Um jogo eletrizante, uma atuação bem abaixo da expectativa e um resultado que caiu do céu. Esse foi o resumo da primeira partida entre Juventude e São Paulo pela Copa do Brasil, em Caxias do Sul.
Quem não torce para nenhum dos dois times viu uma partida com muita luta, quatro gols e um árbitro que deixou o jogo correr. Para quem é são-paulino a atuação foi um horror do início ao fim, somente atenuada pelo espírito de luta que permitiu o empate nos últimos minutos de partida.
Houve uma grande diferença entre a baixa atuação diante de Palmeiras e Flamengo para esta, no Sul. Se diante de equipes mais fortes o time sucumbiu na disputa da posse de bola, diante do Juventude o São Paulo pecou na sua típica proposta de jogo, que é a posse. O time dividiu a bola mas foram mais de 300 passes errados ao longo da partida, uma média de cerca de quase quatro passes errados por minuto. Um passe errado a cada quinze segundos!!! Não dá para jogar futebol assim e mesmo assim o time arrancou um resultado que parecia perdido e se mantém vivo no torneio que nunca conquistou.
Sendo bem direto; os passes errados foram o maior vilão da equipe em Caxias. Impossível perdoar esse coletivo. Se o São Paulo de Ceni quer ter posse de bola, precisa passar a bola direito. Elementar.
De satisfatório, apenas a atuação da dupla de zaga Arboleda e Miranda. O primeiro, inclusive, marcou mais um gol, luta pela titularidade no elenco e para mim merece mais minutos. Apesar dos dois tentos tomados, os zagueiros ditos reservas mostraram firmeza. O resto do time beirou a tragédia. Igor Vinícius foi muito mal da direita, Pablo Maia mais uma vez abaixo do que vem apresentando, Talles não ajudou nem na marcação nem nos avanços do meio, Sara não se encontrou desde a lesão, Calleri raramente foi acionado e Luciano foi um arremedo de atacante.
O torcedor tem todo o direito de cobrar melhor desempenho da equipe, principalmente depois do que se viu em Caxias do Sul. E a comissão técnica precisa exigir dos jogadores abaixo do físico ideal muito empenho. O trabalho defensivo está pesando em Pablo Maia. Cadê Luan, Gabriel e Colorado, as alternativas? Precisam ser fortemente cobrados, assim como Luciano, visivelmente mais pesado que o normal. Não dá para jogar apenas com o nome e os apelos afetivos do torcedor.
A boa notícia é que a partida de volta acontecerá apenas no dia 12 de maio. Até lá, dá para melhorar o rendimento dessa equipe que já esteve em uma melhor fase na temporada. Vai ser difícil: temos Bragança Paulista, Cochabamba e um clássico nos próximos dias.
Notas dos personagens do jogo:
Jandrei: adiantado no segundo gol do Juventude mas fez uma baita defesa na segunda etapa e contou com sorte no último lance do jogo. Nota: 6,0
Igor Vinícius: um desastre; não dá para defender. Nota: 2,0
Arboleda: seguro e autor de um dos gols. Nota: 7,0
Miranda: bem colocado, jogou duro, como se esperava dele. Nota: 7,0
Reinaldo: coube a ele empatar a partida, bem ao seu estilo. Participou do gol do Arboleda. Nota: 6,5
Pablo Maia: claramente sobrecarregado, partida bem abaixo. Nota: 3,0
Talles: Não cheirou nem fedeu no meio-campo. Nota: 4,0
Alisson: muita movimentação, pouca eficiência. Nota: 4,5
Gabriel Sara: voltou de lesão mas ainda não jogou bem. Nota: 4,0
Luciano: nem sombra do físico de outros tempos. Até se esforçou mas o ritmo está diferente. Claramente pesado. Por isso não é constantemente escalado nos jogos desta temporada. Nota: 4,0
Calleri: em uma das raras vezes que foi acionado, levou perigo. Nota: 5,0
Nestor, Nikão, Patrick, André Anderson e Moreira: a melhora no segundo tempo teve contribuição deles. Pior que estava não ficaria mas pelo menos houve luta para chegar ao sortudo empate.
Rogério Ceni: o meio-campo está claramente fragilizado com apenas Pablo Maia de volante defensivo. Cadê Luan, Colorado e Gabriel Neves? Precisam entrar em ritmo físico e de jogo urgente. Em jogos mais duros o garoto vai sucumbir como aconteceu comas partidas diante do Palmeiras, Flamengo e Juventude. Deu cada vez mais para entender que Luciano está fora de forma mas e Marquinhos e Rigoni? São perguntas que precisam ser respondidas no duro desafio do técnico diante de um elenco equilibrado, porém sem brilho. O São Paulo precisa se tornar consistente como foi nas fases finais do Paulista até o jogo no Palestra Italia. Nota: 4,0
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O São Paulo enfrentará o Juventude pela Copa do Brasil 2022 nesta quarta-feira às 19h30 em Caxias do Sul, em jogo transmitido exclusivamente pela Amazon Prime Vídeo.
O equatoriano Arboleda é presença quase certa para a zaga e vive a expectativa de retornar a titularidade com o técnico Rogério Ceni. Eleito disparado o melhor em campo na vitória diante do Everton no Morumbi, o zagueiro falou com a ESPN Brasil sobre a disputa na zaga e avaliou o trabalho de Rogério Ceni, seu treinador.
Para o equatoriano, a forte disputa na zaga é muito boa para o elenco e fica feliz pelo bom desempenho de seus companheiros. “Todos querem jogar sempre, e eu sou assim também. Fico feliz pelo desempenho individual e fico ainda mais feliz pelo coletivo. Começamos bem na Copa Sul-Americana e vou trabalhar para buscar sempre meu espaço.” – disse Arboleda à ESPN.
Sobre Ceni, o zagueiro é só elogios. Arboleda inclusive disse que o ídolo das traves do São Paulo é um dos melhores profissionais com quem já trabalhou em toda a carreira. “O Rogério inova muito nos treinos, conhece bastante sobre tática e cobra muito da gente nos posicionamentos defensivos e construção ofensiva. É um treinador que conhece o clube mais do que qualquer um de nós, entende o DNA do São Paulo e motiva a gente a buscar sempre mais. Um dos melhores treinadores que já trabalhei na minha carreira e aqui no São Paulo.” – completou.
Um ponto importantíssimo a se ressaltar: Arboleda fugiu de qualquer tipo de polêmica sobre sua atual condição de disputa de posição. Isso mostra maturidade e alinhamento com o coletivo. Diferente, por exemplo, de Rivaldo e Lúcio que viviam pleiteando vaga na equipe titular quando passaram pelo clube, entre outros exemplos.
Em um elenco com poucos valores individuais com poder de decisão, o mais importante é o pensamento coletivo. É o que, na minha visão, faz o São Paulo ter ambição e condições para disputar algum título neste ano.
Arboleda é titular da seleção do Equador, classificada para a Copa do Mundo 2022 e, se tudo correr normalmente, participará do jogo de estreia do evento, diante do Catar.
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Confirmado: o São Paulo atuará com um time misto na primeira partida da terceira fase da Copa do Brasil 2022 diante do Juventude, em Caxias do Sul.
Diego Costa, Rafinha, Wellington e Igor Gomes ficaram na capital paulista e não enfrentarão os gaúchos. A decisão faz parte da estratégia da comissão técnica em manter o elenco em boa forma física, diminuindo o risco de lesões, situação que causou grande prejuízo no segundo semestre do ano passado, com a equipe lutando boa rate do Brasileirão 2021 contra o rebaixamento.
Muito provavelmente foi detectado um nível mais alto de fadiga nos jogadores citados e a tecnologia permite que o clube opte por atletas mais descansados. Tudo isso para evitar riscos de lesões.
Uma escalação provável para enfrentar o Juventude passaria por Jandrei, Igor Vinícius, Miranda, Arboleda e Reinaldo; Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Gabriel Sara e Alisson; Eder e Calleri.
Além deste meio-campo citado, é boa a chance de minutos de jogo de André Anderson, novo contratado. O meia-atacante, que entrou no segundo tempo da derrota diante do Flamengo pelo Brasileiro, pode ganhar mais tempo de jogo e se entrosar mais com seus companheiros. Outros jogadores que podem ter chances de jogo são os atacantes Luciano e Marquinhos.
São quase certas as presenças de Arboleda, Igor Vinícius, Reinaldo e Gabriel Sara para a partida de ida do torneio que o São Paulo nunca conquistou em toda a sua história.
O jogo passará às 19h30 somente na Amazon Prime Vídeo e estou mobilizando o pessoal para assistir a partida na Pizzaria Portão 5, localizada no Estádio do Morumbi. Para mais informações, acesse o Instagram ou o Link.me do local e faça sua reserva.
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Uma das poucas coisas que me deixaram satisfeito na derrota diante do Flamengo no último domingo pelo Campeonato Brasileiro foi a estreia do meia-atacante André Anderson.
O atleta entrou no segundo tempo no lugar de Alisson e nas poucas vezes que tocou na bola procurou verticalizar o jogo. Em um dos poucos lances que teve participação direta, André Anderson sofreu uma falta perigosa na intermediária rubro-negra, após uma veloz transição para a entrada da grande área. Foi uma das raras (senão a única) quebras de linha do Tricolor durante a partida, obrigando o adversário a parar a jogada com infração.
A rápida estreia desde a contratação demonstra na prática a preferência de Ceni por jogadores dinâmicos e intensos. Além disso, é também um recado velado (indireto) a alguns jogadores do elenco que não estão na plenitude física. São os casos de Patrick, Gabriel Neves, Luan, Andrés Colorado e Luciano, entre outros.
Está evidente que, para jogar no São Paulo “A” do treinador na longa temporada, será preciso estar 100% ou bem próximo disso.
A predileção pela parte física fica ainda mais clara nas falas do próprio Ceni, na chegada de André Anderson no CT da Barra Funda: “Ele tem biotipo que combina com nosso estilo de jogo. É mais um jogador para ocupar uma dessas três posições de meio e até um segundo atacante. É dinâmico, de boa qualidade técnica. Acho que ele vai ajudar bastante nessa caminhada longa, a gente tem mais opção de força, é um jogador muito parecido com Sara, Igor Gomes, Nestor… Uma junção de cada um. Boa técnica, força física” – disse Ceni na época.
Pela questão de sistema de jogo, é importante que jogadores como Luciano e Luan, teoricamente no mesmo nível técnico ou maior que os titulares, corram para voltar a forma ideal. Está claro que com Ceni, jogará mais quem estiver na ponta dos cascos.
A estreia fulminante do elogiado reforço é apenas mais uma prova disso.
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Partida em que o Flamengo foi dominante. Calleri até tentou no fim da primeira etapa, mas no segundo tempo, o clube carioca transformou o desempenho em resultado.
Logo no começo do primeiro tempo, Pablo Maia errou dois passes e deu ótimas oportunidades para o Flamengo, mas Jandrei segurou com duas lindas defesas.
Flamengo continuava a martelar, até que o erro dessa vez, veio dos pés de Rodrigo Nestor, mas Gabigol não desperdiçou e jogou entre as pernas de Jandrei. Flamengo ia conseguindo o resultado já no primeiro tempo, até que aos 40 minutos, em um ótimo cruzamento de Rafinha, Calleri igualou.
Flamengo e São Paulo voltaram com as mesmas equipes e o time carioca continuava a construir. Com uma ótima finalização, Isla, lateral chileno, que acabava de entrar, faz o segundo do Fla no Maracanã. São Paulo desestabilizou e aos 26 Arrascaeta fez o terceiro e fechou o placar.
Rafinha, Diego e Calleri foram os únicos destaques do Tricolor. André Anderson, fez sua estreia, deu algumas arrancadas, mas ainda é cedo. Pareceu ser interessante.
Notas dos personagens do jogo:
Jandrei: Levou 3 gols, mas nenhuma falha. Nota: 4,5
Rafinha: ótima assistência e brigou. Nota: 6,0
Léo: construiu e não falhou. Nota: 5,0
Diego: Superior na defesa e ajudou a construir. Nota: 6,5
Welington: Acertou pouco, mas não comprometeu. Nota: 4,5
Pablo: uma das piores partidas dele. Nota: 4,0
Nestor: Errou no primeiro gol. Nota: 4,0
Igor Gomes: Fez pouco. Nota: 4,5
Éder: correu de um lado para o outro e nada. Nota: 4,5
Alisson: Se esforçou, mas pouco criou. Nota: 5,0
Calleri: Fez o gol e brigou com a defesa. Nota: 7,0
Sara, Nikão, Reinaldo, André Anderson e Igor Vinicius não tiveram muitas oportunidades. André até entrou bem.
Rogério Ceni fez o que pôde. Flamengo foi superior. Nota: 4,5
Escrito por Grécio Duarte/ BASTIDOR TRICOLOR
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Foto por Rubens Chiri/SPFC.
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