Era de se esperar. Segundo o jornalista Wemerson Ribeiro, do Torcedores.com, um grupo expressivo de conselheiros do São Paulo reagiu com surpresa e negatividade diante da divulgação do estudo da Alvarez & Marçal Management Consulting e consequentemente a discussão para uma possível mudança de administração para o formato SAF (Sociedade Anônima do Futebol) nos próximos anos.

 

E, bingo! Segundo o jornalista, a ideia é vista como uma grande ameaça para boa parte destes conselheiros. Eles entendem que perderiam poder de influência nas decisões dos rumos da gestão do futebol, tanto do profissional na Barra Funda como das categorias de base, em Cotia.

 

Segundo o jornalista Jorge Nicola, que divulgou o estudo da Alvarez & Marçal, conselheiros ligados a esse grupo confirmaram a irritação interna com a alta cúpula do Tricolor após a notícia ser publicada em seu canal. Vale lembrar que logo depois da notícia ser divulgada no Canal do Nicola, o presidente Júlio Casares confirmou a existência do estudo e breve análise no Conselho de Administração como primeiro passo rumo a uma discussão sobre o assunto.

 

Aqui vale algumas informações extras. Segundo o que eu apurei, a Avarez & Marçal é uma empresa séria e respeitada no mercado, com diversos estudos e execuções do projeto SAF entre clubes do Brasil. Portanto, qual o real receio de ouvi-la, já que o estudo está pronto para as discussões iniciais?

 

Neste contexto cabe uma resposta informal de um conselheiro a um questionamento de um torcedor alguns dias atrás, que veio até a mim de uma pessoa de confiança. Ao ser questionado sobre a SAF em Córdoba, horas antes da final da Sul-Americana, este conselheiro respondeu da seguinte maneira: “boa parte dos conselheiros não querem, porque a SAF iria mostrar que eles (os conselheiros) não tem capacidade para administrar o clube”.

 

Bingo, bingo e mais bingo!

 

Quem lê este blog regularmente sabe que não nutro simpatia alguma com o Conselho Deliberativo da forma como está configurado atualmente, com a presença de 160 vitalícios dentro de 260 nomes e pouquíssima renovação. Porém, apesar da argamassa espertamente aplicada para que o São Paulo seja severamente amarrado a estes 240 legisladores de piscina e bocha, espero com esperança e ingenuidade que a gestão atual siga adiante na tratativa de expor o estudo encomendado a discussão.

 

Os torcedores, maior patrimônio da instituição, tem o direito de saber: SAF sim ou não e por que?

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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