional e atuará como uma espécie de consultor na Barra Funda e em Cotia. Na prática ele não atuará mais no dia a dia do clube. Outro profissional estratégico no setor que não atuará mais no CT da Barra Funda é Tadeu Moreno. Ele deixou o Tricolor e seguirá atuando como cirurgião e ortopedista em sua clínica, situada na Vila Nova Conceição.
Dois novos profissionais mudaram de endereço. De Cotia para a Barra Funda, Ricardo Galotti e Fábio Luiz Novi se apresentam como novos nomes do departamento para o profissional e farão parte do Reffis Plus, nome dado ao Reffis após receber novos equipamentos e profissionais de fisioterapia.
Sem dúvida, a mudança mais impactante é a saída de Sánchez do dia a dia do clube. Formado na faculdade de medicina de Teresópolis e figura conhecida pelo torcedor, José Sánchez está no São Paulo desde 1985. São trinta e sete anos de trabalho na área de saúde; presente em todas as glórias recentes e as maiores crises do Tricolor.
A decisão visa conter a enorme demanda de lesionados em apenas dois meses de temporada. Segundo o Espião Estatístico do GE.com, o São Paulo enfrentou dezesseis problemas médicos em seu elenco; número abaixo apenas a 2017, quando dezessete baixas médicas foram registradas em dois meses. Número extremamente elevado, com o agravante de algumas lesões precisarem de intervenções cirúrgicas que demandam tempo de recuperação, como os casos de Ferraresi, Igor Vinícius e Giuliano Galoppo.
A grande pergunta é: as mudanças no departamento médico surtirão efeito imediato na temporada? Sem dúvidas as alterações de recursos humanos são necessárias mas eu não creio que resolverão os problemas existentes nos atletas lesionados de forma imediata. Apesar dos novos profissionais já virem de Cotia, creio que haja um processo para que o trabalho surta o efeito desejado, isso é, que amenize o problema vivido no setor de saúde da instituição.
Vale lembrar que os conselheiros Dorival Decoussau e Jayme Franco são os responsáveis pela direção do setor desde o início da gestão Júlio Casares e respondem diretamente ao presidente.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(2) Comentários
CARLOS TAKEI
16 de março de 2023A reconstrução do REFFIS abrangendo a recomposição e qualificação do quadro de profissionais que compõem a equipe técnica multidisciplinar agregada aos trabalhos da comissão técnica permanente de forma direta nada tem a ver com a falta de resultados do nosso time dentro de campo. Rigorosamente, o SP não foi eliminado e nem fracassou em tantas disputas havidas nos últimos doze anos por culpa dos médicos ou profissionais do seu Reffis. Recriar e reconstruir o REFFIS em toda a sua estrutura física e logística é algo que demanda investimento pesado e na medida do possível parece que o clube vem implementando as medidas e ações estruturantes com a intensidade e na velocidade condizentes com as atuais condições orçamentárias. No que toca a restruturação organizacional e na profissionalização da gestão daquele centro que um dia já foi de excelência e na recomposição e qualificação da equipe multidisciplinar que outrora foi considerada uma das mais revolucionárias e competentes, diferentemente do processo de desmantelamento havido, a reconstrução demanda um tempo maior e também condições mais apropriadas em relação ao orçamento para tal. O processo de reconstrução do clube está em curso e a travessia do deserto além de longa será difícil e sofrida. Mandando o Doutor Sanches embora o desempenho do time do Rogério não melhorará, da mesma forma que se mandar o Rogério embora os problemas do Reffis não serão solucionados. O fato é que ambos precisam respirar novos ares!