Nação do Maior do Mundo;
A improvável missão de se classificar após a derrota no Morumbi não aconteceu. Com o empate no Itaquerão, o São Paulo dá adeus ao Campeonato Paulista e agora tem todas as atenções do ano voltadas a Copa Sul-Americana e ao Campeonato Brasileiro.
Com a dura desvantagem de dois gols contra, o Tricolor, por vocação ofensivo, naturalmente foi para cima do Corinthians desde o primeiro minuto em Itaquera. Teve bom volume de jogo e até algumas boas chances no início da partida, mas não conseguiu transformar as oportunidades que teve em gol. O adversário sabiamente jogou com o relógio e não tinha como ser diferente. Apesar da enorme dificuldade, o Tricolor poderia estar vivo até o final do jogo se não fosse mais uma lambança do trio de arbitragem, que validou mais um gol impedido para o rival, aos 47 minutos.
Foi a ducha de água fria que faltava. Dos quatro gols feitos nessa semifinal, metade deles não deveria ser validado: um no Morumbi e outro em Itaquera. Após mais uma lambança, a água desandou de vez. As pernas pesaram e a bola queimou nos pés dos jogadores. Nervoso, o time ainda encontrou forças para fazer o seu gol e não sair de Itaquera com uma derrota. No apito final, ficou mais uma vez a sensação de frustração mas, nos 180 minutos, o merecimento foi maior do adversário pois soube trabalhar o que tem de melhor (a defesa) diante das falhas do São Paulo em propor o jogo.
Nada pode apagar a indignação do são-paulino neste momento mas o fato é que perdemos as duas classificações em casa. Essa vacilada precisa ser muito bem digerida pela comissão técnica e os jogadores para que não se repita nos próximos momentos cruciais do ano. A Sulamericana virou prioridade, assim como uma boa colocação no Brasileirão. A equipe terá três semanas para se reabilitar, recuperar os lesionados, treinar e iniciar bem o Brasileirão, além de passar pelo Defensa y Justicia sem nenhum susto no Morumbi. Não haverá desculpa alguma para desgaste ou falta de treino.
Nota dos personagens da partida:
Renan Ribeiro Sem culpa no gol. Deve ser mantido como titular. Nota: 6,0
Wesley A quarta opção para a lateral jogou para o gasto. Nota: 5,0
Maicon Seguro, menos nas bolas paradas. Nota: 4,5
Rodrigo Caio Também seguro mas ruim nas bolas paradas. Nota: 4,5
Junior Abaixo da média. Pareceu lateral improvisado. Nota: 4,0
Jucilei O melhor do São Paulo, mais uma vez. Nota: 7,5
Thiago Mendes Como volante foi bem mas como meia não dá. Nota: 6,0
Cícero De meia virou zagueiro. Falta protagonistas no meio-campo. Nota: 5,0
Cueva Claramente sem pernas depois da lesão na seleção peruana. Nota: 4,0
Gilberto Não funcionou entrando no primeiro tempo. Nota: 4,0
Lucas Pratto A luta foi premiada com o gol. Nota 7,0
Thomaz Entrou na tentativa de chegar mais ao ataque. Nota: 5,0
Luiz Araújo Fez a sua fumaça. Nota: 5,5
Chavez Entrou para dar força ao ataque mas fez pouco. Nota: 5,0
Rogério Ceni Fez o que podia fazer nesta partida. Tem todos os créditos do mundo para impor um estilo de jogo ofensivo mas me incomoda se prender nas estatísticas. No futebol isso pode mascarar muitas coisas. Neste domingo por exemplo, que milagre fez Cássio? O que adiantou ter milhares de escanteios a favor e nenhum contra? Ter bons números é muito bom somente ao lado de resultados. Na linguagem empresarial, não adianta nossos “vendedores” serem asseados, falarem bem e saberem calcular de cabeça se eles não efetuarem vendas. Nota: 5,0
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O São Paulo tem uma improvável missão no Itaquerão. O clube ainda não sabe o que é vencer no estádio do rival Corinthians e, para se classificar, terá que ganhar por no mínimo dois gols de diferença e levar a decisão para os pênaltis.
Com o setor defensivo praticamente definido (Renan, Wesley, Maicon, Rodrigo Caio, Junior e Jucilei) Rogério Ceni mantém mistério no ataque. O treinador pode manter o 4-2-3-1, que se transforma em um 3-4-3 (com os laterais adiantados) ou escalar a equipe com dois centroavantes. Pratto é imprescindível e Gilberto, como diz o popular, “pede passagem” no ataque. É o artilheiro do clube no estadual e faz gol em quase todos os jogos.
Mesmo com os dois centroavantes em alta, a mais provável escalação Tricolor seria Renan, Wesley, Maicon, Rodrigo Caio e Junior. Jucilei, Tiago Mendes e Cícero. Cueva, Pratto e Thomaz. Este último vem fazendo boas apresentações e poderá permanecer abrindo espaços pelos lados.
Rogério poderá colocar Gilberto logo no início, ou mesmo no intervalo. Deste modo, um meio-campista sairia para o lugar do artilheiro do clube no estadual. Com Thiago Mendes mais descansado (não atuou quarta), o provável time seria Renan, Wesley, Maicon, Rodrigo Caio e Junior. Jucilei, Tiago Mendes e Cueva. Pratto, Gilberto e Thomaz.
O Tricolor ainda conta com as possíveis entradas de Luiz Araújo e Chavez no segundo tempo. Luiz fez sua melhor apresentação diante do Santos na Vila Belmiro e Chavez é mais chance de gols. O adversário procurará marcar a saída de bola na defesa Tricolor, portanto a chave do jogo será a rápida transição para deixar os atacantes em condições de conclusão em gol. Para fazer dois gols ou mais, precisaremos de no mínimo dez conclusões no jogo. Sem se descuidar da defesa.
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Com o fim das eleições, é hora de iniciar uma nova e importante etapa no clube.
Sob regência do Novo Estatuto, o presidente reeleito e seus diretores já começam a mostrar uma nova composição. Conforme antecipado pelo blog no início de março, Raí será membro do Conselho Administrativo, uma das novidades do novo código Tricolor. Composto por nove pessoas, o Conselho será uma espécie de bússola que norteará as ações do clube, descentralizando as decisões dos futuros presidentes.
Outra novidade é a remuneração de diretores. Os cargos de vice se extinguem e posições como o Marketing e o Futebol serão ocupadas por diretores assalariados e comprometidos com o clube em horário comercial. Até hoje o Tricolor contava com voluntários em posições estratégicas, que muitas vezes saíam de seus compromissos para, ao final da tarde, chegar ao Morumbi e varar a noite trabalhando para o clube.
Desta maneira, o primeiro nome a ocupar a direção do futebol, cadeira vaga desde a saída de Marco Aurélio Cunha, deverá ser Vinícius Pinotti. Se for confirmado, o ex-diretor de marketing receberá salário e se dedicará em tempo integral comandando o setor, que deverá ter adjuntos remunerados. Alexandre Pássaro, advogado que trabalha os contratos dos jogadores, deve permanecer no seu cargo, executando sua importante função.
Raí é uma escolha ‘hour concour’. Um dos maiores ídolos do clube, ele atualmente é empresário e sócio de vários empreendimentos (um deles dentro do próprio Morumbi), além de uma ONG muito bem sucedida: a “Gol de Letra”. Já o nome de Pinotti para o futebol foi uma surpresa para mim. Mas pode dar certo, pela configuração atual do futebol. Apesar de não ter experiência na área (grande ponto negativo), é jovem, conta com a confiança do presidente e possui grande capacidade para se habilitar rapidamente na função, trabalhando ao lado do treinador e o departamento profissional de análise e estatísticas. Com Vinícius, cresce ainda mais a estabilidade de Rogério Ceni, não só no cargo de treinador mas também de ‘manager’ em um projeto de dois anos que o Tricolor aposta boas fichas.
Agora vai um pitaco de amigo: Vinícius é são-paulino de verdade e duvido que usaria o cargo mais importante do clube para interesses pessoais. A visibilidade será enorme e as críticas devem vir fortes, mas creio que, do modo como está configurado o setor (comissão técnica, departamento de análise e profissional de contratação), ele terá condições plenas para desempenhar um bom papel.
Boa sorte para Raí e Pinotti. Que o clube comece com o pé direito essa nova etapa.
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Um jogo emocionante no Mineirão. O São Paulo ganhou a partida e tirou o “cabaço” do último clube da série a invicto da temporada. Mas não levou. O Cruzeiro está classificado para o andamento da Copa do Brasil.
Peço licença aos meus leitores para não comentar lances do jogo mas sim o geral de uma das poucas partidas recentes que o time brigou até o fim e vendeu muito caro a classificação. Hoje, meus amigos, não dá para criticar ninguém por falta de luta. Talvez falta de sorte na barreira do gol da Raposa, talvez nosso camisa dez não totalmente recuperado… toda partida tem algo a ser criticado mas o fato é que o São Paulo fez uma excelente partida, dentro de um dos seus piores cenários nesta temporada. Caiu de pé e com honra.
Portanto, amigos, ao invés de ficar no mantra “mais um ano sem título” eu prefiro parabenizar todos os jogadores pela garram vontade e luta dentro de campo. Infelizmente a vaga foi perdida nos erros do Morumbi. Outra coisa: Rogério Ceni é um técnico inexperiente, mas não é ingênuo. Não existe milagre ou mágica. Existe é trabalho e aplicação. Tenho fé que teremos dias melhores. Queria a classificação (e quase a tivemos) mas no momento estou muito feliz pelo ótimo jogo que fizemos.
Parabéns a todos pela luta! Domingo tem mais luta. Podem ter certeza!
Nota dos personagens da partida:
Renan Ribeiro Sem culpa no gol. Uma defesa fantástica! Nota: 9,0
Bruno Começou bem mas infelizmente sentiu a lesão e saiu cedo. Sem nota.
Maicon O “torcedor/dirigente” torce o nariz. Foi um monstro na zaga. Nota: 9,0
Rodrigo Caio Sua falha hoje foi decisiva. “Fail Play”. Nota: 3,5
Junior Partida abaixo da média, mas lutou. Nota: 6,0
Wesley Lutou e correu pelo meio e depois na lateral. Nota: 6,5
João Schmidt Cumpriu o seu papel. Nota: 6,5
Cícero Discretíssimo em campo. Voltei a duvidar de sua utilidade. Nota: 5,0
Cueva Partida muito, muito ruim. Parece que jogou no sacrifício. Nota: 4,0
Morato Bela estréia. Se continuar assim pega uma vaga no ataque. Nota: 9,0
Lucas Pratto Gol e muita combatividade. Se entregou demais! Nota DEZ!
Jucilei Seria poupado mas entrou e levou bem o jogo. Nota: 7,0
Gilberto Tem que estar em campo em Itaquera. Ponto! Nota DEZ!
Thomaz Foi bem no pouco tempo que jogou. Nota: 7,0
Rogério Ceni Belo jogo. Por muito pouco o São Paulo não sai do Mineirão com uma épica classificação. O Cruzeiro sem dúvida era o adversário mais difícil que o clube pegou no sorteio e mesmo assim nos dois jogos não mostrou a superioridade que se esperava dele diante do Tricolor. Quem confia no trabalho não se decepcionou com o jogo de hoje. Quem já esperava a desclassificação que vá para o inferno! Nota: 9,0
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Rogério Ceni relacionou muita gente nova para o jogo contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil. Precisando ganhar por pelo menos dois gols de diferença para ter chances de classificação, a equipe tenta o improvável no Mineirão na noite desta quarta-feira.
Éder Militão, Morato, Marcinho e Edimar são os estreantes relacionados para o jogo. Militão foi promovido da base, Morado e Marcinho são apostas vindas do estadual e Edimar está recuperado de uma lesão quando chegou ao clube. Entretanto nenhum deles deve começar o jogo.
Bruno, também recuperado de lesão, pode ser a surpresa na lateral. Ele concorre com Wesley, que pode atuar pela função. Aliás, para muitos, a posição que Wesley melhor se encaixou foi justamente a lateral direita. Suspenso, Thiago Mendes não viajou, portanto a chance de Thomaz começar o jogo é bem considerável.
Ceni também pode alterar o esquema de jogo, colocando mais um zagueiro e promovendo a dupla Pratto/Gilberto. Deste modo temos duas possíveis escalações para o confronto em Minas:
4-2-3-1
Renan Ribeiro, Bruno (Wesley), Maicon, Rodrigo Caio e Junior Tavares. Jucilei, Cícero e Thomaz. Cueva, Pratto e Luiz Araújo.
3-5-2
Renan Ribeiro, Maicon, Rodrigo Caio e Lucão. Bruno (Wesley), Jucilei, Cueva, Thomaz e Junior Tavares. Pratto e Gilberto.
4-4-2
Renan Ribeiro, Bruno (Wesley), Maicon, Rodrigo Caio e Junior Tavares. Jucilei, Cícero, Thomaz e Cueva. Pratto e Gilberto (Luiz Araújo).
ATUALIZADO: O time que entrará em campo é esse: Renan, Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Junior. João Schmidt, Wesley, Cícero e Cueva. Morato e Pratto.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]