A importante e temerária posição do São Paulo em relação a Rogério Ceni

Após a A eliminação de maneira vexatória no Campeonato Paulista, o São Paulo terá exatos vinte e dois dias de planejamento, treinamento e recuperação de atletas lesionados até a próxima partida oficial, a estreia na Copa Sul-Americana no dia 05 de abril.

 

A diretoria Tricolor emitiu uma rápida posição em relação ao futuro do técnico Rogério Ceni e sua comissão técnica para relevantes figuras do jornalismo esportivo, como Paulo Vinícius Coelho (UOL) e Eduardo Affonso (ESPN). O clube não pensa em trocar o atual treinador por avalia que o principal motivo do insatisfatório desempenho do elenco é devido aos importantes desfalques por lesões. Segundo o setorista Edu Affonso, se o elenco estivesse “inteiro” e praticamente à disposição de Ceni, a avaliação poderia ser diferente.

 

 

Considero o posicionamento Tricolor importante, porém temerário. Importante porque neste momento, se o trabalho de Ceni está realmente respaldado, era preciso dizer isso publicamente, o que de fato aconteceu. A mensagem passada para dois jornalistas de renome no futebol brasileiro é clara. Mudanças devem acontecer em processos como os novos e aparentemente insuficientes tratamentos no Reffis. Medicina e saúde não é minha área mas uma informação que tive é que, no início da gestão Casares, o clube alterou o método de tratar lesionados devido ao considerado “exagerado” número de jogadores operados na gestão passada, passando a tratar alguns casos de maneira convencional, isso é, sem a necessidade de operação.

 

Ao mesmo tempo que é importante, o posicionamento também é temerário por um motivo simples: mesmo com todos os desfalques, o trabalho de Ceni nesta temporada é ruim. O técnico não conseguiu meios de transformar um elenco que cria oportunidades em uma equipe confiável. Os números enganam: mesmo o São Paulo sendo a equipe que mais cria chances de gol e menos permite chances aos adversários no Campeonato Paulista, o time terminou sua participação no torneio como começou, diante do Ituano: com extrema dificuldade em vencer adversários fechados.

 

Todos sabem que eu defendo a continuidade dos trabalhos dos técnicos, a não ser que hajam evidentes e praticamente irremediáveis problemas de vestiário. Foi o que aconteceu com com Diniz e Crespo, dois bons treinadores que em um determinado momento do trabalho já não contavam com o apoio dos jogadores. Sem conto de fadas: quem entende os bastidores do futebol sabe como funciona.

 

Não vejo hoje esse problema entre o técnico e seu elenco mas temo que, caso o desempenho e principalmente os resultados não apareçam de forma imediata, Ceni entre na mesma situação dos últimos dois técnicos, com o agravante de seu trabalho neste ano não estar fluindo como em 2022, quando o elenco cumpriu as metas estabelecidas no planejamento, apesar da frustração com a ausência de títulos.

 

Se posicionar em relação ao trabalho da Comissão Técnica é importante mas não dá para dissociar o desempenho atual de uma preocupação com o futuro, principalmente em relação ao principal torneio da temporada: o Campeonato Brasileiro. Nem me atento na Copa do Brasil ou Sula-Americana: com esse desfalcado, limitado e irregular trabalho de 2023, o São Paulo mais uma vez sofrerá pela conquista dos 45 pontos para a permanência na série A.

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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