Valdívia, a arábia e a desgraça do ‘futebol moderno’ no Brasil

Valdívia, mato-grossense boa praça e torcedor do São Paulo na infância, não deverá completar seis meses no São Paulo Futebol Clube. Contratado por empréstimo junto ao Internacional e com um valor de multa estratosférico, o jogador recebeu via Colorado uma proposta ‘das arábias’ (Al-Wehda, atual clube de Fábio Carille) e foi liberado dos treinos na Barra Funda para definir a situação.

 

Resumindo: a chance de sair do Tricolor é enorme.

 

Por contrato, o São Paulo deve liberar o atleta em caso de proposta vantajosa ao Inter e não receberá nada pela iminente negociação; porém deixará de arcar com R$ 1,8 milhões de salários que seriam destinados ao jogador até o fim do seu empréstimo, em dezembro de 2018. Nada contra os objetivos do jogador e não é esse o ponto que me entristece, já que o clube encontrará um suplente no mínimo em iguais condições que o “Poko Pica”. Dói é ver a situação do futebol brasileiro perante o “futebol moderno”. O país é amplamente dominado por empresários, agentes, advogados, aventureiros e agregados e cada vez mais vê atletas atrás de dinheiro em novos e novos oásis do esporte. Ontem foi a China, hoje é o Oriente Médio, amanhã sabe se lá o que será.

 

A palavra “futebol moderno’ deveria significar apenas o que há de bom na evolução do esporte bretão: bons gramados, ótimos estádios, integração saudável nas redes sociais e marketing da paixão. Porém, com a profissionalização (e com ela uma injeção surreal de dinheiro), veio o lado desgraçado de tudo onde o dinheiro é em abundância: a ganância. O futebol virou objeto de interesse de gente que pouco se importa pelo esporte. É um negócio, no pior sentido da palavra.

 

Valdívia, se for, será mais um caso. Nem o primeiro, nem o último.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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