CBF acerta em responder polêmicas do apito mas explicações não convencem

A CBF, em ação inédita, publicou um vídeo no qual o presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, analisa todos os lances polêmicos da rodada. E, segundo ele, o árbitro acertou nos lances do clássico em Itaquera.

 

Sobre o gol de Calleri, anulado: “na nossa visão, o árbitro de campo acertou ao marcar a infração. Ele errou no procedimento, porque se não houvesse a infração ele não teria permitido o uso da ferramenta VAR. Ele teria que ter esperado o lance. A checagem poderia ter sido feita. Mas o árbitro acertou. O jogador do Corinthians salta antes, tem a preferência do lance. O Calleri só consegue chegar na bola porque empurrou o jogador do Corinthians para frente. Isso se caracteriza infração. Foi correta.” – interpretou ele.

 

Sobre o pênalti marcado em favor do Corinthians: “olha onde o árbitro está colocado. É muito bom. Ele está bem posicionado para interpretar, isso é muito importante na linguagem da arbitragem […] Se a gente olhar o movimento do Rafinha, ele empurra o jogador para o lado. E isso faz com que o jogador não tenha condição de seguir na jogada. Não é o jogador [do Corinthians] que se deixa cair, ele foi atirado para o lado. A gente pode dizer que é uma jogada de interpretação, que o toque não é suficiente. As orientações que vêm da Fifa, como impactou o movimento do jogador, tem que ser cobrado o tiro penal.” – interpretou Seneme.

 

Vamos lá: a iniciativa da CBF é ótima e mostra transparência da entidade ao tentar justificar as ações da arbitragem. O que falta (e muito) é padrão interpretativo. No caso do gol de Calleri, o árbitro tinha que seguir o jogo. De fato, ele seguiu até a bola entrar no gol e não no momento da suposta infração. Se embananou e não deu possibilidade do VAR lhe ajudar. Outro detalhe: Fágner e Calleri estavam juntos disputando a bola, não existia preferência, é disputa no alto. Diversos gols oriundos de jogadas parecidas com essa foram validados.

 

No pênalti marcado, falou-se em impacto que causou a queda. Realmente esse é interpretativo mas na minha visão o braço de Rafinha (disputando com o braço do jogador corinthiano) não causou uma queda tão elástica. Houve teatro e o árbitro caiu nessa.

 

Não estou sozinho nessa. Outros árbitros como a hoje comentarista Renata Ruel também interpretaram diferente do Bruno Arleu de Araújo e, para complementar, o árbitro é conhecido pelo meio por ser um juiz caseiro.

 

Resumindo: louvável a iniciativa. Falta padronização.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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