Opinião da partida:

Vitória magra e justa a favor do Tricolor. O jogo foi dividido em duas partes: antes e depois da dura entrada de Brenner, atacante da equipe catarinense, em Bruno Alves. Por incrível que pareça, antes da expulsão (para mim, justa), o Tricolor conseguia espaços na defesa adversária porque o oponente também saía para o jogo. Com dez em campo, o Avaí se fechou de vez atrás e escancarou mais uma vez a dificuldade do São Paulo em furar defesas. É verdade que não foi a apatia da última quarta-feira mas o terror só foi amenizado com o gol de Arboleda. O equatoriano para variar subiu mais alto que toda a defesa e fez o único tento da partida, marcada pela boa atuação do goleiro Vladimir, a falta de capricho nas decisões do ataque e da belíssima ação dos cadeirantes gandulas, promovida pelo clube. O Tricolor terá mais uma semana de treinos e recuperação de atletas antes do compromisso diante do Galo, também no Morumbi. Estaremos no Sacrossanto para não deixar o Tricolor sair do G4.

Nota dos personagens em campo:

Ação com os cadeirantes gandulas – Ao lado do gol de Arboleda, a coisa mais legal que o torcedor viu no último domingo. Os cadeirantes que entregavam as bolas aos atletas eram habituados com o basquete de cadeira de rodas mas mostraram que qualquer pessoa bem preparada pode exercer bem a função, mesmo impossibilitada de andar com as próprias pernas. Nota: DEZ!

Thiago Volpi – Salvo um lance quase no final do jogo, praticamente não teve trabalho na partida. Um mero espectador neste domingo. Nota: 6,0

Dani Alves – Começou na lateral mas, com a expulsão de Brenner, se soltou e teve liberdade para arriscar jogadas no meio. No geral, teve boa atuação e foi autor da cobrança de escanteio no gol de Arboleda. Nota: 7,5

Bruno Alves – Levou um pisão no mínimo muito imprudente de Brenner. A jogada foi para revisão e o árbitro o expulsou. Se o comentarista de arbitragem da Globo achou exagerada é porque o atacante do Avaí merecia ser expulso mesmo. Tem uma semana para se recuperar. Sem nota.

Arboleda – Novamente o destaque do Tricolor. No seu centésimo jogo com a camisa do clube, no segundo tempo jogou por dois zagueiros e ainda foi o autor do gol da vitória. Nota: DEZ!

Léo – Substituto de Reinaldo (que assistiu a partida nas arquibancadas) teve atuação regular, sem brilho mas também sem comprometer seu setor. Nota: 6,0

Luan – Trabalho regular no primeiro tempo. Na segunda etapa, com a saída de Bruno Alves, foi recuado para a zaga e não comprometeu em seu lado. Nota: 6,5

Tchê Tchê – Executou o trabalho de ligação da defesa para o meio-campo, alternando bons e maus momentos. Nota: 6,0

Liziero – Carregou muito a bola no meio-campo e, na praticamente única chance clara do Avaí no jogo, falhou feio na marcação do atacante no lado esquerdo. Nota: 5,0

Vitor Bueno – Trabalho fraco no seu setor, não apareceu para o jogo. Nota: 5,0

Pato – Perdeu um gol inacreditável, nota 8,5 na escala Deivid. Fora isso se dedicou muito em uma posição que claramente não é a sua. Até marcou mas o gol foi bem anulado. Nota: 4,5

Antony – O melhor do ataque. Criou bons momentos pela direita, mesmo sem ainda correr em direção ao gol, sua característica dos tempos da base. Nota; 6,5

Igor Gomes – Sua entrada melhorou bem o jogo Tricolor dando mais velocidade e dinâmica no meio-campo. Fernando Diniz o considera titular e, para mim, é questão de tempo para aparecer entre os titulares no início das partidas. Nota: 7,0

Hernanes e Raniel – Sem nota.

Fernando Diniz – O desafio é fazer esse time converter as chances que cria. É muito passe, assistência e chute errado para o gol. Os machucados fazem falta mas não é possível que um clube como o São Paulo sofra tanto para vencer o praticamente condenado Avaí. O time não foi o desastre de quarta mas está longe de convencer os mais exigentes torcedores. Tempo ao tempo. Nota: 6,0

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Opinião da partida:

Derrota amarga e muito merecida. O São Paulo não entrou em campo no Mineirão e foi derrotado por um Cruzeiro que desde o início da partida quis vencer. O futebol proposto por Fernando Diniz é de posse de bola e controle de jogo. Posse até que tivemos mas o controle, elemento essencial para que esse sistema dê resultado, não viajou para Belo Horizonte. A Raposa mandou no jogo. Apático, o Tricolor viveu de tentativas escassas e uma esterilidade ofensiva típica do que vem apresentando ao longo do ano. Como disse seu técnico, deixou muito a desejar. Que essa morosidade vista na quarta sirva de alerta para os jogos restantes. Inspiração, transpiração e bola na rede!

Nota dos personagens em campo:

Thiago Volpi – Boas defesas e segurança. Um goleiro a altura do clube. Nota: 8,5

Juanfran – Assim como todo o time, teve uma noite morosa. Nota: 4,5

Bruno Alves – Teve trabalho neste jogo e correspondeu. Nossa defesa foi bastante testada nesta partida e de longe não é a responsável pelo resultado e desempenho. Nota: 6,0

Arboleda – O melhor do time, inclusive salvando gols da Raposa. Nota: 8,5

Reinaldo – Foi mal no Mineirão e ainda tomou um amarelo desnecessário ao entrar em conflito com Fred. Amarelo este que o deixará fora da partida diante do Avaí, no Morumbi. Nota: 4,0

Luan – O menos pior do meio-campo. Nota: 5,0

Tchê Tchê – Partida horrorosa, com pouca produtividade e nenhuma eficiência. Nota: 3,0

Dani Alves – Fraca atuação, tanto no meio como na lateral, ao substituir Juanfran. Há a desculpa da longa viagem com a seleção. Se é assim, melhor se preparar para um jogo seguinte. Nota: 3,0

Hernanes – Pouco acrescentou na equipe. Nota: 4,0

Pato – A pior partida com a camisa do São Paulo. Nota: 3,0

Antony – Improdutivo ofensivamente. Nota; 3,5

Vitor Bueno, Liziero e Igor Gomes – Não foram suficientes para tirar o São Paulo do marasmo em que se encontrou no jogo. Nota: 5,0 para os três.

Fernando Diniz – Primeiro revés no comando do São Paulo. A equipe deixou muito a desejar no Mineirão, controlada de ponta a ponta por um adversário desesperado pela vitória. A tranquilidade que poderia ser o tema do jogo doTricolor se transformou em morosidade e apatia. Nota: 4,0

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São Paulo e Cruzeiro se enfrentam nesta quarta-feira às 21h no Mineirão.

O Tricolor, invicto com o técnico Fernando Diniz, está em 5º lugar e mira ao volta ao G4. Já a Raposa, em 18º lugar no Brasileirão, não vence há 45 dias e luta desesperadamente para sair do Z4 do Brasileirão 2019. Será claramente um jogo de nervos para os donos da casa, diante de uma torcida aflita pela possibilidade de um inédito rebaixamento.

Tensão no ar! Por este motivo, é preciso jogar com tranquilidade e se aproveitar ao máximo do desespero cruzeirense. Pressionados, os mandantes deverão se lançar como “índios” ao ataque, caso o resultado não esteja satisfatório. Um ponto para eles em casa é ruim na tabela.

Por isso, o importante será não entrar na pilha da Raposa, aproximar as linhas de Alexandre Pato (teoricamente o homem mais a frente do time) e ter paciência em todos os noventa minutos, como a estratégia adotada no último clássico. A responsabilidade está toda nas costas (e pernas) dos jogadores do Cruzeiro, e isso pode ser determinante para um bom resultado fora de casa.

O Globoesporte aponta que Diniz deverá iniciar o jogo com a mesma escalação do time que venceu o Corinthians no domingo. Já eu penso que Antony, menos desgastado dos compromissos com a seleção olímpica, poderá entrar desde o início. Sua velocidade pode ser interessante para explorar os buracos que poderão ser deixados nos lados do campo.

Boa sorte ao Tricolor!

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