Uma partida para matar o torcedor de raiva no Morumbi; e olha que estamos em início de temporada. São Paulo e Ituano ficaram no zero a zero em uma tarde de muita chuva e pouca emoção no Cícero Pompeu de Toledo.
Sejamos sinceros: se fosse para ter um vencedor, seria a equipe do interior. O Ituano executou bem a sua proposta, deu a bola para o São Paulo, contra-atacou com perigo e teve poucas mas claras chances para abrir o placar. Em uma delas, Jandrei defendeu um duvidoso (para ser bonzinho) pênalti e mostrou para a torcida e a comissão técnica que tem condições de brigar com Volpi pela vaga.
O São Paulo repetiu Campinas e foi novamente um projeto de time. Previsivelmente mexido pelo seu técnico, a equipe ainda não mostrou padrão de jogo, foi burocrática com a bola nos pés, abusou do pouco repertório e quase não levou perigo ao visitante. Uma bola na trave de Miranda num escanteio e um ou outro chute perto do goleiro adversário é muito pouco, até mesmo para o início de temporada.
Além dos jogadores muito abaixo tecnicamente, o técnico inventou além da conta. Rigoni, que já anda em má fase, foi deslocado para o comando de ataque e sumiu de vez no primeiro tempo, voltando a atuar um pouco quando jogou pelos lados. Patrick, que se destacou na saída de bola do Inter de 2020, jogou muito a frente e Sara continua não sabendo o que fazer. Corre mas não produz. O único mais ou menos pela aplicação foi Alisson, mesmo assim muito pouco para um clube tão grande.
De saldo positivo, apenas Jandrei. Tá certo que é cedo para cravar o destino Tricolor na temporada mas, pelo jeito que andam as coisas, o foco “45 pontos” do Brasileiro poderão ser revisados também para o Paulista deste ano.
Arruma logo, Ceni, caso contrário você dificilmente passará do estadual.
Nota dos personagens em campo:
Jandrei – O melhor em campo, o que é preocupante. Mostrou que poderá brigar por vaga. Nota: DEZ!
Rafinha – Ainda procurando entrosamento com Nikão e os companheiros. Nota: 4,5
Diego Costa – O único jogador não marcado da equipe, teve atuação discreta. Nota: 5,0
Miranda – Foi “Miranda” e ainda foi autor de uma bola na trave do Ituano. Nota: 5,5
Wellington – Atuação abaixo da expectativa. Nota: 4,5
Rodrigo Nestor – Na saída de bola e atrás da linha dos meias, teve bastante dificuldade no jogo e errou algumas bolas fáceis. Nota: 4,5
Patrick – Achei pesado e fora da melhor posição, que é a saída de bola. Não deu resultado próximo da área. Nota: 4,0
Gabriel Sara – Muito abaixo. Ainda não se encontrou na posição Nota: 4,0
Alisson – Partida bem aceitável pelo esforço e aplicação. Nota: 5,5
Nikão – Apático, não mostrou o futebol que o consagrou no Athletico. Nota: 3,5
Rigoni – Muito mal escalado e, óbvio, não funcionou como homem de frente. Nota: 3,5
Caio, Reinaldo, Calleri , Eder e Pablo – Ceni tentou chegar ao gol do Ituano mas foi barrado pela falta de repertório e amplitude de campo do seu time. Caio teve apoio do torcedor e tentou algumas jogadas, mas teve estreia nervosa. Compreensível.
Rogério Ceni – Hoje teve atuação direta no amargo resultado. Inventou Rigoni de centroavante, não encaixou Patrick e Sara e saiu do Morumbi tendo que agradecer Jandrei pelo empate. Nota: 3,0
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Uma pergunta que muitos torcedores me fazem neste início de temporada é sobre o gol são-paulino. Com a chegada de Jandrei do Santos para o Tricolor, o titular Tiago Volpi terá seu posto ameaçado ou seguiremos com o mesmo goleiro titular na temporada?
A contratação de Jandrei veio para dar mais competitividade no setor, já que os dois reservas de Volpi eram muito jovens e não tem rodagem para ameaçar o titular. Mas, afinal, será que o novo reserva terá oportunidades em jogos para mostrar que pode ser de fato uma sombra ou até tomar a vaga?
Alguns programas esportivos que assisto chegaram a cogitar um rodízio na posição, com Jandrei aparecendo mais no estadual, um torneio menos ariscado na temporada. Outra opção discutida entre os comentaristas esportivos seria colocar o ex-Santos na Copa do Brasil, com início para o Tricolor no final do mês de fevereiro diante do Campinense, na Paraíba.
Eu não acredito nessas possibilidades neste momento. Desde que comecei a entender futebol, frequentando as arquibancadas do Morumbi no início dos anos 80 ao lado de meu pai, nunca vi o São Paulo promover rodízio entre seus goleiros. Assisti Waldir Peres, Gilmar, Zetti e Rogério Ceni reinarem por décadas, sem muita alternância.
A perpetuação é uma característica da posição e as instituições contam com ‘homens de confiança’ para debaixo das traves. O caso Gilmar/Zetti foi uma (boa) exceção, com o segundo entrando no lugar do primeiro, ocasionando uma briga interna e a rápida saída do Campeão Brasileiro de 86 do clube. Eram dois titulares para uma vaga, e o ex-palmeirense Zetti estava voando nos treinamentos. Até mesmo o conservador Telê se viu obrigado a usá-lo. O resto é história.
Entretanto, pelas declarações de Rogério Ceni após o jogo diante do Ituano, com destacada apresentação de Jandrei, haverá um rodízio de goleiros neste início de temporada. Portanto, veremos mais vezes Jandrei atuando, assim como Volpi.
PS: alguns torcedores me lembraram do rodízio Waldir X Toinho.
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Assim como todos os torcedores do clube, o técnico Rogério Ceni não gostou da estreia do São Paulo no Campeonato Paulista 2022. Em coletiva pós derrota para o Guarani, em Campinas, o treinador destacou o melhor do time e projetou pontos em que o elenco precisa melhorar ‘bastante’, segundo ele.
Segundo Ceni, o melhor jogador do São Paulo foi Alisson por justamente ser o atleta que se apresentou em melhor estado físico, no dia 10 de janeiro. O meia-atacante ex-Grêmio jogou mais centralizado mas esteve presente no lado direito, ao lado de Nikão e Rafinha. Os dois últimos, segundo o treinador, sentiram o cansaço típico dos primeiros dias de temporada.
Ceni também comentou o não funcionamento do setor esquerdo de ataque Tricolor, justamente onde o clube tentou um atleta rápido e incisivo e não teve sucesso até então. Peças como Marquinhos e Caio, oriundos da base, são as atuais alternativas por aquele setor. Vale lembrar que a jogada do gol do São Paulo saiu justamente daquele lado. Patrick, que entrou bem no segundo tempo, deu um cruzamento preciso naquela faixa do campo mais estéril, para a cabeça afiada de Calleri. Seria também uma opção para abrir o campo.
O treinador disse que o time precisa melhorar a condição física mas também ser mais agressivo e procurar a profundidade de jogo pois a equipe propôs e controlou boa parte da partida mas não encontrou maneiras eficientes de chegar ao gol adversário. Problema este que vem do ano passado. “Precisamos melhorar na criação; no controle do jogo foi bom, mas na criação falhamos bastante.” disse ele na coletiva.
É preciso corrigir esse grave defeito que, na minha visão é, além da falta de jogadores que decidem jogos para o time, a queda de alguns atletas como Rigoni (desde o segundo semestre do ano passado) e a até então compreensível falta de entrosamento do elenco.
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O São Paulo começou a temporada com o pé esquerdo. A derrota para o Guarani marcou o primeiro jogo oficial do time no ano, que contou com estreias e alguns velhos problemas herdados de 2021.
O jogo já começou estranho com a presença do uniforme listrado em campo. Nosso uniforme branco contrastaria muito bem com o tradicional verde do Bugre, relembrando a decisão de 86, no próprio Brinco de Ouro. Tirando a cornetada da escolha de uniforme, vimos uma equipe ainda em formação e físico ruim, com um primeiro tempo ruim e uma segunda etapa até aceitável, após estar perdendo com dois tentos.
Rogério entrou com uma equipe mexida, com a zaga reserva, Gabriel Neves na cabeça de área e Alisson ao lado de Nikão, Rigoni, Sara e Calleri. Não dá para cornetar a escalação agora, mas dá para comentar: o meio não ofereceu perigo ao Guarani no primeiro tempo e isso é um vício ruim do ano passado. Não houve conexão entre Nikão aberto na direita, Alisson pelo meio, Sara mais a esquerda e a dupla Rigoni e Calleri.
Na segunda etapa, a equipe resolveu jogar mais após o segundo (e lindo) gol tomado de falta. A melhoria veio com a entrada de Patrick (o melhor do São Paulo em campo) porém muito mais na base da vontade e força que em organização. O gol de Calleri, típico de centroavante, veio do bom cruzamento do ex-Colorado e no final a equipe pressionou, mas não empatou a partida.
O pseudo domínio e poucas chances perigosas de gol da estreia foi algo que nos “ferrou” no ano passado, para não dizer um termo mais pesado. Repito: essa fase do campeonato é para testes e análises. Arrisco a dizer que o grande desafio deste São Paulo será conciliar organização, mobilidade e velocidade. Mistura que compreensivelmente não aconteceu na estreia em Campinas.
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – Podem me criticar: as duas bolas foram espetacularmente colocadas no gol. Muito mais mérito dos marcadores que do goleiro. não defendo o Volpi mas sou justo. No primeiro gol, culpa do Alisson que perdeu a bola no campo Tricolor. Goleiro não pode ficar plantado embaixo da trave. O segundo, uma belíssima falta. Mas uma coisa é fato: Volpi não é milagroso como outros goleiros brasileiros. Nota: 5,5
Rafinha – Estreia (por enquanto) compreensivelmente discreta. Nota: 4,0
Diego Costa – Reserva, e nada mais que isso. Nota: 4,0
Léo – Também reserva e olhe lá. Nota: 4,5
Reinaldo – Foi bem abaixo, compreensível. Nota: 4,0
Gabriel Neves – Teve uma boa chance de jogo e foi bem mal. Mas bem mal mesmo. Também compreensível mas serve de aviso para a torcida mais jovem que gosta de fazer nevar a internet até colocar o bigode para o jogo. Nota: 3,5
Gabriel Sara – Abaixo, mas pelo menos arriscou chutes. Nota: 5,0
Alisson – Deve ser reserva mas mostrou que pode ser útil ao elenco pela versatilidade em várias posições na frente e a vontade. Só estranhei a atuação na área central do campo. Nota: 5,0
Nikão – Estreia discreta no lado direito. repito: compreensível. Nota: 4,5
Rigoni – É o primeiro jogo do ano mas foi muito mal. Parece que o Crespo aprisionou o espírito do Rigoni em uma gaiola mágica após a saída do São Paulo. Alerta para o argentino. É preciso mais mobilidade e dinamismo no jogo. Nota: 3,5
Calleri – Poucos toques na bola mas um gol de centroavante. Nota: 5,5
Wellington, Nestor, Marquinhos , Eder e Patrick – Patrick disparado foi o melhor do São Paulo. Apesar da pouca minutagem, entrou com disposição e, mais adiantado, deu mais dinamismo ao jogo. Contribuiu diretamente para a diminuição do placar. Sem destaque para o restante.
Rogério Ceni – É cedo para avaliar mas terá que mostrar mobilidade e competitividade para este time. Primeiro tempo feio e segunda etapa aceitável. Conjunto ruim nesta noite. Nota: 4,0
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O técnico Rogério Ceni concedeu uma entrevista nesta quarta-feira, no CT da Barra Funda. Entre vários assuntos abordados, o treinador confirmou a permanência do garoto Caio com o elenco profissional nestes primeiros meses de temporada.
“O Caio é uma opção, deve ficar, apesar dos 17 anos. Um jogador de velocidade pela esquerda, não conseguimos contratar.” – disse Ceni aos jornalistas, admitindo a necessidade de um atacante de beirada que não chegou neste início de ano.
Não vejo a ascensão de Caio acontecer apenas por falta de opção. Um dos destaques do São Paulo na Copinha, o atacante merece essa oportunidade pois, de todos que eu vi em ação na competição, ele foi o mais diferente. Atrevido com a bola nos pés, cara de moleque, personalidade de homem feito e um enorme potencial para se destacar em um ambiente de maior competitividade.
É claro que o menino que tem os ombros do França e do Müller ainda não está pronto para o calendário profissional (e nem deve ser cobrado por isso), mas o clube precisa arriscar e na minha visão não há melhor momento que o Campeonato Paulista. Vamos apoiar e dar rodagem ao Caio, ao Juan, Marquinhos e outros meninos da nossa base. Eu incluo até o Toró nessa leva!
Voa, menino Caio. E continua metendo seus gols com a cara do Lêla!
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]