A eliminação vexatória sofrida pelo São Paulo nas quartas de final do Campeonato Paulista ainda rende assunto entre os torcedores e a imprensa esportiva. Enquanto o clube treina em Cotia para o início do Brasileirão neste próximo fim de semana, torcedores ainda discutem responsabilidades nas redes sociais, amparado em análises de jornalistas na mídia.
Um desses focos de análises é Fernando Diniz. O desempenho negativo mais uma vez levanta a dúvida sobre o jogo e métodos do treinador são-paulino. A discussão se acalora quando jornalistas importantes como Arnaldo Ribeiro e André Plihal questionam publicamente a continuidade do profissional. Arnaldo vai além: o jornalista aponta Mano Menezes como solução para a instabilidade de jogo do Tricolor sob a batuta de Diniz.
“É aquela coisa da fome com a vontade de comer. Para o Mano Menezes resgatar o seu espaço no mercado, ele precisa do São Paulo e o São Paulo precisa dele. O São Paulo precisa de um choque completo, toda essa galera sai, põe o Mano lá.” – disse Arnaldo no Portal UOL.
Arnaldo e muitos outros defensores da saída do atual técnico tem enorme razão em uma coisa. Há pontos falhos na execução do que Fernando Diniz pretende como proposta de jogo. Por exemplo, a zaga do time que antes era uma fortaleza, foi vazada sete vezes em três jogos. É fatal em um mata-mata. Por outro lado, sabemos que um dos grandes problemas do clube nos últimos anos do futebol foi a alta troca de treinadores, staff e métodos. Nenhum durou mais que um ano nos últimos tempos. Não há futebol que resista a alta rotatividade imposta pelo Tricolor, que neste momento prestigia o continuísmo do técnico.
Antes de mais nada, para entrar na discussão, o torcedor precisa saber que São Paulo ele quer ver em campo. O que eu quero? Um time que pretende ser protagonista do jogo ou um time reativo, isso é, que entrega a bola ao adversário, procurando jogar nos seus defeitos?
O São Paulo hoje pretende ser protagonista nos confrontos, mas erra na execução. Um ajuste que aparentemente estava evoluindo antes da parada, teve seu auge na vitória diante da LDU e inexplicavelmente virou vinagre nos últimos três jogos, em especial os dois em que os titulares atuaram como se ainda estivessem em pré-temporada.
Optar pelo continuísmo de Diniz é apostar num futebol protagonista, ainda que sabendo que falta ajustes para se chegar ao nível exigido pela torcida para um tricampeão mundial. Optar por Mano Menezes, Felipão ou algo similar é entender que a convicção de jogo é outra bem mais pragmática. Uma proposta que paradoxalmente os próprios jornalistas tem muitas críticas.
Por enquanto o São Paulo mostra convicção em manter o trabalho do atual treinador, acreditando na proposta de jogo, mas a discussão está claramente aberta. Penso que cada torcedor deve ter a sua opinião sobre qual São Paulo deseja ver em campo. O que não pode é a eliminação do Paulista ser subsídio para mais uma troca de comando.
A minha opinião? Sou a favor da proposta de Fernando Diniz, com os devidos ajustes necessários e urgentes. O São Paulo é protagonista por natureza, mas precisa executar bem a proposta. Eu manteria o treinador para o Brasileirão, cobrando forte o elenco visando a nítida melhora tática, mesmo sabendo que esse seria a melhor hora para uma possível troca.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(2) Comentários
Michel Marden
5 de agosto de 2020Que Deus nos livre de mano menezes, Perrone. Está impossível torcer para o sp da última década e ponto. Diniz tem que continuar e ponto. Trocar treinador nunca foi a solução. Basta ver quantos passaram após ney franco (último campeão). O que a diretoria deve fazer é cobrar muito o time que perdeu o jogo para o mirrassol. Mostrar que o clube é uma empresa e que eles são funcionários e devem dar resultado. Talvez cortar mais 25% do salário daqueles que jogaram a partida. Já iria ajudar no prejuízo que ele deram. Mas a verdade é que enquanto o sp continuar com essa política de vender os principais jogadores para pagar as contas, vamos continuar nessa pindaíba. Pagar a dívida que o clube tem é necessário, no entanto, isso deve ser feito de forma sustentável. Não dá para pagar contas se o time não ganha títulos e por conseguinte não gera receita suficiente para se manter e amortizar a dívida bancária. Acho até estranho a mídia de massa não perceber o quanto antony fez falta nesse jogo. Era o cara que segurava a bola no time, da última jogada mano a mano. Que decidia quanto as coisas estavam apertadas, basta ver o jogo da ldu. Quando lucas saiu em 2012 foi a mesma coisa. Enfim, o sp de hoje precisa de uma gestão eficiente, ñ de um treinador. Abraços!