Carlos Augusto de Barros e Silva está em um momento delicado de sua gestão. Com mandato por mais dois anos e pressão de conselheiros até torcedores, passando por atletas e até ex-jogadores como Rogério Ceni e Cafú, o presidente sabe que precisará entregar resultados dentro de campo no próximo ano de seu mandato.
Apesar de aparentemente ter diminuído sensivelmente a dívida do clube (segundo seu diretor financeiro, de 170 milhões para atuais 50 milhões) o nome de Leco está historicamente envolvido em polêmicas com ex-funcionários e diretores. Muricy já teve atrito co o então Leco diretor, Luis Cunha saiu do comando do futebol cuspindo fogo contra o presidente e Michael Beale andou soltando faíscas pontuais em seu twitter. Já Vinicius Pinotti, Pintado e o M1TO, mais reservados, preferiram ser sutis em suas críticas. Cada um com seu problema porém todos com um ponto em comum: divergências com o mandatário.
A vantagem de Leco ao escolher Raí é que o atual diretor conhece o perfil boleiro do presidente, mas isso não quer dizer submissão ou subserviência. O caminho é a descentralização do poder e se o eterno camisa dez não tiver a declarada carta branca, ele pegará o boné, tornando a gestão praticamente ingovernável até o fim do mandato. É bom Leco saber que o bom trabalho de Raí e, principalmente, a liberdade do diretor para executar o seu trabalho, serão elementos-chave em 2018.
Torcer para que Raí dê certo é torcer para o sucesso do São Paulo Futebol Clube.
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O eterno camisa dez Raí aceitou o desafio. Ele será o responsável pelo comando do futebol do São Paulo após a demissão do ex-diretor Vinícius Pinotti. O novo dirigente foi confirmado nessa tarde pelo clube e já começa a trabalhar na sexta-feira.
O início da missão do novo diretor é muito maior que dar continuidade as negociações de manutenção e reforço de atletas iniciada pelo seu antecessor. Raí será responsável por montar um elenco capaz de conquistar os títulos que o clube tanto precisa para amenizar a batalha das vaidades dentro dos grupos políticos do clube.
Não será fácil. Raí terá muitos obstáculos e o primeiro deles é se alinhar com o presidente Leco, que costuma interferir nas decisões do futebol, às vezes até tomando as rédeas de contratações sem o conhecimento de seus subordinados. Foi assim com Luiz Cunha, foi assim com Vinícius Pinotti e fatalmente será assim com ele. Mas Raí não nasceu ontem e não caiu de pára-quedas no clube para ser ‘usado’ como muitos já adiantam. Mais experiente que nunca e membro ‘hors concour’ do Conselho de Administração, ele tem a são-paulinidade exata para reerguer o São Paulo ao seu patamar de direito.
A chegada de Raí é também, como disse no post anterior, um ultimato para a gestão do atual presidente. Será praticamente o último suspiro de credibilidade da gestão Leco. O apoio do blog será total ao ídolo e de uma coisa ninguém agora poderá levantar suspeita: quem tem mais conhecimento notório de futebol e de São Paulo que o grande Raí Souza Vieira de Oliveira?
Raí, Raí: o terror do Morumbi.
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O São Paulo já se movimenta para achar o substituto do cargo de Vinicius Pinotti, ex-diretor de futebol que se demitiu do cargo na tarde desta quarta-feira. Mais uma vez em ebulição, o clube procura alternativas para a vaga enquanto Alexandre Pássaro, advogado responsável pelas contratações, continua com a função de tocar as negociações em andamento.
Raí, ídolo e atual membro do Conselho de Administração do Tricolor, é nome de agrado do presidente Leco e, por este motivo, sai na frente da sucessão na diretoria de futebol. Outro nome de bastante agrado do mandatário Tricolor é Paulo Autuori. O treinador campeão mundial em 2005 tem a amizade e o respeito do presidente e já trabalhou no cargo, no Atlético Paranaense.
Juliano Belletti, ex-jogador do clube, também é especulado no Tricolor. Ex-diretor do Coritiba (pediu demissão em outubro) ele trabalhou no futebol do clube paranaense por quase um ano e conta com prestígio por ter se qualificado para o cargo.
Leia a opinião sobre a saída de Vinicius Pinotti do cargo aqui.
Particularmente os três nomes me agradam mas não gostaria de ver Raí como diretor de futebol. Não por sua capacidade mas sim porque o cargo no Conselho de Administração já é muito bem representado por ele, que é consenso entre toda a Coletividade Tricolor. Portanto, eu manteria o ex-camisa dez no Conselho e trabalharia com um dos outros nomes.
O mais importante de tudo isso é o novo diretor ter sinergia de trabalho com o presidente, coisa que não acontece nos últimos anos devido a notória intervenção de Leco nos assuntos do futebol. O São Paulo troca mais de diretor de futebol que a Rita Cadillac trocava de namorado. É claro que os resultados não aparecem desta maneira.
É bom o diretor se preparar. As cobranças para um 2018 feliz serão fortes.
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O pedido de demissão do diretor de futebol remunerado Vinicius Pinotti pegou a coletividade Tricolor de surpresa e desencadeou uma série de especulações sobre a relação entre ele e o presidente do clube, além do futuro do setor, o mais importante de um clube de futebol.
O Globoesporte.com escreveu com ricos detalhes a situação do pedido de demissão, interpretado por várias fontes ligadas ao ex-diretor e ao presidente. Vale ler o texto dos jornalistas Marcelo Hazan e Marcelo Prado.
Vou passar minha impressão. Apesar da torcida contra de muitos, o foco do problema do São Paulo não é o Vinicius Pinotti. Sim, ele entrou no cargo sem a experiência do ramo mas o fato é que o time do segundo turno foi montado na sua gestão no futebol e, salvo melhorias para 2018, foi bem satisfatório. O São Paulo foi um dos líderes do returno do Brasileiro e não passaria perrengue se estivesse com estes atletas antes da competição. Alguns erros aconteceram, como a chegada de Denílson mas muitos acertos também são dignos de registro, como as contratações de Hernanes, Petros e Marcos Guilherme.
No final da reunião do CT perguntei a Vinicius se ele aceitaria o cargo de diretor de futebol se pudesse voltar no tempo e a resposta foi curta e emblemática: “não aceitaria”. Pinotti estava longe do presidente em toda reunião, sentado junto com os torcedores na sala de imprensa do clube. Creio que ele não aceitou a falta de autonomia em seu trabalho.
Não sei se a saída se deu foi por causa de Pratto, Dorival ou Jair Ventura. Também não sei se houve de fato uma intervenção. Só sei que o futebol voltou a estaca zero, isso é, tudo que foi bem construído no segundo semestre na gestão do futebol do São Paulo terá que recomeçar. Aguardemos a vinda de um novo diretor mas é muito importante que o presidente vá aos microfones e explique a Coletividade Tricolor o que fez um são-paulino tão dedicado e apaixonado como Pinotti desistir do cargo mais importante do clube. Vinicius, com o tempo, certamente se pronunciará.
Sem Vinicius Pinotti, a credibilidade da gestão Leco está em xeque. Logo agora que, segundo o diretor remunerado financeiro, as dívidas caíram e, segundo os noticiários, a manutenção de Jucilei ficou mais próxima.
Aguardemos os próximos capítulos.
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Deu no Globoesporte.com: em parceria com Marcelo Hazan, o jornalista André Hernan divulgou nesta terça-feira o interesse do São Paulo em contar com os serviços do meia Gustavo Scarpa, estrela do meio-campo do Fluminense.
O interesse de fato existe e, chancelado pelo portal do Grupo Globo, é mais concreto ainda. Porém existem algumas situações que tornam a negociação complexa para as três partes. A principal é a vontade do clube carioca em negociar com o mercado brasileiro. Segundo especulações do meio do ano, o Fluminense havia recusado uma oferta de cerca de R$ 40 milhões do Fernerbahce e uma de oferta de R$ 20 milhões do Palmeiras na esperança de uma valorização maior para um clube mais abonado.
Gustavo Scarpa não se valorizou neste ano como o esperado e a sua situação é indefinida nas laranjeiras. Aí vai uma sugestão (não informação) de como o negócio poderia ser realizado: troca com troco com valor fixado por Lucas Fernandes. O meia Tricolor também tem ótimo potencial e, num clube como o Fluminense, jogaria como titular e poderia se desenvolver mais longe de sua casa. É interessante lembrar que Abel Braga, técnico do Flu, aprovou o sistema de troca de jogadores valorizados como Scarpa para reforçar o clube no ano que vem.
Vejo Scarpa como uma oportunidade. É um meio-campista que chega na área e finaliza a gol, porém não é um gênio da bola como muito se comenta. Para um clube que no meio do ano poderá perder atletas valiosos como Cueva e Hernanes, é uma interessante saída.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]