A Gestão Casares vem enfrentando e de certa forma conseguindo suplantar problemas graves e dificuldades extremas decorrentes dos mais de quinze anos de desmantelamento havido nas gestões que sucederam o saudoso presidente Marcelo Portugal Gouvêa. A eleição do Casares foi um bem necessário e a sua reeleição um mal indispensável pensando na continuidade de um fundamental processo de recriação e reconstrução, complexo e penoso, uma verdadeira travessia do deserto, que precisa ser melhor entendido por todos, e mais bem conduzido pelo próprio mandatário e os gestores e dirigentes por ele trazidos para o enfrentamento dessa guerra sem fim. Imperioso que o mandatário melhor identifique e estabeleça as reais prioridades de um clube destroçado, com as finanças arrebentadas, endividado, sem capacidade alguma para investimentos e com um fluxo de caixa totalmente desalinhado com políticas e ações de grandes aspirações de competitividade e conquistas desportivas. Desde que assumiu, mesmos nos tempos do Crespo, o clube não tem conseguido direcionar e focar suas atenções buscando de fato priorizar suas ações e energias para um verdadeiro programa de recriação e reconstrução da estrutura organizacional como um todo, em todas as frentes, e da remontagem de um efetivo e verdadeiro estafe de gestão profissionalizada no clube como um todo. Desde sempre, assim também ocorreu com o Crespo, o clube tem mantido seu olhar para as possibilidades de conquistas de títulos que tem caído no colo dos nossos mandatários mais desejosos por troféus que propriamente pela real reconstrução do clube. Clubes organizados e estruturados e bem geridos, em regra, competem mais e melhor e trilham com naturalidade os caminhos das conquistas e das glórias. O inverso, também, em regra, não frutificam, e sem recrudescimento, o ciclo nunca de inverte e o sofrimento nunca tem fim. Ganhamos o Paulista com o Crespo e o sofrimento continuou e aumentou. Imaginávamos ter aprendido a lição mas a demissão do Rogério nos apontou que novamente nos perdemos em meio a possibilidade de títulos, preterindo mais uma vez o avanço na reconstrução da estrutura organizacional e profissionalização da gestão anunciadas no encarte das 50 Ações Mais Impactantes dos Cem Primeiros Dias da Gestão Casares registradas em sua plataforma eleitoral. Importante que avaliemos se nesse terceiro round que antecede o processo de reeleição quais as reais e verdadeiras prioridades fundamentariam a plataforma do novo mandato em meio a reais possibilidades de uma conquista inédita. Em meio a euforia e a razão é fundamental que as prioridades elencadas sejam definitivamente o da retomada dos caminhos de outrora que nos mantinham no vanguardismo do futebol brasileiro como exemplo de organização e modelo de gestão, quando os títulos e conquistas se enfileiravam, naturalmente!