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Opinião nov 07 , 2025

Resposta de Abel a Crespo deveria servir de referência para o São Paulo

O técnico Abel Ferreira citou uma declaração de Crespo na entrevista coletiva após o triunfo do Palmeiras sobre o Santos, nessa última quinta-feira, pelo Campeonato Brasileiro.
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Ao responder uma pergunta na coletiva diante do Flamengo, Crespo explicou que é difícil competir com o Rubro-Negro e o Palmeiras devido ao atual poder de investimento das duas equipes, o que, segundo o argentino, possibilita resultados a curto prazo.

“Não, não quero faltar com respeito aos trabalhos de Abel e Felipe, mas são situações diferentes. Com dinheiro encurta os tempos. Ali há anos e anos de investimento. Hoje, Flamengo e Palmeiras estão em outra situação na América do Sul.” – disse Crespo após o empate na Vila Belmiro.

Abel brincou com a declaração e deu o caminho das pedras do rival, caminho esse que fez com que ele Abel, pudesse investir quase R$ 700 milhões em reforços neste ano. Segundo o português, tudo começou após apostar na base.

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“O que o Palmeiras fez foi apostar na base e vendeu jogadores. Os títulos trouxeram prestígio, o prestígio trouxe patrocínios. Isto é todo um ciclo vicioso, mas começou primeiro por apostar na base. Isto é um ciclo vicioso. Apostar na base, títulos, prestígio, valorização do clube, valorização da marca, patrocínios, sócios à avante, futebol que as pessoas gostam de ver, isto é tudo um ciclo vicioso.” – decretou Abel.

A brincadeira de Abel, citando um jantar que teve com o amigo Crespo quando o Palmeiras ainda não era a potência de gestão que é hoje, é irrelevante diante da receita de sucesso dada pelo português, que deveria servir não só para Crespo como também para todo o São Paulo.

Sem clubismo, nem emoção, a “receita dada por Abel” é o ponto a ser absorvido na entrevista. O São Paulo ainda tem uma das maiores categorias de base do Brasil. Talvez ainda a maior. Para se recuperar financeiramente, é preciso ter uma mudança urgente de mindset no futebol: baixar substancialmente a folha salarial e trocar medalhões por atletas da base no elenco. Isso é, fazer o inverso do que vem fazendo nos últimos anos.

A mudança é possível pelas receitas geradas pela instituição. Ela não acontece da noite para o dia, mas esse seria um movimento consistente e sólido, diferente do “all in” para ganhar um ou outro título às custas de dívidas em juros crescentes.

A gente pode não gostar do “jeito” do português mas ele faz parte fundamental da mudança do Palmeiras e o rival deveria ser referência, sim, para a mudança no São Paulo. O Palmeiras e o Flamengo, citados com propriedade por Crespo.

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