Carlos Belmonte, significativa voz do São Paulo na gestão Julio Casares, se manifestou nesta sexta-feira ao ge.com em relação ao futuro de Luis Zubeldía, técnico do elenco profissional.
O diretor de futebol do Tricolor foi claro: a saída de Zubeldía nunca foi cogitada no CT da Barra Funda, local dos treinamentos e de trabalho dos profissionais do futebol do clube.
Segundo Belmonte, somente a chamada “imprevisibilidade do futebol” não deixa que os diretores cravem a permanência do argentino. Lê-se “imprevisibilidade” alguma situação fora da curva como, por exemplo, uma proposta irrecusável financeiramente de clubes ou seleções do planeta.
“Internamente, nunca sequer conversamos sobre isso. Temos feito reuniões sistemáticas com ele, quase que uma vez por semana, discutindo o planejamento para a temporada 2025. Até porque não temos uma quantidade de recursos grande, então temos que trabalhar quem vai ficar, quem não vai, entender quem a gente precisa, quais posições, tudo isso ele tem feito. Eu não vejo nenhum movimento que possa tirar o Zubeldía daqui” – disse Carlos Belmonte ao ge.
O blog vem falando há tempos que há uma distorção entre cautela com o trabalho da comissão técnica e a popular palavra “fritura”, usada para determinar demissão iminente de técnicos no futebol brasileiro. A avaliação do trabalho será realizada no final do ano, mas isso não quer dizer que Zubeldía esteja balançando no caso.
É importante a permanência do técnico, mesmo com eventuais críticas ao seu modo de trabalho. Primeiro porque, mesmo sem títulos em sua recente jornada, Zubeldía vem dando bons resultados. Segundo porque o clube não terá tempo para se reinventar com outro técnico, ainda mais no novo posicionamento financeiro dos próximos anos.
O argentino conhece o ambiente, se sente feliz e tem competência para fazer melhor no ano que vem.
Também foi importante o posicionamento do diretor Carlos Belmonte, que também recebe críticas, principalmente por assumir o cargo e ainda ser conselheiro. Mas não quero entrar nessa seara. O trabalho do futebol de um modo geral está bem melhor que dos últimos três mandatos (Juvenal – terceiro mandato, Aidar e Leco). Diretor tem que falar com o torcedor. De preferência com mais regularidade.
Por fim, Belmonte foi taxativo: “estamos muito felizes com o trabalho, o resultado no Brasileiro é o melhor dos últimos anos, competimos muito bem, apesar das eliminações nas copas. Estamos muito satisfeitos com ele, nossa relação é ótima, a relação do elenco com ele é ótima, do Zubeldia com o todo é ótima. Ao meu ver, a continuidade do Zubeldía é quase óbvia” – finalizou o diretor.
Assunto (quase) encerrado.
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O ex-goleiro, ídolo e bicampeão mundial pelo São Paulo Zetti foi um dos melhores jogadores do Tricolor na posição. Muitos o consideram o melhor goleiro da história do clube, superando tecnicamente outro ídolo: Rogério Ceni.
Atualmente Zetti coordena os jovens goleiros no Centro de Formação de Atletas, em Cotia, com a missão de preparar profissionais de diversas faixas etárias para o Tricolor.
Em entrevista ao podcast “Denílson Show” anda no primeiro semestre, Zetti revelou que tem como objetivo no SPFC revelar um goleiro de destaque na base. No papo, ele também havia mencionado a exigência de formar um jogador diferenciado, dentro do DNA são-paulino.
“Eu tenho que achar o goleiro do São Paulo na base pra entregar pro Julio Casares porque ele disse: ‘Eu preciso revelar goleiro’” – revelou Zetti no podcast.
Vale lembrar que desde a aposentadoria de Ceni, o São Paulo não tem um goleiro formado na base atuando como titular no profissional.
E como seria esse goleiro? Zetti não dá muitos detalhes mas salienta a qualidade ímpar dos arqueiros na história do clube, como ele, King, Poy, Waldir Peres, Gilmar e, claro, Rogério Ceni.
“A gente fala que o goleiro do SPFC tem que ser diferente. E ser diferente é um goleiro que segura a bola, resolve o problema, cria problema para o adversário” – disse ele para a SPFC Play.
Atualmente o Tricolor conta com o titular Rafael e o reservas Jandrei, Young e Leandro no elenco profissional. Rafael e Jandrei não são formados pelo Tricolor.
Recentemente Rafael disse que, se o presidente quiser, renova até o fim da carreira:
“Se o presidente quiser, só depende dele, fico aqui até o final da minha carreira, sou muito grato ao São Paulo. Amo a torcida, o clube, sou muito feliz.” – disse Rafael após o empate sem gols com o Goiás, pela Copa do Brasil.
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O norte-irlandês Jamal Lewis, reforço recente para a lateral esquerda, mais uma vez teve atuação abaixo do esperado enquanto titular e acabou substituído no segundo tempo do jogo diante do Bahia.
A situação novamente abre um velho novo alerta para a posição e preocupa a torcida, uma vez que Wellington está de saída e Patryck, quando teve oportunidade para mostrar futebol, não conseguiu convencer.
Zubeldía já atuou pelo lado esquerdo com Michel Araújo, Liziero e nesta última terça improvisou o zagueiro Sabino no setor em uma clara mostra de insatisfação com o início do britânico.
No popular: já dá para decretar que é o britânico é bagre?
O técnico tem plena ciência de que o jogador passa por uma drástica adaptação, não somente ao futebol brasileiro e a sintonia de jogo do Tricolor mas principalmente em relação a comunicação com seus companheiros.
“Há um período de adaptação que ele tem que transitar, não é fácil quando um jogador não fala espanhol ou português, na comunicação, tem um preço, quando defende e ataca. Está sendo o que melhor pode ser agora, mas vai ter de trabalhar muito para se adaptar rápido.” – comentou Zubeldía.
É verdade que Jamal está mais perdido em campo que chiclete na boca de banguela. Não sabe se defende ou ataca e depende do “sinal” dos defensores. No empate diante do Criciúma, foi dito na transmissão que Jamal por enquanto só sabe dizer “bom-dia” aos seus companheiros na língua portuguesa e que toda a comunicação em campo pelos jogadores é realizada de forma gestual.
Apesar de elogiar a disposição do atleta em se encaixar o mais rápido possível no futebol brasileiro, é evidente que o Tricolor vai ao mercado no final do ano. Zubeldía deixou a possibilidade para a diretoria e o próprio presidente Julio Casares evidenciou a falta de contingente para a posição, em uma entrevista recente a ESPN.
Na minha visão, adaptado ou não, Jamal seria neste momento jogador para compor elenco, não fosse a necessidade extrema e crônica da posição no Tricolor. O problema foi a grande expectativa gerada na contratação, muitas vezes pelas peças de comunicação e manchetes da imprensa, que criaram uma ilusão de um atleta europeu 100% pronto para atuar em território nacional.
A inusitada contratação induziu o torcedor a superestimar Jamal. Ainda acho cedo para decretar a real qualidade do lateral mas, pelas limitadas atuações na sequência diante do Cuiabá, Criciúma e Bahia, é fato consumado que o futebol do norte-irlandês ainda está distante do ideal.
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Em entrevista coletiva após a vitória do São Paulo em cima do Bahia ontem, na Arena Fonte Nova, o técnico Luis Zubeldía reconheceu a difícil partida, elogiou a postura de um São Paulo sem medo de ganhar:
“Hoje o goleiro e a defesa foram bem, tivemos sorte em algumas situações. Ganhamos porque não tivemos medo de ganhar. Viemos para ganhar e ganhamos.”, disse.
O jogo aberto entre tricolores, com meio de campo congestionado, passes errados, lentidão na saída e perdas de bola constantes, desandaram a paciência de Zubeldía, que justificou:
“Foi um bom jogo para o espectador, mas não para os treinadores, que sofreram de taquicardia“, disse o técnico, sobre os rompantes à beira do campo – que, convenhamos, representaram o torcedor àquela altura do jogo.
Sobre a lateral esquerda, o técnico foi solidário com o jogador Jamal Lewis, que entrou no lugar do lesionado Wellington e mostrou que ainda falta adaptação: “Não é fácil quando um jogador não fala a língua. Isso tem o preço da adaptação e no jogo. Está fazendo o melhor que pode, é um bom jogador. Vai ter que trabalhar muito para adaptar-se rápido.“.
Mas, mesmo com o sofrimento inicial, as alterações do técnico surtiram efeito e trouxeram alegria aos são-paulinos, que viram Wellington Rato “desencantar” após longo jejum de 1 ano e 3 meses. Zubeldía elogiou a postura coletiva do time no ataque e destacou Calleri:
“(Calleri) Vem fazendo um trabalho espetacular… Joga pela equipe, e isso é o mais importante. Um jogador como ele precisa de assistência e conexão com os companheiros. Seu entendimento tático tem sido fundamental“.
O São Paulo finalmente volta ao MorumBis no próximo sábado, após longa pausa para os shows de Bruno Mars e a troca do gramado, fato comemorado pelo técnico: “Voltar para casa é muito importante. Nossa gente, nossos torcedores, nossa casa. Morumbi é o Morumbi.“.
(Um salve e um xêro pra Embaixada São Paulinos Bahia )
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Mafê Menezes | São Paulo Sempre
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Grande resultado do São Paulo em Salvador, apesar do pobre futebol praticado pelas duas equipes. O Tricolor Paulista superou o Tricolor Baiano na Arena Fonte Nova e continua na sua briga pela vaga direta na Copa Libertadores da América 2025.
Como disse, a partida foi pobre tecnicamente mas cheia de emoções para os dois lados, principalmente por conta do goleirão do Bahia que entregou a rapadura para Luiz Gustavo no final do primeiro tempo. Era um jogo equilibrado até então, com o Bahia naturalmente começando com mais ímpeto e depois o São Paulo equilibrando o jogo. Erro fatal dos baianos.
O gol deu muita intranquilidade aos donos da casa que, açoitados pela sua própria torcida, viram a bola se transformar em um saco de cimento. E o São Paulo foi aos poucos se aproveitando dos muitos erros dos baianos e construiu a vitória atee com certa tranquilidade na segunda etapa.
Zubeldía mudou a formação foi alterando os jogadores e a equipe conseguiu os três pontos com uma excelente presença defensiva e, claro, grande colaboração da crise adversária. Obrigado, Mito!
Não acredito que o São Paulo fará grandes apresentações até o fim do Brasileiro, mas a vitória de hoje pode significar mais um passo importante rumo ao objetivo da vez: a Libertadores.
Vamos, São Paulo.
Rafael: grande partida. ótimas defesas quando foi exigido. Nota: 9,0
Igor Vinícius: boa partida defensiva. Faltou avançar. Nota: 7,0
Alan Franco: o melhor da defesa e um dos melhores do jogo. Nota: 9,0
Sabino: começou mal mas depois se redimiu no segundo tempo. Nota: 7,0
Jamal: participação bem fraca na esquerda. Quase um a menos. Nota: 5,0
Luiz Gustavo: grande jogo defensivo. Agraciado com o gol. Nota: 9,0
Marcos Antônio: pouca marcação. amarelado, saiu na segunda etapa. Nota: 6,0
Lucas: muito esforço, recompensado com o terceiro gol. Nota: 8,5
Luciano: não brilhou mas assistiu um gol. Nota: 7,0
Ferreirinha: começou bem mas foi cansando e saiu no segundo tempo. Nota: 6,5
Calleri: mais um jogo sem gol mas partiu da roubada dele o segundo tento. Nota: 6,5
Arboleda, Liziero, Wellington Rato, Rafinha e Nestor: entraram bem, com a partida ganha. Rato fez seu primeiro gol na temporada 2024. Prêmio para a dedicação do jogador.
Luis Zubeldía: boas substituições. Contou com um pouco de sorte no primeiro gol do São Paulo. Nota: 8,0
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