Ederson Santana de Moraes, futuro titular da seleção brasileira no último jogo das eliminatórias para a Copa do Mundo, relembrou um período difícil de sua carreira no CT da Barra Funda, local onde a seleção treina para a partida diante do Chile.
O atual goleiro do Manchester City comentou com emoção a sua dispensa do São Paulo, em 2009. Na época com quinze anos, Ederson recebeu a notícia por telefone e chorou muito em sua casa. Pensou em desistir do futebol mas persistiu na escolinha até a oportunidade em Portugal, que mudou definitivamente sua vida. No Benfica, ele foi pivô de uma das transferências mais caras da história do futebol, e foi para a equipe treinada atualmente por Guardiola.
É mais uma história do futebol brasileiro, como tantas outras situações envolvendo atletas que não tiveram espaço nos clubes formadores e fizeram (ou fazem) história em outros países. Há mais oferta que procura no mercado, os empresários brasileiros muitas vezes ditam negociações e os clubes grandes geralmente não tem tempo para apostar em todas as promessas que surgem em suas categorias de base.
A história de Ederson é comum na maioria dos clubes daqui. Vale lembrar que, no mesmo período que ele atuava na base do São Paulo, um tal Rogério Ceni conquistara uma Libertadores, um Mundial e um tricampeonato brasileiro consecutivo sem receber sequer uma oportunidade decente de continuidade na seleção brasileira.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(3) Comentários
Rafael
9 de outubro de 2017Por um momento bate uma tristeza de pensar que perdemos grandes jogadores porque temos uma cultura de apostar em "jogadores de renome". Por outro momento bate a raiva por saber que isso é muito comum em nosso país e que milhares de jovens talentosos são dispensados aqui e países lá fora dão devido valor e estrutura para que eles consigam crescer e evoluir. Nós temos uma das melhores fábricas de jogadores do mundo, com habilidade e capacidade, talvez, com uma mentalidade mais adequada (estilo americana de desenvolver campeões), fossemos o país com maior potencial pra vencer tudo. Nosso clube revelou algumas promessas nos últimos 2 anos e elas foram vendidas sem nem mesmo ter despontado no futebol profissional. Isso porque foram 2-4 que temos... fora vários jogadores em categorias inferiores ainda! Como nós temos aproveitado esses jogadores? Será que a nossa diretoria e comissão tem dado todo apoio e estrutura que eles precisam? É triste pensar que acabaremos sempre perdendo os nossos diamantes (alguns lapidados e outros longe disso) para times europeus, muitas vezes, até os minúsculos de lá...
Heron
7 de outubro de 2017Como aconteceu com o SPFC esse caso, então a mídia galinácea explora muito bem isso de forma negativa contra o clube, mas como vc bem disse Perrone, esses tipos de caso é corriqueiro e acontece com vários clubes, então é só mais uma manchete tendenciosa da nossa "imparcial" imprensa esportiva.
Ge Lopz
7 de outubro de 2017Não importa se R. Ceni já era ídolo e tinha acabado de conquistar títulos. Zetti era multicampeão e soube 'abrir caminhos' para o seu sucessor, o jovem Rogerio Ceni. Isso que dá a "preguiça" em não ter na reserva do Ceni UMA SOMBRA QUE LHE TOMASSE A POSIÇÃO. O Waldir Peres tinha o Toinho, o Gilmar Rinaldi teve o Zetti, o Rojas. O Zetti tinha o falecido Alexandre, depois o Rogério Ceni. Mas o FOMINHA EGOCÊNTRICO superprotegido teve Roger, Bosco e já quase quarentão o SPFC deixava encostado um rapaz que HOJE É "SÓ" O GOLEIRO MAIS CARO DO MUNDO. Para ficar com Ceni quarentão e Dênis (senão o PIOR um dos piores goleiros da história do SPFC), depois contratar Sidão...E estão fazendo o mesmo com o Lucas Perri, vai vendo. E o Renan Ribeiro vai fazer sucesso no próximo clube, esperem e verão.