O São Paulo perdeu em sua estreia na Copa Conmebol Libertadores. Jogando em Córdoba, a equipe sucumbiu diante do Talleres por dois a um e finalizou a primeira rodada na lanterna do grupo B. Com a vitória, o clube argentino é líder.
A derrota foi resultado de um primeiro tempo completamente atípico. Três atletas importantes do São Paulo saíram de campo lesionados, obrigando o pressionado Thiago Carpini a um grande dilema estratégico: morrer com três substituições no primeiro tempo sem poder trocar a equipe na segunda etapa ou arriscar com dez até o intervalo? O técnico optou pelo risco de ficar sete minutos com dez em campo e o Talleres encontrou uma brecha de sair na frente do placar, ainda no fim da primeira etapa.
A situação foi determinante para a derrota. Sinceramente, não me lembro de uma partida em que três titulares saíram lesionados ainda no primeiro tempo e olha que preparação não faltou, pois o elenco teve mais de dez dias apenas com recuperação física e treinos desde a eliminação do Campeonato Paulista.
O São Paulo até esboçou reação na segunda etapa, após estar perdendo por dois a zero. Com Luciano e Galoppo em campo, a equipe fez o seu gol e lutou até o apito final para empatar a partida mas não teve forças diante de um adversário bem postado, que hoje é o vice líder do Campeonato Argentino.
Estreia preocupante em uma partida em que as circunstâncias atrapalham bastante a análise. Com a tão aguardada titularidade, James teve atuação apática e a defesa encontrou bastante trabalho com a pressão do time da casa, empurrado por sua torcida.
O resultado acabou sendo justo. Não faltou garra, luta e combate pelo lado são-paulino, porém sobraram lesões que ao meu ver foram determinantes para a derrota. O São Paulo poderia até perder com todos os titulares em campo pela qualidade e momento do Talleres mas, repito, as saídas de Rafinha e principalmente Lucas e Rato ainda no primeiro tempo desestruturaram completamente a equipe.
A próxima partida diante do Cobresal em casa é vital para a recuperação da equipe no seu grupo. Vale lembrar que em muitas participações de Libertadores, inclusive algumas em que se sagrou campeão, o São Paulo não largou com vitória e foi se recuperando ao longo do torneio.
É recuperar, trabalhar e acreditar. O Morumbis estará lotado. Com certeza!
Nota dos personagens em campo e técnico:
Rafael: não vi culpa nos gols de Ruíz Rodriguez e Rubén Botta. Os argentinos foram muito felizes nas conclusões. No mais, uma partida regular, sem falhas. Nota: 6,0
Rafinha: saiu lesionado mas logo no primeiro minuto de jogo fez uma falta grotesca e recebeu um merecido cartão amarelo. Tem que entender que é líder do São Paulo mas não apita jogos. Nota: 2,0
(Igor Vinícius) No lugar de Rafinha, demorou para entrar no jogo e mesmo assim teve atuação tímida no ataque devido a pressão em seu setor. Mesmo assim, não comprometeu o lado direito. Nota: 5,5
Arboleda: driblado facilmente no gol de Rubéns Botta. Nota: 4,0
Diego Costa: uma das questionáveis decisões de Thiago Carpini, o hoje titular foi mal nos dois lances capitais para o Talleres. No primeiro não travou o chute de Ruíz Rodriguez. No segundo, desviou mal a bola. Nota: 3,0
Wellington: atuação tímida no ataque e dificuldade de marcação na defesa. Nota: 4,5
Pablo Maia: teve excesso de trabalho na marcação do meio-campo e se apresentou timidamente na saída de bola. Nota: 5,0
Alisson: outro que teve enorme trabalho com o meio-campo do Talleres. Também preocupou-se mais em marcar e contribuiu pouco para a armação de jogadas. Nota: 5,0
(Galoppo) Entrou bem no centro do meio de campo, encontrou espaço num jogo mais aberto e foi um dos responsáveis pelo gol são-paulino. Nota: 7,0
Lucas Moura: não rendeu em uma nova função pelo lado esquerdo e saiu de campo ainda no primeiro tempo com uma lesão que novamente preocupa o torcedor. Nota: 4,0
(Ferreirinha) No lugar de Lucas, lutou mas não teve participação de destaque. Nota: 5,0
James Rodriguez: em sua primeira partida como titular, não desenvolveu o mesmo futebol das entradas no segundo tempo e foi substituído. Encontrou uma marcação eficiente em cima de si. Nota: 4,0
(Luciano) Este tem cara de Libertadores. No lugar de James, fez o gol no rebote da trave de Galoppo e quase empata a partida, em uma bola que parou no goleiro. Nota: 8,0
Wellington Rato: até vinha tendo uma boa participação na marcação e saída de bola pela direita mas foi outra vítima de lesão e deixou o campo nos minutos finais do primeiro tempo. Nota: 5,0
(Erick) Entrou no intervalo e pouco acrescentou. Nota: 4,0
André Silva: substituto de Calleri, brigou bastante e recebeu poucas bolas. Sem destaque no comando de ataque. Apenas uma finalização, de fora da área, fácil para o goleiro. Nota: 4,0
Thiago Carpini: segue questionado pelo torcedor mas neste jogo vi uma escalação correta, muito prejudicada pelas lesões. Teve que arriscar a ficar com dez em campo para poder substituir no intervalo e tomou um gol indigesto, no fim do primeiro tempo. Mexeu bem na segunda etapa e o time brigou para empatar até o último minuto. Nota: 5,0
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(4) Comentários
guest
5 de abril de 2024GALOPPO! GALOPPO! GALOPPO! muito maior que Carpini... o que este camarada está querendo provar?
Multatuli
5 de abril de 2024Sinceramente, não vi nada de mais nesse time do Talleres. Deram muito espaço, não sabem dar aquele abafa típico de time argentino jogando em casa... o SP é que está muito, muito mal; mesmo com o time completo não jogou absolutamente nada, não levou nenhum perigo ao gol adversário. O lado esquerdo é um show de horrores. Diego Costa e Welington, assim como Alisson, fazem hora extra não apenas no time, mas no elenco. Rafinha merecia um zero por sua infantilidade: mais 2 segundos de chilique e o árbitro o teria expulsado. Dos 11 que iniciaram, apenas Rato fez algo digno de elogio. Luciano, o artilheiro do time no ano (e o nosso atleta mais iluminado em jogos decisivos), ficou no banco mesmo quando 2 jogadores de frente se lesionaram: dá pra defender uma coisa dessas? Não gosto de sugerir escalação porque não estou nos treinamentos. Como, porém, o que estamos vendo não está funcionando, vou dar pitaco. Com os jogadores à disposição, excluindo os que saíram lesionados, que devem ficar semanas fora, Carpini poderia testar uma formação com Rafael; Igor V., Arboleda, Alan Franco (Ferraresi), Ferraresi (Alan Franco, mesmo sendo destro); Pablo Maia, Bobadilla, James e Galoppo; Luciano e André. O duro é ele abrir mão desse 4-2-4 que não funciona com esse elenco. Nestor segue fazendo muita falta.
Marcello Daminello
5 de abril de 2024Não concordo com a afirmação de que Carpini acertou na escalação. 4-2-4 contra um time que é vice líder no campeonato argentino? Fora de casa na libertadores??? Libertadores não é para amadores.
Ricardo
5 de abril de 2024Juntemos os cacos e façamos por merecer a classificação, dificuldades, decepções, derrotas, que sirvam de aprendizado e possam direcionar a comissão técnica a retomar o caminho das conquistas. Não podemos esmorecer, como cantamos nos estádios "...nós viemos te apoiar, porque São Paulo é sentimento que jamais acabará..." Passado o momento "coach". ABRE O OLHO TRICOLOR!!!