Mais uma vez uma lesão muscular tira Liziero de um jogo pelo São Paulo.
O polivalente volante (também joga como meia e lateral esquerdo) convive com contusões desde sua subida ao profissional. Nesta primeira partida da final do Campeonato Paulista, a história se repetiu: Liziero sentiu um incômodo na coxa e deu lugar para a entrada de Everton no meio-campo, com Carneiro responsável pelo comando de ataque. O atleta já ficou de fora de alguns jogos do estadual quando se contundiu na derrota Tricolor diante do Guarani, no Pacaembú.
O histórico de lesões de Liziero lembra o meia Pedrinho, jogador que fez fama no Vasco da Gama nos anos noventa e atuou até 2013, encerrando a carreira no próprio clube cruzmaltino. O jogador conviveu a carreira toda com lesões por conta de um desequilíbrio no quadril. Em entrevista a ESPN, o ex-atleta disse que uma parcela de culpa de suas lesões cabe a si próprio, pois ele fazia uma carga superior de treinos a que seu corpo suportava, e, por muitas vezes, chegava a esconder suas dores para poder jogar.
A nova lesão de Liziero aparece em um dos melhores momentos da sua carreira. O jovem liderou o meio-campo nos últimos jogos, atuando com destaque contra o Ituano em Itu (foi ele o autor do vol da vitória Tricolor) e nas partidas diante do Palmeiras pela semifinal do estadual. Sua falta foi muito sentida na primeira partida da final do campeonato, no último domingo e a previsão para a volta em Itaquera é pessimista. Lesões musculares são de tratamento longo em comparação a traumas por pancadas.
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São Paulo e Corinthians não saíram do zero na primeira partida das duas que marcarão a final do Campeonato Paulista de 2019. Apesar do placar virgem, o Tricolor mais uma vez mostra que o crescimento na reta final do campeonato não foi obra do acaso.
O jogo foi bom, principalmente pela pró-atividade do São Paulo. Amparado por praticamente sessenta mil apaixonados torcedores, a equipe de Cuca teve o domínio das ações em campo e doutrinou seu estilo de jogo os noventa minutos de bola rolando. Faltou capricho nas finalizações, principalmente no segundo tempo. É importante dizer que a equipe sentiu muito as faltas de Pablo e Liziero. Ambos dão dinâmica e sustentação ao time do meio para frente. Everton, o suplente do meio, já atuou por lá no início da carreira e mostrou um jogo aguerrido, mas não é a mesma coisa. Já o ataque com Carneiro ficou refém de finalizações a gol. Para complicar, Antony não fez uma daquelas suas partidas e Cuca justificou no pós jogo a sua condição debilitada. Mesmo com todos os problemas a equipe jogou com velocidade pelos lados e complicou bastante a vida do adversário, bem armado na defesa como é o seu padrão. Tiago Volpi não sujou o uniforme. Faltou capricho final para o Tricolor abrir o placar.
O resultado não foi aquele esperado (ou previsto) pela maioria dos torcedores, mas foi normal. Anormal é alguém entender que bola batida no braço de jogador dentro da área, mesmo revista pelo VAR, não é pênalti. Pior: o mesmo árbitro que não deu a infração neste último domingo no Morumbi não titubeou para dar um pênalti nas mesmas condições, a favor do adversário em Itaquera. Ele é fraco demais e sempre, sempre pró adversário. É só puxar a sua capivara.
Apesar de não ter saído em vantagem no placar, acredito que o São Paulo tem todas as condições de se sagrar campeão em Itaquera. O adversário jogará mais a frente em sua casa, abrindo espaços para os velozes atacantes Tricolores. Nossa defesa é um dos principais pontos da equipe e, se não falhar, creio na conquista ainda nos noventa minutos, com ou sem VAR. É o São Paulo contra tudo e contra todos em mais uma decisão.
Tiago Volpi – Praticamente não se sujou. Nota: 6,5
Hudson – Fora de posição, mais uma vez tomou conta do setor. Nota: 6,5
Bruno Alves – Jogo simples, básico e eficiente. Nota: 7,0
Arboleda – Firme na defesa, quase se consagra com gol. Nota: 7,5
Reinaldo – Compôs bem a defesa e foi perigoso em cruzamentos. Nota: 6,5
Luan – Ótima partida, com desarmes e muito combate. Nota: 7,0
Everton – Não fez feio no meio-campo. Jogo aguerrido. Nota: 7,0
Igor Gomes – Abaixo das suas atuações mas presente. Nota: 6,0
Everton Felipe – Bom início. Caiu bastante na segunda etapa. Nota: 6,0
Carneiro – Batalhou mas não teve utilidade ofensiva. Nota: 5,5
Antony – Jogo abaixo da normalidade. Estava debilitado. Nota: 6,0
Hernanes – Time cresceu bastante com a sua presença. Nota: 7,0
Nene – Mostrou boa disposição, nada mais que isso. Nota: 6,0
Helinho – Pouco acionado e pouco eficiente. Nota: 5,5
Cuca – Mesmo sem Liziero e Pablo e ainda sem Hernanes na sua melhor forma física, o time imprimiu velocidade dos lados e dominou o adversário, imprimindo seu ritmo de jogo. O São Paulo cresceu na segunda etapa, com a presença do profeta. Apesar do empate em casa, a esperança de taça vem mais forte que nunca, mesmo em um local de (ainda) poucas alegrias do Tricolor. Nota: 7,0
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O meia Vitor Bueno foi apresentado na manhã desta quarta-feira, no CT da Barra Funda. Pedido de Cuca no momento que foi contratado para treinar o Tricolor, o jogador falou em recomeço, se disse preparado para jogar no São Paulo e explicou porque ficou sumido na Ucrânia.
“Joguei muito pouco, não por falta de treino ou vontade. Ia bem nos treinos e fazia gols nos amistosos. Foi opção do treinador. Não só eu, como outros brasileiros tinham dificuldade de jogar lá.” – justificou ao ser questionado sobre o assunto. O meia estava no Dínamo de Kiev e o Santos o re-emprestou ao Tricolor.
Vitor Bueno também falou sobre sua contusão ainda no Santos. “O ano de 2016 foi muito bom, era artilheiro antes de me machucar” – disse ele, projetando um bom desempenho com a camisa Tricolor. “Ninguém desaprende a jogar bola. Tenho certeza que será um ciclo vitorioso.” – Finalizou.
A vinda de Vitor Bueno é importante, principalmente porque no ano passado a equipe sofreu muito com a parte criativa. Everton e Rojas machucaram no segundo turno, Nene caiu de produção e Shaylon não aproveitou as oportunidades de jogo recebidas. Se ninguém sair, hoje contamos com Hernanes, Igor Gomes, Nene, Vitor Bueno e até o argentino Jonatan Gomez para armar a equipe na temporada.
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Um detalhe não pode passar despercebido na classificação do Tricolor para a final do Campeonato Paulista. O reserva Jean deixou as polêmicas de lado e ajudou o clube na disputa de pênaltis vencida pelo Tricolor.
O goleiro reserva foi responsável direto para que o documento que indicava o lado das cobranças dos batedores do Palmeiras chegasse em tempo para Volpi após o apito final da partida. Jean precisou driblar fiscais e os repórteres de campo para ir e voltar em alta velocidade do vestiário reserva do estádio palmeirense com o documento. Juntos, os dois goleiros conferiram os cantos das cobranças dos principais batedores e o resto todos os torcedores já sabem.
Foi uma grande atitude do atleta, que passou por cima de qualquer individualidade (leis-se estrelismo) para mostrar espírito coletivo em uma hora decisiva do mata-mata. Se o gesto de Jean foi fundamental, não saberemos, mas de alguma forma certamente ele ajudou Tiago Volpi a escolher os cantos certos. Mais que isso: mostrou o companheirismo que um elenco de futebol precisa ter para ir atrás dos objetivos. Ganhou pontos com o torcedor.
Volpi fez questão de citar Jean nas entrevistas pós-jogo. Esse tem que ser o espírito.
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Chupa Porco, chupa Allianz, chupa Crefisa, chupa o mundo inteiro. Em noite de redenção relâmpago de Tiago Volpi , o São Paulo eliminou o Palmeiras nos pênaltis e depois de dezesseis anos voltará a disputar uma final de Campeonato Paulista.
Sem Pablo e ainda sem contar com Hernanes, mas com a estreia ‘estrela’ de Cuca dividindo as funções de banco com Vágner, o São Paulo foi a campo com um trio de atacantes leves e rápidos. A ideia era clara: trabalhar o contra-ataque explorando a velocidade de seus jogadores de meio e ataque.
O Choque-Rei foi muito disputado, com dois estilos definidos e um gol anulado acertadamente pelo árbitro de vídeo para cada lado. Apesar de não ter a mesma qualidade ofensiva dos jogos diante o Ituano, o Tricolor jogou focado, principalmente na questão defensiva. O adversário até teve algumas chances mas não mostrou na prática a galática folha salarial que possui. E jogou mais com o gogó que na bola. Muita intimidação para cima dos jovens Tricolores.
O São Paulo fez o jogo que podia, cresceu no segundo tempo e mesmo desgastado levou a decisão para os penais, enfartando boa parte da sua torcida. Aí brilhou a estrela do goleiro Tiago Volpi, com contornos dramáticos. Ele defendeu a cobrança de Goulart, errou a sua última cobrança e, enfim, espalmou a bola de Zé Rafael, conquistando a classificação.
Foi heróico, foi dramático mas sobretudo a história foi respeitada. Em mata-matas, o São Paulo domina o ranking de classificação diante o que considero o ‘seu grande rival’. Para mim, São Paulo e Palmeiras é o clássico mais nervoso do estado. Há quem discorde, principalmente os mais jovens mas até por isso minha alegria é ainda maior. Isso é São Paulo.
O torcedor do São Paulo merece essa classificação: cada um que foi ao Morumbi no jogo treino, aquele que acreditou desde o primeiro minuto e aquele que pedia sem parar por velocidade na equipe. Parabéns a todos os envolvidos. Que venham as duas finais.
Nota dos personagens da partida:
(não reparem na minha felicidade)
Tiago Volpi – Herói, vilão e depois herói da classificação. Nota: DEZ!
Hudson – Gigante. Jogou amarelado boa parte da partida. Nota: DEZ!
Bruno Alves – Zagueiro raiz, deu uma chegada histórica no Mike. Nota: DEZ!
Arboleda – Tá liberada a balada. Monstro. Nota: DEZ!
Reinaldo – Soube fechar o seu espaço. Nota: DEZ!
Luan – Bela partida, principalmente no primeiro tempo. Nota: DEZ!
Liziero – Não jogou o seu normal mas, porra, classificado. Nota: DEZ!
Igor Gomes – Não brilhou mas não se intimidou com o tal Gomez. Nota: DEZ!
Everton Felipe – Que centroavante (ah, deixa eu ser feliz…) Nota: DEZ!
Everton – Pé quente, mesmo com as dores regulamentares. Nota: DEZ!
Antony – Venceu Dudu no duelo dos fora de séries. Nota: DEZ!
Carneiro – O maior uruguaio da história do clube (deixa eu ser feliz) Nota: DEZ!
Léo – Que Léo o que… é Pelé! (deixa eu ser feliz) Nota: DEZ!
Nene – Que cobrança de pênalti! (deixa eu ser feliz). Nota DEZ!
Cuca – Mandingueiro, milongueiro, calça vinho. Viva! Nota: DEZ!!!
Vagner Mancini – Mais uma vez, obrigado. Nota:DEZ!
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max. Atualmente é gestor do São Paulo Sempre, um dos mais visitados blogs de esporte do Brasil e embaixador da Coca-Cola e Powerade na Copa Conmebol Libertadores 2024. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores das partidas e viagens. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]