Além do técnico Rogério Ceni, um dos maiores ídolos na história do São Paulo, a escassez de títulos no clube também afeta outro ícone do Tricolor: Muricy Ramalho.
Ex-técnico vitorioso no clube e hoje coordenador de futebol, o Muricy é alvo de especulações sobre o seu trabalho no Tricolor, em especial a sua serventia ao clube. Muitos torcedores questionam quais são as verdadeiras funções do profissional e alguns o acusam de negligência na área.
Muricy respondeu a essas indagações ao Portal UOL, negando veementemente corpo mole no clube: “Se eu quisesse fazer nada, poderia me aposentar e ficar na praia em Riviera. Ter uma rotina mais tranquila como comentarista no SporTV entrando ao vivo da minha varanda. Recebi muitos convites, o Tite foi até a minha casa me chamar para trabalhar com eles na Copa do Mundo, tive outras propostas, mas fiquei no São Paulo porque o São Paulo é a minha vida, é a minha paixão. Por causa da saúde não sou mais técnico, mas ainda tenho essa paixão e sei que posso ajudar, sei que sou importante. Eu trabalho muito, só que eu não apareço, né? Aí pode parecer que não sou importante” – disse ele ao UOL.
Com sessenta e sete anos de idade e aposentado da função de treinador para evitar os problemas de saúde decorrentes do estresse do dia a dia da profissão, Muricy hoje atua como um consultor em todas as áreas do futebol profissional, desde a qualidade do local de trabalho, o trato com elenco e até no planejamento e chegada de jogadores.
Muricy participa diariamente do São Paulo, mas não dá palpites na equipe atual sem que Ceni o consulte para isso. O ex-técnico nega o tamanho da crise exposta pela imprensa: “O São Paulo vive um momento ruim, mas não é uma crise como pintam. O ambiente é normal de um clube de futebol, com altos e baixos, alguns que são amigos e outros não.” – disse ele ao UOL.
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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!
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(2) Comentários
Multatuli
26 de março de 2023Li a entrevista na íntegra e dela é possível concluir o óbvio: MR acumula funções para as quais não tem gabarito algum, funções essas que requerem profissionais com conhecimentos técnicos, específicos. Foi vitoriosíssimo como treinador, mas claramente não tem aptidão para a coordenação do futebol de um clube tão grande e tão bagunçado quanto o SPFC. E não é apenas a torcida que questiona sua utilidade: o texto do portal informa que funcionários e atletas reclamam da omissão do ex-treinador. E me chamou a atenção a afirmação sobre a vinda do RC: nem houve conversa, pois "é da casa". Eis a coordenação profissional do futebol do clube. Está tudo errado no Tricolor - que, mais uma vez, está devendo dinheiro para o elenco, para a surpresa de ninguém.
CARLOS TAKEI
23 de março de 2023O Murici é um ser humano incrível, um sujeito do bem, um grande ídolo e um trabalhador que já fez muito pelo SP! Deve e precisa ir curtir a vida com seus familiares e amigos. A reconstrução do SP passa e dependente essencialmente de um vigoroso projeto de reconstrução da estrutura organizacional onde o futebol seja verdadeiramente segregado e viva efetivamente blindado das influências e interferências do restante da estrutura do clube. O Palmeiras de certa forma conseguiu construir seu modelo seguindo essas premissas e diretrizes. Criada a estrutura organizacional do futebol do SP ela necessariamente terá que ser verdadeira e efetivamente profissionalizada. Com um CEO, com um diretor executivo, com gerências, supervisores e auxiliares, profissionais do ramo, gente do mercado, gestores que atuem liderando e conduzindo um projeto específico para o futebol tricolor, com objetivos e metas claramente estabelecidas, tudo dentro dos conceitos e princípios da governança corporativa e na linha de um clube empresa. Com uma comissão técnica permanente muito bem estruturada e formatada, também a exemplo do que já ocorre atualmente no Palmeiras onde o pessoal comandado pelo Abel cuida do futebol dentro do campo, respondendo pelos cumprimento dos objetivos traçados e dos resultados obtidos. É bastante complicada o uso e a atuação de ídolos ou de colaboradores sem comprovada capacitação e competências.