Desde a aposentadoria de Rogério Ceni em 2015, o São Paulo viveu com problemas no gol. Foram oito anos de apostas, desencontros e sofrimento até a ascensão de Rafael, atual titular e com prestígio junto ao torcedor
Alguns candidatos chegaram a despontar e ter boas atuações, mas nada que chegasse nem perto do que o torcedor se acostumou ao longo dos anos 90 e início de 2000. Outros nem chance tiveram. Entre eles estão Matheus Cunha, hoje titular do Flamengo, e Lucas Perri, do líder Botafogo. Ambos tiveram algo em comum: foram revelados nas categorias de base do Tricolor, em Cotia.
Há quem diga que o São Paulo não deveria procurar goleiros no mercado e promover o seus atletas da base. Recentemente o clube optou pela permanência de Jandrei por mais três anos, atitude vista com desconfiança pela torcida, que pediu mais espaço e oportunidade aos jovens Leandro e Young e relembrou a “doação” que o São Paulo fez com Perri e Matheus Cunha aos seus rivais.
O Portal UOL apurou os motivos que levaram o São Paulo a se desfazer da grande sensação do Brasileirão deste ano, Lucas Perri. Na época, Crespo, ex-técnico do time profissional, disse que o goleiro estava tecnicamente abaixo das opções que tinha no elenco em 2022. Com o argentino, Perri jogou seis jogos mas nunca teve uma sequência. A opção do Tricolor foi emprestá-lo ao Náutico.
No clube pernambucano, o goleiro atuou em 44 partidas e foi um dos heróis na conquista do Campeonato Estadual ao defender dois pênaltis na disputa contra o Retrô. Neste meio tempo o São Paulo ficou de enviar o contrato de renovação ao jogador. Segundo fontes ouvidas pelo UOL, o São Paulo se esqueceu de enviar o documento e que o clube foi alertado diversas vezes dessa situação por quatro meses.
Antes do vínculo expirar, o Botafogo procurou o São Paulo e acertou um pagamento de R$ 1,5 milhão ao Tricolor pela liberação imediata do atleta. No acordo com o Botafogo, Perri ficaria com 30% de seus direitos econômicos, mas abriu mão de 15% para o São Paulo.
O UOL disse na matéria que o São Paulo negou a versão em que “esqueceu” de enviar o contrato de renovação com Lucas Perri. Diante da gravidade do fato apresentado pelo UOL, é importante que o clube esclareça o que realmente houve no período em que Perri estava em Recife, aguardando para renovar. Se a versão obtida pelo UOL não é verdadeira como o clube afirma, basta um esclarecimento e ponto.
Vale lembrar que em 2019, quando o jovem goleiro esteve emprestado ao Crystal Palace (ING), o clube rejeitou uma suposta oferta de 3 milhões de euros, cerca de R$ 12,5 milhões na época.
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Saudações Tricolores!
Pedro Moura | São Paulo Sempre!
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1 comentário
Multatuli
14 de julho de 2023Eventuais patacoadas à parte, Perri é um goleiro que parece ser melhor do que é por 3 motivos: está num clube onde a pressão não é gigantesca* e que faz ótima campanha no Brasileirão, tem 2 m de altura, e o terceiro motivo é o fator "foi esnobado/injustiçado pelo SP". Tenho acompanhado o Botafogo e, honestamente, não vejo nada de extraclasse no nosso ex-arqueiro, acho-o do nível do Rafael - a diferença é que o atual goleiro Tricolor já mostrou não sentir o peso do Manto (o que, pra mim, já o coloca num patamar acima). Com um bom time e um sistema defensivo acima da média, até goleiros medíocres conseguem levantar taças - exemplos não faltam. Na série B do ano passado, Perri foi o goleiro mais vazado: alguém o queria de volta àquela altura? Tenho a impressão de que todo e qualquer atleta "esnobado" ou "injustiçado" pelo SP acaba virando "sensação" do dia pra noite mesmo tendo desempenho apenas satisfatório noutro clube; parece haver um apelo nessa narrativa (que a torcida também gosta de comprar). *A nossa torcida já sugeriu uma porção de goleiros que "resolveriam nosso problema" e que, com o tempo, se mostraram inferiores ao Rafael. Pra falar apenas dos que não vieram, cito dois recentes: Ivan e Tadeu. O ex-goleiro da Ponte foi contratado pelo rival de Itaquera e muito Tricolor reclamou, achou absurdo o clube "perdê-lo"; ele já está no segundo empréstimo seguido (perdeu espaço para Carlos Miguel, mais jovem) sem jamais se firmar titular. Tadeu (Goiás), por sua vez, é o rei dos "melhores momentos": ninguém acompanha o Goiás, mas todo mundo jurava que esse cara seria o sucessor ideal de RC por causa de uma ou duas ótimas partidas na temporada (até Sidão teve esses momentos, né?). Não estou dizendo que esses goleiros são ruins, só acho que ter boas atuações por uma equipe menos pressionada é muito menos difícil do que ser MINIMAMENTE REGULAR num dos quatro grandes clubes de SP - lembram do Renan, que saiu como grande revelação do Avaí (foi convocado pra cbf e tudo), foi parar em Itaquera e durou exatamente 3 jogos?