Excelente a apuração do jornalista Eder Traskini (Portal UOL) sobre os bastidores da apagada passagem do meia-atacante André Anderson no São Paulo FC.

 

Além das conhecidas lesões, o jornalista explorou com propriedade um outro fator que em minha opinião foi decisivo para o fracasso da passagem do jogador pelo Tricolor: a falta de foco e habilidade em conciliar a vida de atleta com a de pastor.

 

André Anderson, atleta que pertence a Lazio (ITA), ao voltar ao Brasil começou a pregar presencialmente o evangelho em uma Igreja Evangélica, em Santos. Segundo o Globo Esporte, ele ministra o Evangelho desde quando jogava na Lazio, da Itália, e compartilhava vídeos de suas pregações.

 

Até aí, não haveria problema não fossem as poucas horas de sono causadas pelos longos cultos na Baixada Santista, que certamente retardaram o tratamento da lesão no púbis. O desequilíbrio foi tanto que, segundo a reportagem, em determinado momento de 2023 o jogador tomou um puxão de orelha do seu próprio staff, que pedia uma rotina mais equilibrada.

 

A medíocre passagem pelo Tricolor levanta uma importante discussão. Até quando um clube pode ser responsabilizado por atividades paralelas de seus atletas?

 

Pelo que apurou o Portal UOL, eu acho que a responsabilidade deve ser no mínimo compartilhada. A matéria evidenciou o menor foco de André Anderson com sua vida de atleta nos meses de São Paulo, fato alertado até por pessoas próximas a ele. Até onde se sabe o meia não faltou nenhum dia em seus compromissos com o clube mas dá para relacionar a demora no retorno aos gramados com a falta de um descanso adequado.

 

A vida de um atleta profissional de alto rendimento tem curta duração e requer muita disciplina dentro e fora dos treinos. Isso valer para qualquer atividade paralela: cultos, baladas, segundos empregos e afins. Para mim, esse fardo não pode ficar somente com os clubes. Os jogadores também precisam ter bom senso e responsabilidade profissional.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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