Os julgamentos da dupla palmeirense Felipe Melo e Willian, que ocorreriam nesta segunda-feira no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), foram adiados. Com isso, os dois estão garantidos para atuarem diante do São Paulo no Choque-Rei desta próxima quarta-feira.
O motivo do adiamento é, na minha opinião, mais um tapa na cara na já contestada justiça desportiva: o Palmeiras solicitou o adiamento do julgamento em função da morte de um tio do advogado que representaria o clube, alegando que toda a estratégia de defesa estaria concentrada neste único profissional. De início o STJD negou o adiamento mas depois acatou um segundo pedido.
Não citarei o falecimento do familiar do advogado. Desejo condolências a ele e sua família pela dor da perda. O problema é que um clube grande e com um bom corpo jurídico não poderia dar uma justificativa dessas, sem alternativa de substituição de advogado. A desculpa não é o falecimento e sim a não substituição, ou somente uma pessoa fica com essa incumbência nos lados da Pompéia? Porém, pior mesmo é o STJD aceitar a alegação.
Na boa, fica a impressão que o clube alviverde se aproveitou do lamentável fato (e também do circo que é o STJD) para garantir seus jogadores num jogo importante como o clássico de quarta-feira. Felipe Melo será julgado por gestos obscenos feitos para torcedores do Santos e Willian, expulso após disputa com Diego Pituca no mesmo jogo. A chance de punição aos dois é grande.
E o São Paulo com isso? Na minha opinião, o clube não pode ficar inerte a esse acontecimento e deveria de manifestar diante da inusitada desculpa palmeirense, aliviada pelo STJD. Mesmo com o prejuízo indireto, o Tricolor de Diniz terá todas as condições de ir ao Parque Antárctica e vencer o rival em sua casa. Com ou sem os julgados.
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A coletiva pós-jogo do último domingo foi uma demonstração de evolução do São Paulo nas mãos do técnico Fernando Diniz. O Tricolor venceu o Atlético MG em casa e mantém sólida a caminhada rumo as primeiras posições do Campeonato Brasileiro.
“O importante é criar chances e não ceder ao adversário. Cedemos muito poucas chances ao Atlético-MG. Foi o melhor jogo da equipe sob o meu comando, levando em consideração a parte defensiva e ofensiva. Dá ânimo para a equipe ganhar de uma equipe forte. A equipe hoje foi bem na parte tática e técnica, muitos jogadores jogaram bem. E tivemos a semana cheia para treinar, o que facilito o jogo de hoje”. – disse Fernando Diniz após a partida.
De fato foi a melhor atuação do time nas mãos do técnico. Um jogo equilibrado, sem dar chances ao adversário e só não mais tranquilo por conta das chances desperdiçadas no primeiro tempo. A vitória também sugere boa sintonia entre técnico (e sua filosofia de jogo) com os jogadores que compõem o elenco Tricolor. Vimos mais uma vez um excelente trabalho defensivo, mesclada com boa saída de bola, um ótimo jogo individual de Igor Gomes e Antony ‘sendo Antony’ no um contra um do primeiro gol.
De bola murcha, apenas as atuações de Pato e, de forma leve, Liziero. O primeiro não pode ser centroavante e atua por lá devido a contusão de Pablo. O segundo, apesar de ter feito uma partida regular, pode render mais do que rendeu na partida, adiantando mais o jogo ao lado do criador das jogadas.
A segura e equilibrada atuação foi aprovada pelo técnico. “Achei que hoje o time teve bastante a minha cara.” – disse Diniz após o jogo. Eu, que cresci com os times de Cilinho e Telê Santana e peço um jogo bem jogado do São Paulo, por enquanto agradeço.
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Opinião da partida:
Partida bem jogada e justamente vencida pelo Tricolor. Concordo com Fernando Diniz quando disse no pós-jogo que essa foi a melhor atuação do São Paulo sob o seu comando. Apesar de ainda oscilar nos noventa minutos, o time jogou bola e convenceu, sobretudo no segundo tempo, já que na primeira etapa o domínio não se transformou em bola na rede. E mais: além dos dois belos gols, um com Antony “sendo Antony” e outro com Igor Gomes “sendo Kaká”, o Galo não teve chances na partida, o que também mostrou a segurança de nossa defesa. A única crítica do domingo vai para os diretores do clube. Numa mostra de falta de visão e conhecimento de sua própria torcida, eles aumentaram o preço dos ingressos sem uma justificativa plausível. Dezoito mil pessoas é muito pouco para um São Paulo que aos poucos retoma o rumo no campeonato. Bora para o clássico no Palestra!
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – Praticamente não sujou a camisa e, quando apareceu, fez boa defesa em um chute forte de fora da área. Nota: 6,5
Igor Vinícius – O menino cresceu com a chegada de Dani Alves e Juanfran e se mostrou uma boa alternativa de jogo pela direita. Não subiu tanto no jogo mas não causa mais desconfiança no torcedor como nos primeiros jogos com a camisa Tricolor. Nota: 6,5
Bruno Alves – Um dos bons pilares da defesa no ano. Mostrou-se recuperado do pisão da última partida, que causou sua saída prematura do jogo diante do Avaí. Nota: 7,5
Arboleda – Monstro. Senhor dos anéis da defesa Tricolor. Nota: 9,0
Reinaldo – Ótima partida do lateral, que cresceu no ano e é um dos melhores da temporada Tricolor até então. Seguro na defesa e perigoso no auxílio ao ataque, iniciou a jogada do primeiro gol com um belo desarme. Nota: 7,5
Tchê Tchê – Recuado para o lugar do suspenso Luan, foi bem na saída de bola e na segurança em frente a zaga. Nota: 7,0
Liziero – Um dos que jogou abaixo do que pode jogar. Não comprometeu no meio mas executou o jogo de uma forma um tanto quanto burocrática. Pode fazer mais nessa faixa do campo. Nota: 6,0
Igor Gomes – Sai, sai da frente… Igor tá pedindo passagem no meio-campo. Atuação segura e criativa do jovem meia, com direito a gol e bela assistência a Vitor Bueno. O cara deste domingo. Nota: DEZ!
Vitor Bueno – Melhor partida do meia-atacante com a camisa do São Paulo, com direito a belo gol em um tiro a queima roupa. Deus queira que esteja subindo de produção. Precisaremos. Nota: 8,0
Pato – Por favor, tirem o pato do comando de ataque, ele não tem o cacoete de centroavante. Coloquem o Raniel, mas não deixem mais o camisa sete por lá. Mais uma partida bem abaixo do que pode jogar e, na minha opinião, muito pela posição em que está atuando. Nota: 5,0
Antony – Em uma temporada oscilante, com bons e maus momentos, hoje teve dia de Antony na jogada do primeiro gol, no um contra um, na sua forte jogada. Na minha opinião, está jogando muito fora da grande área e por isso toma decisões erradas na maioria das jogadas. Dentro da área e com a bola nos pés, é o jogador que a torcida espera. Nota; 7,5
Hudson – No lugar de Liziero, ajudou a frear um ímpeto atleticano, que tinha que ir para cima após o (os) gol (s) tomado (s). Nota: 6,0
Hernanes – O profeta não está no seu auge mas com o jogo mais aberto, teve bons momentos no desarme e condução no meio-campo. Nota: 6,5
Calazans – Vou dar DEZ para o Calazans. Tô feliz pelo jogo!
Fernando Diniz – Melhor atuação do São Paulo sob o seu comando. Ainda oscilando no ataque (sem Pablo, Toró e Everton) o time ao menos mostra bola e joga minimamente bonito para vencer. Hoje o Galo foi cozido no Morumbi. Acredito que, com o tempo e uma ou outra peça bem pinçada neste time, dá para fazer um caldo bem interessante. Tempo ao tempo. Nota: 8,5
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O São Paulo treina nesta semana para encarar o Atlético MG pela 28ª rodada do Brasileirão. A partida, a ser realizada às 16h deste domingo no Morumbi, não contará com Dani Alves. O atleta está suspenso com o terceiro cartão amarelo.
A suspensão de Dani Alves ‘facilita’ a decisão de Fernando Diniz em promover a entrada de Igor Gomes no meio campo. O treinador, que declara em suas entrevistas que o jovem é o 13ª titular do São Paulo, tem grande chance de iniciar o jogo com o jovem meia Made in Cotia entre os titulares. Deste modo, vejo o atleta com grandes chances de, num futuro próximo, ser titular do time.
Enquanto Igor Gomes pede passagem já a algum tempo no Tricolor, o mesmo não acontece com Hudson. O volante, valorizado no empréstimo junto ao Cruzeiro em 2017, tem frequentado muito pouco a equipe titular neste ano. Tanto é que, mesmo com Luan suspenso para a partida, o Globoesporte.com previu um time para a partida diante do Galo sem a sua presença. Nem mesmo como dúvida.
As chances de Hudson de ser titular no meio-campo tendem a ficar ainda mais difíceis com a volta de Jucilei. Treinando separadamente do elenco desde a “era Cuca”, o jogador surpreendentemente se reapresentou em forma e agora luta para recuperar o tempo perdido junto ao elenco e deverá ser relacionado para domingo.
Apesar de viver um mau momento no ano, Hudson é prestigiado no mercado do futebol, tendo o nome regularmente citado em sondagens nacionais e internacionais. Com a dificuldade do Tricolor em equilibrar as contas, ele poderia ser uma boa moeda de troca ou valorosa peça para ser negociada com o mercado do exterior.
Sendo assim, o provável time de domingo é Tiago Volpi, Igor Vinicius (no lugar de Dani Alves e Juanfran – em recuperação), Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo (volta após suspensão); Tchê Tchê, Liziero, Hernanes e Igor Gomes. Antony e Alexandre Pato.
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O meia Dani Alves, principal contratação do futebol brasileiro em 2019, e o São Paulo Futebol Clube definitivamente não estão alinhados no discurso em relação ao seu torcedor. Quase no mesmo momento que o camisa 10 diz que o clube deveria criar um ambiente mais favorável ao Tricolor e hostil aos adversários no seu estádio, o clube aumenta o preço dos ingressos para o próximo compromisso, no Morumbi.
“Precisamos criar uma atmosfera que outros times têm. Atmosfera de: ‘Aqui é nossa casa e aqui vai ser difícil de ganhar da gente’ – disse Dani Alves na saída do estádio. Ele se referia a pouca adesão do público na partida diante do Avaí e, consequentemente, ao clima menos favorável aos donos da casa. No último domingo, o público foi de 20.763 pessoas, muito condicionado a transmissão da partida para a capital, na TV aberta. No intervalo, vaias de parte da torcida foram ouvidas no Morumbi, muito por conta da pouca eficiência do time em campo.
Enquanto o capitão da equipe prega união e comparecimento, os gestores do clube pensam diferente e aumentam o preço dos ingressos do próximo jogo (São Paulo x Atlético MG) em relação ao praticado na partida diante dos catarinenses. Segundo o Globoesporte.com, o Tricolor define os valores por meio de um sistema de precificação dinâmica, que leva em consideração horário, dia da semana, clima, importância do jogo e adversário, entre outros fatores.
Neste caso, tento encontrar a lógica e não encontro. São Paulo e Avaí foi em um domingo às 16h e com transmissão da TV aberta para a capital, assim como será dia, horário e transmissão para São Paulo x Atlético MG: domingo às 16h com transmissão aberta. O que justifica o aumento de um jogo para o outro nessas condições quase idênticas? O Galo é mais importante que o Leão da Ressacada? O time entrou no G4? A previsão do tempo? Alô, Maju: me explica essa!
Menos de um dia após o discurso de aproximação de Dani Alves, o mais racional seria manter os preços para chamar mais gente ao Morumbi, até porque mais uma vez terá TV aberta e, apesar de vencer, o time mais uma vez não convenceu o seu torcedor. É só olhar as redes sociais, os programas de TV, os botecos de bar… É difícil explicar isso para o software Tricolor?
Mesmo assim, com tantos desencontros, eu ainda acredito em um Morumbi mais cheio, um céu azulado, um sol brilhante e uma vitória que nos mantenha no G4, convença a torcida e nos alinhe ao topo até o final do ano.
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