Conselheiros do São Paulo: parabéns pelos dez anos de vergonha acumulada

A eliminação do São Paulo pelo modesto porém organizado Água Santa nas quartas de final do Campeonato Paulista pode ser resumida em três palavras: mais um vexame.

 

Os quase quarenta mil espectadores presentes no Allianz Parque presenciaram mais uma derrocada daquele que duas décadas atrás foi o clube supremo dominante do futebol brasileiro. O que se viu no sintético gramado palmeirense foi o resumo da temporada até então; uma equipe devastada pelas inúmeras lesões desde o primeiro dia do ano, de tática engessada e jogadores de cabeça e pernas limitadas, nivelados aos modesto, porém organizado e aguerrido adversário.

 

Não é novidade alguma. São exatamente dez anos de fracassos empilhados, que certamente minaram o crescimento multi-exponencial de uma torcida que hoje em dia é a único ativo hoje existente na instituição. Para que nenhum pingo fique fora de um “i”, vamos relembrar cada um destes vexames: Ponte Preta (2013), Penapolense (2014), Bragantino (2015), Audax (2016), Juventude (2016), Defensa Y justicia (2017), Colón (2018), Talleres (2019), Mirassol (2020), Binacional (2020), Lanús (2020), Independiente Del Valle (2022) e agora o Água Santa, clube que cinco anos atrás disputava a Copa Kaiser de Futebol Amador.

 

Durante esses dez anos de vergonha, mais de uma dezena de técnicos estiveram a frente do comando e centenas de jogadores vestiram e desvestiram o manto sagrado de uma das maiores instituições esportivas do Brasil. A exceção do hiato “Paulista de 2020”, em que o preço da glória diante do Palmeiras no estadual foi uma equipe dizimada e caminhando a passos largos para o rebaixamento no Brasileirão, todos os personagens que passaram pelo São Paulo fracassaram.

 

Porém, existem pessoas que direta ou indiretamente sempre estiveram nestes últimos dez anos citados. Os mesmos velhos e novos conselheiros que trocam de presidentes e diretores sem adequar a filosofia de trabalho aos novos tempos do futebol. Para obterem o status de conselheiros, todos aprenderam como se portar perante ao sistema: apertam as mãos, formam grupos, constróem alianças e trocam inúmeros afagos nos campeonatos do social em prol da coletividade. Quem participa desse establishment vira mosca de um bolo que de tempos em tempos muda-se a cobertura, mas o recheio continua o mesmo, de sabor insosso e o odor intragável da estagnação.

 

O contraste é cruel. De um lado, uma das torcidas mais espancadas, resistentes e apaixonadas do Brasil. De outro, um sistema que prevalece o medíocre coleguismo de instituições arcaicas e de pensamento quase amador. Este é retrato fidedigno do São Paulo acomodado nas glórias do passado. Um clube gigante, impregnado de moscas.

 

Salvem o Tricolor Paulista!

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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