Nestor precisa de alguém para dividir a forte responsabilidade da criação

Nestor precisa de alguém para dividir a forte responsabilidade da criação

Os gols que determinaram a vitória do São Paulo diante do venezuelano Puerto Cabello foram de Marcos Paulo e Michel Araújo, mas foi Rodrigo Nestor que fez diferença na noite desta última e chuvosa terça-feira.

 

Foram do jovem vindo de Cotia os passes que determinaram o placar em mais um jogo conturbado da equipe de Rogério Ceni. O Tricolor mais uma vez se complicou coletivamente diante de adversários modestos mas desta vez teve o desempenho decisivo do seu meia para o resultado que mantém o Tricolor confortável na Sul-Americana.

 

É fato que Rodrigo Nestor não é o criador dos sonhos do são-paulino mas o jogador visivelmente se sente mais a vontade quando sai da função de segundo volante e avança para a criação. A jogada do primeiro gol saiu quando ele se desloca do “trânsito carregado” da região central do meio-campo e foi para o lado esquerdo, assistindo Calleri em posição perfeita dentro da área. Nada de chuveiro para o argentino: gol construído com méritos do centroavante, de Marcos Paulo (por motivos óbvios o justo destaque da imprensa) e, sim, da visão do camisa onze.

 

Já na jogada do segundo gol, com a equipe venezuelana tentando se lançar ao ataque para reverter o prejuízo, o passe de Nestor foi quase “pornográfico” para o avanço de Michel Araújo até as redes. Assistência típica de meio-campista criador. Nestor não apareceu nos holofotes mas para mim desceu para o vestiário como o homem da partida.

 

 

Vale deixar mais uma vez claro que o jogo foi feio até os minutos finais mas enfim, houve um suspiro de esperança com a atuação decisiva do irregular Nestor no setor mais pobre da equipe, a criação no meio-campo. Está claro que o camisa onze tem o seu valor neste mediano elenco mas precisa de um companheiro para dividir a responsabilidade de criação.

 

Já sabemos que esse criador não é Luciano. Pode ser Marcos Paulo ou até um centralizado Michel Araújo, com o retorno de Wellington mas, creio eu, ainda há espaço para uma peça dessas no mercado latino. Será que não existe na América do Sul alguém com essa característica e que seja viável aos cofres do clube?

 

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Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

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