O atacante Pedro Raul, pelo que vem desempenhando nesta temporada, naturalmente é figurinha carimbada no mercado especulativo do futebol. Vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2022 pelo Goiás, o atacante trava uma boa briga com o argentino Cano e ainda tem chances de terminar o ano como o artilheiro da competição.
O bom momento rende ao atacante cruzmaltino fama, projeção e, como disse acima, “diversos destinos” para 2023. Grêmio, Internacional, Corinthians e até o São Paulo são clubes apontados como interessados pelo serviços do jogador. Pedro Raul, com direitos econômicos vinculados ao Kashiwa Reysol, aumentou o fogo do mercado após afirmar querer permanecer no Brasil no ano que vem, mesmo com as sondagens de clubes de médio porte europeus.
Com 25 anos, Pedro Raul passou pelo Atlético-GO, Botafogo, Portugal, México e Japão mas somente no Goiás dobrou seu valor de mercado. Hoje em dia, especula-se que o clube japonês peça algo em torno de R$ 15 milhões ou mais pelos direitos do jogador.
Com todas essas informações na mesa, eu não investiria no jogador por dois motivos. O primeiro deles é o alto valor, fruto do bom momento do jogador, e o São Paulo não tem caixa para inevitáveis leilões. O segundo motivo “casa” com o primeiro: Pedro Raul não tem o perfil mais necessitado no momento. Ele não é o jogador rápido e de beirada que falta no elenco. Na minha visão, ele concorre com Calleri e Bustos.
O São Paulo sofrerá uma reformulação neste fim de ano. Jogadores em fim de contrato sairão (sobretudo reservas com alto ganho) e o maior objetivo da diretoria de futebol precisa ser uma boa e pontual reposição, que diminua a folha e diversifique as opções táticas do elenco. Isso posto, Pedro Raul seria mais um atacante com as mesmas características daqueles que temos atualmente. Com esse dinheiro seria melhor investir em um bom articulador ou um jogador rápido e eficiente para os lados do campo.
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Minha posição é clara. Eu não contrataria o jogador. Vamos abrir uma discussão? Você traria o bom Pedro Raul para o elenco do São Paulo? Sim? Não? Por que?
Mais: Contusão de Moreira é fatalidade?
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Ao apagar das luzes na temporada, uma nova preocupação. O garoto destaque na Copinha e herdeiro da vaga de lateral direito em 2023, Moreira sofre grave lesão no ligamento do joelho esquerdo em um treinamento realizado no sábado (29). Cada vez mais titular, não tinha hora pior para essa tragédia acontecer, brigando pela Libertadores, o SPFC também não conta com Igor Vinícius, tendo apenas Rafinha como jogador de origem para a lateral direita.
Além disso, Moreira tem recentes convocações para seleção de base de Portugal e havia sido chamado na última sexta-feira (28) para defender a Seleção Brasileira Sub-20, ao lado do zagueiro Beraldo, para o período de preparação no Chile, no mês de novembro, de olho na disputa do Torneio Sul-Americano Conmebol 2023.
Apesar de ser uma fatalidade, é necessário evidenciar o recorrente problema de lesões no São Paulo, praticamente todos os jogadores se machucaram em algum momento da temporada. De Jandrei a Luciano, Arboleda e Luan, nem os garotos escapam, já havia sido o jovem Caio e agora Moreira.
Sobre às lesões, Ceni já havia comentado:
“– É desumano o calendário para todos, não tem quem resista a isso. Mas o ano vai chegando na parte mais importante e você vai ficando cada vez mais desfalcado e fragilizado.”
Isso porque, ao lado do Flamengo, o São Paulo pode se tornar a equipe que mais disputou jogos na atual temporada. A informação foi dada pelo jornalista Jorge Nicola.
“O São Paulo vai bater em 2022 um recorde. O Tricolor será, ao lado do Flamengo, o time que mais jogou na temporada. E é possível que esse recorde seja mundial. Ainda restam quatro jogos a fazer no Brasileirão e terminará a temporada com 77 partidas“, informou.
Tudo isso influencia nas lesões, entretanto o que mais intriga o torcedor é que não é algo novo, aconteceu com Diniz, com Crespo e agora com Ceni, o problema do São Paulo é interno, com o ritmo intenso de jogos, só piora. Agora, Moreira deverá ficar afastado dos gramados por até oito meses após a cirurgia, algo que indica a permanência de Rafinha (como já havia sido anunciado anteriormente no Blog) e o comum revezamento com Igor Vinícius, já pensando na próxima temporada.
Mais: Pablo Maia, Nestor e Igor Gomes são procurados por time inglês.
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Rogério Ceni definitivamente não gostou do desempenho do São Paulo na vitória sobre o Atlético-GO nesta última quinta-feira no estádio do Morumbi.
O técnico foi bastante sincero ao dar a sua versão do jogo e disse também que muitas vezes na temporada o contrário aconteceu, isso é, o São Paulo jogar bem e o resultado não vir. Luan, o herói da partida, foi valorizado mas a atenção foi maior ao desempenho individual de Felipe Alves, que segurou o resultado até o minuto final.
“Se eu disser para você que agradou hoje, vou estar mentindo. Não acho que fizemos um bom jogo, mas temos que valorizar a vitória. Já fizemos tantos bons jogos e tomamos um gol no final, chutamos trinta vezes aqui e a bola não entrou. Futebol tem disso”– disse Ceni, abrindo as respostas aos jornalistas.
Um fato curioso aconteceu nesta entrevista. Ceni não citou os números do jogo, como costuma fazer nas coletivas. O técnico mudou a análise, se atrelando apenas a uma visão geral da partida, por conta das críticas que diz receber.
“Tinha uma época que eu vinha aqui e falava muito de números, e as pessoas me criticavam muito. Então vou aproveitar para não analisar números hoje. O Atlético foi superior no segundo tempo, não temos dificuldade em reconhecer isso. O Felipe Alves trabalhou mais que o goleiro deles.”– resumiu ele de forma mais rápida.
Confira a coletiva completa no SPFCPlay
Quando iniciou na carreira, Rogério sempre citava números e usava a estatística para analisar os jogos nas coletivas pós-jogo. O ex-goleiro deve ter percebido que isso não interessava muito aos repórteres e a boa parte da mídia esportiva; isso é, não era vendável. Infelizmente, muitas vezes o que desperta a atenção dos torcedores é o sensacionalismo do “perdeu, tá tudo errado e ganhou, tá tudo certo” e boa parte da imprensa, blogueiros e youtubers exploram exatamente isso, o contraste, a alegria extrema e o caos absoluto.
Voltando ao jogo, mesmo sem citar números, deu para perceber o incômodo do treinador com o desempenho de sua equipe na vitória. Nos noventa minutos, com os acréscimos, o São Paulo chutou apenas treze vezes ao gol dos goianos, com sete bolas para fora. Já o Atlético finalizou vinte vezes, com oito bolas defendidas por Felipe Alves.
De qualquer forma, a sequência obrigatória foi aproveitada. O Tricolor venceu os clubes que estão abaixo da tabela e agora terá uma sequência mais difícil até o fim da competição: Atlético-MG no Morumbi, Fluminense no Rio, Internacional no Morumbi e Goiás no Serrinha.
Para provar que é merecedor da vaga, o clube terá que obrigatoriamente vencer o Galo e o Internacional em casa e arrancar pelo menos uma vitória no Rio ou em Goiânia para não depender muito de combinações.
Serão doze pontos de pura provação nessa reta final.
Mais: OPINIÃO São Paulo 2×1 Atletico-GO
Mais: São Paulo e a posição de goleiro para 2023
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Lição de casa com toques de crueldade e sadismo na noite desta quinta-feira, no Morumbi. Mesmo jogando mal, o São Paulo conseguiu o objetivo contando com um improvável gol no último segundo de jogo. A Libertadores é possível.
A surpresa na escalação foi Andrés Colorado ao lado de Nestor. Foi mais uma chance dada ao colombiano que, novamente, foi mal no jogo ao lado de seu companheiro.
O São Paulo dominou os primeiros vinte minutos e mereceu abrir o placar com Calleri, após cruzamento de Patrick. Depois do gol, ao invés de manter o ritmo, a equipe inexplicavelmente recusou a bola e o Atlético-GO começou a ”gostar” do jogo, pois viu que poderia fazer frente aos donos da casa. A partida foi ao seu intervalo de forma equilibrada e a segunda etapa foi quase toda do adversário, que conseguiu igualar o placar em um belo gol, sem chance para Felipe Alves.
Aliás, Felipe era o melhor em campo mesmo antes da igualdade no placar, salvando bolas difíceis. Rogério Ceni, percebendo a treta, começou a fazer modificações no atacado. Dois dos atletas que entraram no jogo tiveram participação direta no gol redentor. Wellington foi até a linha de fundo e cruzou perigosamente na área. O goleiro tirou e a bola sobrou para Luan chutar de fora da área. Eu disse CHUTAR DE FORA DA ÁREA como todos nós sempre pedimos a essa equipe que encera muito a bola na intermediária.
Gol importante, muita festa no Morumbi e três pontos fundamentais na luta pela vaga. São Paulo e Fortaleza chamaram o Atlético-MG e o Athletico-PR para o baile pela oitava vaga.
A partida foi feia? Foi, mas o gol no apagar das luzes deu aquele sentimento de alívio e felicidade que o torcedor tanto procura num jogo de futebol. Emoção. Sim, apenas fizemos a lição de casa mas mostramos que estamos mais vivos que nunca na briga pela Libertadores 2023.
Nota dos personagens da partida:
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O São Paulo poderá investir em um novo goleiro para 2023.
Segundo o que eu apurei na última quarta-feira, apesar da diretoria ainda não ainda ter definida essa necessidade junto a comissão técnica, a possibilidade de trazer um novo nome para o ano que vem é real. Deste modo, vou expor uma opção real, uma sugestão de investimento e minha opinião sobre o assunto.
Vamos lá.
O paraguaio Gatito Fernandez, em fim de contrato com o Botafogo, é uma opção dentro da realidade Tricolor. O próprio profissional veio a público confirmar a consulta do São Paulo e também admitir que a renovação com o clube alvinegro está complicada. Segundo o portal, o São Paulo até cogita naturalizar Arboleda para aproveitar integralmente seus atletas estrangeiros em 2023. O próprio zagueiro se mostra favorável a naturalização pois não afetaria sua possível convocação para a Copa do Mundo do Qatar, em novembro. O processo de naturalização de Arboleda duraria duas semanas.
Gatito tem 34 anos, não é uma idade tão avançada para um goleiro e é excelente de grupo e bastante profissional, atributos que apurei junto a profissionais que já trabalharam com o paraguaio no Vitória e no Figueirense. Pelo tempo de trabalho no país, Gatito poderia até se naturalizar brasileiro, se quiser.
Mesmo não estando no seu auge, o paraguaio é melhor que os goleiros que temos. Uma mudança de ares talvez possa beneficiar as duas partes.
Um nome que eu gostaria de sugerir ao São Paulo seria o de Agustín Rossi. Um dos destaques do Boca na campanha do título argentino deste ano, ele tem 27 anos de idade e renovação de contrato indefinida junto ao clube argentino. A imprensa destaca uma disputa entre Boca e Flamengo pelo jogador e creio não ser um salário acima dos padrões que o São Paulo possa pagar, com a vantagem de, diferente do Flamengo, oferecer a Rossi a titularidade na meta Tricolor.
Outro nome a ser lembrado é o de Marcelo Grohe (ex-Grêmio), atualmente no Al Itthad. O goleiro tem contrato até a metade do ano que vem e talvez, eu disse talvez, possa entrar em um acordo com os árabes para voltar ao Brasil.
Diante dos nomes expostos, minha posição sobre o assunto goleiro é clara. Eu só concentraria esforços em quem realmente estivesse de acordo com a expectativa do torcedor e a grandeza do clube. A posição é delicada e a pouca oferta no Brasil, somada com a realidade do São Paulo atrapalham a procura. Mesmo assim tenho a filosofia de que um grande time começa com um grande goleiro e uma sólida defesa. Se o Tricolor resolver seu plantel de goleiros e reforçar sua defesa (inclui zaga e laterais) terá de fato um elenco mais forte em 2023.
E você, leitor, o que pensa sobre o assunto? Diz aí nos comentários.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]
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