A crise na lateral direita deve fazer Orejuela voltar a ter oportunidades no Tricolor.
O ano de 2022 foi marcado pela dificuldade de Ceni de encontrar titulares, tanto na lateral esquerda quando a direita. Reinaldo, Wellington e Léo dividiam a posição pela esquerda até o último se oficializar com zagueiro. No lado oposto, Rafinha e Igor travaram uma boa disputa pelo status de titular. O problema é que Rafinha não é mais um garoto e em breve encaminhará sua aposentadoria. O veterano deverá ser mantido no elenco para o ano que vem mas nem de longe jogará as 77 partidas que são exigidas para os atletas no futebol brasileiro.
No fim do ano, Ceni tentou incorporar Moreira no elenco profissional mas infelizmente o atleta sofreu uma lesão no joelho durante um treinamento, no fim do mês passado. O jovem operou e não se tem previsão de volta. Que azar…
Agora, o empréstimo de Orejuela ao Atlético-PR chega ao fim e seu retorno deverá ser confirmado, mais pela ausência de opções de Ceni do que pelo destaque do lateral na temporada. Caso opte por ficar com o jogador, o Athletico teria que pagar cerca de 2,5 milhões de euros (R$ 13 milhões), o que não deve acontecer. No rubro-negro, Orejuela disputou 19 jogos mas não entra em campo há quatro partidas.
A visão que eu tenho sobre sua volta não é das melhores. O atleta teve dificuldades para se adaptar a cidade de São Paulo quando recebeu oportunidades em sua primeira passagem, em 2021. Além disso, o colombiano recebia aproximadamente R$ 350 mil mensais no Tricolor. No Athlético, acredita-se que o lateral tenha os rendimentos no valor de R$ 200 mil. Por esses valores, sendo reserva e não estando em melhor fase que Igor Vinícius, acho perda de tempo e dinheiro.
Uma boa opção seria Nathan, revelado nas categorias de base e um dos destaques na copinha 2022. Ele até chegou a receber oportunidade no profissional quando deu assistência para gol de Rigoni contra o Botafogo-SP, em março pelo Paulistão. Sem espaço, o lateral optou por um empréstimo para jogar o Campeonato Brasileiro pelo Coritiba. Há a opção de compra ao fim do contrato, o que deve acontecer por parte do Coxa.
O elenco já está no limite de estrangeiros e mais uma vez a falta de planejamento pode atrapalhar os planos da comissão técnica. Com Orejuela de volta, ou Ceni terá que fazer malabarismo para escalar o atleta ou ele ficará encostado, apenas treinando e recebendo seu salário, que não é baixo. Um cenário menos pior seria um novo empréstimo com o São Paulo pagando parte dos salários, visto que o jogador que já passou por Grêmio, Cruzeiro e Athletico, não está muito bem avaliado no mercado.
Orejuela terá que suar muito a camisa e entregar tudo que não entregou até agora para fazer valer o investimento feito pelo Tricolor. Neste momento, não tenho esperanças de um bom retorno ao São Paulo.
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O Ceará foi rebaixado para a série B do Campeonato Brasileiro após perder por dois a zero para o Avaí, na noite da última quinta-feira no estádio da Ressacada, em Florianópolis.
O rebaixamento frustra demais o planejamento do clube do Nordeste. Foram dois anos em que a base do elenco foi mantida, com bons jogadores, contratos longos e uma participação de destaque na Copa Sul-Americana deste ano, sendo eliminado pelo São Paulo na disputa de pênaltis após fazer a melhor campanha da fase de grupos da competição.
Como a série B não paga os mesmos valores que a série A, a tendência é que o clube deva fazer uma reformulação no elenco, dispensando ou negociando alguns bons valores para poder sustentar a folha em 2023. Entre os bons jogadores que compõem o “Vozão” estão o zagueiro Messias, o volante Fernando Sobral, o meia Vina e o atacante Mendoza.
O São Paulo possui carência nestas quatro posições e entre estes citados eu só não pensaria em Vina por ser um jogador com as características idênticas as de Luciano. O bom camisa dez do Ceará também joga atrás do centroavante, carrega a bola e aparece na área. Não seria o organizador de jogadas que o São Paulo precisa.
Messias é um bom zagueiro, também foi procurado pelo São Paulo um tempo atrás e poderia muito bem ser o substituto de Miranda e eventualmente ser titular em boa parte do ano, até porque o clube dificilmente comprará Nahuel Ferraresi, com contrato de empréstimo a vencer no meio do ano que vem. A tendência é que o venezuelano deva retornar ao Grupo City após o estadual e seria importante reforçar o setor para evitar apuros no próximo Brasileiro. Messias tem mais um ano de contrato com o Vozão e foi consultado pelo Cruzeiro para o ano que vem.
Fernando Sobral, com contrato até fim de 2024, é um bom volante mas que atualmente frequenta mais o banco de reservas que os gramados. Este seria interessante apenas em uma oportunidade de ocasião. Quem eu realmente gostaria de ver no Tricolor é o atacante Stiven Mendoza. Um atacante rápido, brigador e que faz gols é a posição que falta no ataque Tricolor. É outro atleta do elenco cearense com contrato até o final de 2023.
Certamente essas peças serão sondadas por clubes brasileiros da Série A e não será diferente com o São Paulo. O Tricolor irá substituir peças em fim de contrato por alternativas pontuais para se reforçar para 2023. Por que não entre elas, investir em algum atleta do Ceará?
O Ceará foi rebaixado para a Série B.
No “Vozão” estão o zagueiro Messias, o volante Fernando Sobral, o meia Vina e o atacante Mendoza.
Algum destes serviria para o São Paulo?
— Daniel Perrone ♔ (@danielperrone) November 10, 2022
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Rogério Ceni e Patrick travam uma discussão nos bastidores que ainda parece estar longe do fim. Apesar do clube afirmar que conta com o atleta para 2023, alguns jornalistas afirmam que dificilmente ele ficará no elenco, mesmo com contrato válido para a próxima temporada.
Na quarta-feira (09) o grande assunto foi a reformulação do elenco, citada pelo presidente e treinador na entrevista coletiva pós-derrota para o Internacional no Morumbi. Neste momento, Patrick não está envolvido entre os atletas que deixarão o clube em 2023. Gabriel Neves e Rafinha também devem ficar, porém a lista de dispensa é grande. Eder puxa a fila seguido de Miranda, Reinaldo, Colorado e até André Anderson que, mesmo com empréstimo não vencendo neste momento, deverá retornar a Lazio. Os incertos, mas que também podem sair são Igor Gomes, Luizão, Léo e até Nikão, com sondagem de seu antigo clube.
As mudança são extremamente necessária no elenco devido ao valor de folha salarial em contraste com o pouco retorno esportivo entregue para a instituição.
Da lista acima, poucos foram realmente bem utilizados por Ceni ao longo da temporada. Curiosamente é que dentre os citados, o único que se sair pode ser incontestável é justamente ele, Patrick. Alvo de dúvidas da torcida no início do ano, ele foi a grande surpresa do ano e terminou como o terceiro maior goleador do time, com nove gols na temporada. O meia-atacante foi decisivo em diversos jogos do ano, inclusive a semi-final da Sul-Americana contra o Atlético-GO. Na ocasião, ele marcou os dois gols que levaram o jogo para a disputa de pênaltis, vencida pelo Tricolor.
Patrick foi peça essencial para o elenco em 2022. Estabilizado na cidade de São Paulo, a princípio ele não pretende sair. Especula-se que o Santos seja um dos interessados. Ao meu ver, seria um erro grande se a diretoria optar por uma negociação. Sim, o episódio com Ceni foi antiético e nada profissional, mas é necessário entender o lado do jogador e o contexto da discussão.
Reforçar algum time de São Paulo com Patrick para permanecer somente com as alternativas atuais seria péssimo. Patrick tem perfil para se tornar peça fundamental em outros times, nos deixando com saudades de seu futebol. Suas atuações recentes podem até ser contestadas mas, pelo que evoluiu no ano e pode render ao Tricolor no ano que vem, eu torço por sua permanência.
Que essa divergência com Ceni possa ser superada e que diretoria e jogadores nadem em só uma direção: voltar às glórias que fizeram o São Paulo gigante na história do futebol brasileiro.
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Segundo o presidente Julio Casares, em pronunciamento na noite desta terça-feira após a partida diante do Internacional, o São Paulo deverá reformular parte do seu elenco, priorizando o comprometimento esportivo.
“O São Paulo vai fazer ajustes no elenco, vai fazer mudanças pontuais, que primam por uma mudança de postura, de comprometimento. Estamos junto com a diretoria, fizemos intervenções no elenco e continuaremos no elenco.” – disse ele aos repórteres na coletiva de imprensa pós-jogo.
O São Paulo tem diversos atletas em fim de contrato em 2022 ou início de 2023. Entre eles, medalhões como Miranda, Reinaldo, Rafinha e Eder. Outros jogadores como Marcos Guilherme, Andrés Colorado, Gabriel Neves, Luizão e Igor Gomes também tem seus vínculos a se encerrar em breve.
Se é para levar a ferro e fogo o que foi dito pelo presidente, eu não renovaria com a grande maioria destes atletas citados. No início de outubro, a torcida Independente lançou um post revelando o salário do elenco Tricolor. Se os dados divulgados estiverem corretos, os quatro veteranos em fim de contrato (Miranda, Reinaldo, Rafinha e Eder) são responsáveis por cerca de dois milhões e meio de reais mensais ao Tricolor. Se incluirmos Colorado e Marcos Guilherme na barca, o valor ultrapassa três milhões mensais, isso é, mais de trinta e seis milhões de reais por ano.
Com esses três milhões mensais, o São Paulo poderia encontrar no mercado um goleiro superior a Felipe Alves (dispensando mais 300 mil mensais de Jandrei), contratar um atacante de velocidade do nível de Soteldo (Santos), Stiven Mendoza (Ceará) Artur (BR Bragantino), procurar um meia de ligação que organize as jogadas (devolvendo André Anderson), manter Gabriel Neves e fechar com um lateral esquerdo do nível de Juninho Capixaba (Fortaleza), já especulado pelos lados do Morumbi e, garanto eu, terá grande chance de baixar a folha salarial.
O São Paulo vive uma crise sem precedentes em sua história, insiste em atrasar-se na modernidade e não transparece uma solução financeira radical em sua gestão. Porém, dentro do futebol, há como montar um elenco melhor que o de 2022 apenas com aqueles que estão em fim de contrato.
É o trabalho de Muricy e Rogério Ceni, que deve ser amparado pela diretoria de futebol. Miranda merece uma despedida honrosa, Reinaldo um post bonito, Rafinha os parabéns e Eder, Colorado e Marcos Guilherme merecem um adeus respeitoso. Mas… bye, bye para todos.
É muito dinheiro para pouco elenco.
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O técnico Tite anunciou nesta segunda-feira os 26 jogadores que vão defender a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2022. A cerimônia de convocação foi realizada na sede da CBF, no Rio de Janeiro.
Da lista anunciada, apenas três jogadores atuam em solo nacional: o goleiro Weverton (Palmeiras), o meia Everton Ribeiro (Flamengo) e o atacante Pedro (Flamengo).
Como era de se esperar, a convocação não contou com nenhum são-paulino na lista, o que evidencia mais uma vez o nível de qualidade do elenco Tricolor em relação ao seu histórico de selecionáveis.
O São Paulo sempre prezou por ter atletas na seleção Brasileira. Era um índice de qualidade que muito torcedor sentia orgulho. Para não divagar muito, na Copa de 1982 (a que mais tenho carinho), o clube cedeu o goleiro Waldir Perez, o zagueiro Oscar , o meia Renato e o atacante Serginho. Tirando o “pé murcho” (apelido de Renato), todos os demais ocuparam o posto de titular daquele escrete mágico de Telê Santana.
Hoje em dia temos somente ex-Tricolores na lista, como Militão, Bremer, Casemiro, Antony e… surpresa! Daniel Alves. Bom para os jogadores, ruim para o Tricolor, que se vê num mar de dívidas, fruto de recentes má gestões.
Porém, uma coisa é certa: se a ausência de são-paulinos “locais” é ruim para o São Paulo, ela é péssima para a Seleção. Não é mística, são dados: toda vez que o Brasil foi campeão, havia algum são-paulino presente, em campo ou no banco. Foi assim em 58, 62, 70, 94 e 2002.
Aí vai uma brincadeira. Tite não poderia brincar com isso. No lugar de Bremer, ele poderia ter convocado Léo Pelé ou no lugar de Everton Ribeiro, poderia muito bem ir o Igor Gomes. Afinal, nenhum dos quatro irá jogar mesmo.
Zueira a parte, boa sorte para a nossa seleção na Copa.
Menos para o nosso ex-camisa dez.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]
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