Opinião, postura e credibilidade

Search Results For : História

Mais que competência, o São Paulo precisa de um presidente com coragem

Mais que competência, o São Paulo precisa de um presidente com coragem

O São Paulo iniciou o seu processo eleitoral com a confirmação de Julio Casares como o primeiro  candidato oficial a substituir Leco na presidência do clube, em 2021. As eleições, previstas para dezembro, foram tema de post no blog do jornalista Paulo Vinícius Coelho, no Globoesporte.com nesta segunda-feira.

 

Entre outros assuntos abordados por PVC em seu novo post, um me chamou a atenção: a forma como o Tricolor está configurado politicamente em 2020. São onze grupos que disputam o poder no clube, seja ele vindo de grandes ou pequenos cargos. O jornalista contou que o último mandato de consenso foi o primeiro de Carlos Miguel Aidar entre 84 e 86 e, de lá para cá, tremendas disputas acirradas dominaram os bastidores políticos do clube. PVC citou semelhança entre os “grupelhos políticos” atuais do Tricolor com as histórias de Corinthians e Palmeiras no passado e finalizou seu texto comparando o início da formação de tais grupelhos com a seca de títulos.

 

A ferida foi exposta com precisão. Só faltou condicionar a situação atual do clube com a história da cidade, em especial do Bairro do Morumbi. Antes visto como bairro promissor e aglutinado de nobres pensantes, o Morumbi hoje é o retrato do descaso e decadência na cidade. A maioria dos nobres se mudou do bairro por causa da violência, falta de acessibilidade e infraestrutura, afetando os sócios do Tricolor: o que antes era ‘toalha felpuda’, hoje virou ‘pano de prato’.

 

Há também a convicção do São Paulo, caçula do trio de ferro, hoje estar com o seu conselho mais antigo (e portanto mais resistente a mudanças) que os co-irmãos. Hoje o São Paulo experimenta um período de seca já vivido por Palmeiras e Corinthians. Já teve um período semelhante ao vivido hoje, mas por causas concretas: a construção do Morumbi.

 

De tudo o que foi escrito, o fato é que hoje os ‘grupelhos políticos’ são os maiores responsáveis pela situação atual do clube e quem pegar a bucha do comando do Tricolor terá muita dificuldade para colocar os trilhos da gestão em ordem pois hoje em dia, governar significa atender estes grupelhos em diversas modalidades de benesses.

 

Casares e quem quiser postular o maior cargo do São Paulo terá que prometer ruptura de alguns establishments para de fato avançar o clube rumo a modernidade. O São Paulo não precisará apenas e tão somente de meritocracia, governança e uma gestão linha dura em relação a gastos e receitas. Precisará também de coragem e atitude para que essas coisas realmente aconteçam.

 

Apertem os cintos: a corrida eleitoral está apenas começando…

 

Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram

Post aberto para comentários.

Conselho Fiscal vê risco nas finanças mas chancela Balanço Financeiro 2019

Conselho Fiscal vê risco nas finanças mas chancela Balanço Financeiro 2019

O Conselho Fiscal do São Paulo Futebol Clube emitiu nota sobre o Balanço Financeiro do ano de 2019. O Conselho se baseou no parecer da auditoria independente RSM Brasil e na análise das demonstrações divulgadas pela gestão Tricolor.

 

Segundo a nota, o Balanço Financeiro 2019 não contém nenhuma irregularidade contábil. Entretanto, houve um aumento exponencial das despesas do departamento de futebol, desrespeitando o orçamento aprovado pelo Conselho Deliberativo e colocando em risco as finanças do clube. A nota aponta os acordos em processos judiciais entre 2006 e 2015 como fatores importantes para o aumento da dívida e frisa a importância da implementação de uma política de gestão e governança para que o orçamento aprovado seja cumprido tanto nas despesas quanto nas receitas.

 

 

Por fim, apesar das contundentes observações, o Conselho Fiscal não se opôs a aprovação do Balanço pelo Conselho Deliberativo, citando adequação entre os números e a realidade financeira e patrimonial do clube.

 

Não sou expert em contabilidade ou auditoria, mas a frase “colocando em risco as finanças do clube” escrita no segundo parágrafo da nota, aliada a recomendação de aprovação do Balanço, me chamou a atenção, já que está claro que a gestão é considerada temerária pelo Conselho Fiscal. Em 2019, o São Paulo acumulou um déficit de R$ 156 milhões e o ano de 2020 tente a ser pior financeiramente, de acordo com projeção do próprio diretor financeiro, Elias Albarello ao jornalista Jorge Nicola.

 

Eu comparo um Conselho Fiscal de um clube a uma Polícia Federal de um país. Um órgão independente (com auxílio de uma auditoria independente) para apontar o que é certo e o que é errado. De fato os erros que causaram o rombo financeiro foram apontados na nota mas a recomendação no final do texto é que fica esquisita e precisa ser avaliada com cuidado pelo Conselho Deliberativo, que é quem aprova ou não o Balanço apresentado.

 

Ao que me pareceu, o Conselho Fiscal aprovou as contas, desaprovando a gestão.

 

Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram

Post aberto para comentários.

Tendência é novo presidente herdar dívida próxima de 300 milhões em 2021

Tendência é novo presidente herdar dívida próxima de 300 milhões em 2021

O São Paulo divulgou o balanço financeiro de 2019 em seu site oficial. O procedimento é padrão no clube e corresponde a todas as movimentações financeiras realizadas no período do ano passado. O balanço confirma o déficit milionário de R$ 156 milhões.

 

Razões não faltam para a grande dívida mas podemos facilmente enumerar as principais: alto gasto do clube com contratações (o balanço diz que foram investidos R$ 149 milhões no elenco) e a inclusão de dívidas trabalhistas antigas com ex-jogadores e empresas, como por exemplo o acordo com o ex-jogador Ricardinho (R$ 81 milhões de dívidas na conta final). A falta de conquistas em campo (títulos e boas colocações em torneios) diminuiu expressivamente a receita prevista e também contribuiu para o desequilíbrio na projeção Tricolor.

 

O resultado de 2019, aliado ao fraco cenário de todos os clubes em 2020 por conta da pandemia, causarão um cenário tenebroso para o próximo presidente, no início de 2021. Se a projeção de R$ 100 milhões de déficit em três meses de paralisação anunciada pelo diretor financeiro Elias Albarello ao jornalista Jorge Nicola se concretizar, o próximo mandatário do São Paulo iniciará a sua gestão com uma dívida beirando os R$ 300 milhões de reais. Ou mais.

 

Essa projeção só diminuiria em caso de venda de atletas e/ou títulos conquistados em 2020. Vale lembrar que em 2019 o São Paulo realizou poucas vendas de jogadores em comparação aos anos anteriores. O cenário também explica a ausência de contratações para 2020: até agora, tirando os já permanentes Thiago Volpi e Vitor Bueno, nenhum outro jogador foi contratado. Cavani? Nem passa pela diretoria neste momento a hipótese.

 

A corrida presidencial começa a se desenhar agora, portanto ainda é cedo para saber quem de fato será o presidente do clube em 2021. Porém, é claro e evidente que quem pegar a cadeira terá um longo e tortuoso trabalho pela frente: contas para pagar, patrocínios para renovar (já que boa parte deles finalizarão em dezembro) e uma torcida exigente para atender dentro e fora de campo.

 

Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram

Post aberto para comentários.

“Treinar o São Paulo foi o maior acerto que fiz” – diz Rogério Ceni a Portal

“Treinar o São Paulo foi o maior acerto que fiz” – diz Rogério Ceni a Portal

Rogério Ceni, ídolo da torcida do São Paulo e hoje treinador do Fortaleza, concedeu entrevista ao jornal Valor Econômico. Entre outros assuntos, o ex-goleiro Tricolor considerou sua primeira experiência como treinador no São Paulo um grande acerto.

 

“Treinar o São Paulo foi o maior acerto que fiz. Foi o maior acerto puxar 23 jogadores novos para o time, principalmente sendo que 12 deles pertenciam à categoria de base. Foi o maior acerto ter conseguido promover esses jovens jogadores e valorizá-los no exterior, a ponto de botar R$ 180 milhões no cofre do clube só com a venda dessas revelações.” – disse ele na entrevista.

 

Rogério foi contratado em 2017 com a ideia de aproximar Cotia da Barra Funda, integrando jovens talentos ao elenco profissional. Depois de perder jogadores importantes como David Neres, Luiz Araújo e não conquistar bons resultados em campo, o treinador foi demitido pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Foram 37 jogos, 14 vitórias, 13 empates, dez derrotas e apenas seis meses no comando do Tricolor.

 

Curiosamente, neste momento o elenco do São Paulo é formado mais da metade por jogadores das categorias de base do clube. Vale dizer que Fernando Diniz também conta com menos vendas de atletas que Rogério em 2017.

 

Existe a perspectiva de volta do ídolo ao clube porém, obviamente, não na gestão Leco. Com Fernando Diniz desenvolvendo bem o trabalho, 2021 também não seria o momento de contar com aquele que melhor representa o que é ‘ser São Paulo’.

 

Neste momento, torço para seu sucesso pleno no Fortaleza, clube e torcida que abraçaram a ideia de ter um dos personagens mais importantes do futebol nos últimos anos.

 

Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram

Post aberto para comentários.

Raí critica governo Bolsonaro e sugere renúncia em caso de perda de governabilidade

Raí critica governo Bolsonaro e sugere renúncia em caso de perda de governabilidade

Raí, diretor de futebol do São Paulo Futebol Clube, teceu duras críticas ao governo federal na última quarta-feira. Em entrevista ao Globoesporte.com, o “eterno camisa dez Tricolor” disse temer pela volta antecipada do futebol em meio a crise gerada pelo COVID-19 e sugeriu até renúncia do presidente por atos considerados irresponsáveis perante a pandemia.

 

“Ele está no limite, muitas vezes, da irresponsabilidade, quando ele vai contra todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde” – disse o dirigente ao ser questionado sobre o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro no combate à pandemia de coronavírus. Raí citou depoimentos do presidente em rede nacional que deixaram muitos brasileiros em dúvida se ficariam ou sairiam de casa para exercerem as atividades de trabalho e convivência.

 

Raí foi além da crítica. Ele sugeriu até a renúncia do presidente em caso de perda de governabilidade, para evitar mais um longo e desgastante processo de impeachment. “O foco tem que ser a pandemia. O impeachment não é uma coisa que tem de se pensar agora, energia nenhuma pode ser gasta nisso, mas se estiver prejudicando ainda mais essa crise gigantesca de saúde, sanitária, tem que ser considerado.” – disse ele.

 

Sobre a volta no futebol,  vejo Raí certo em sua posição. Há uma tendência entre governo e federações para um retorno acelerado as atividades esportivas nos clubes que se esquecem que seus atletas convivem com suas famílias e eventuais terceiros que podem propagar ainda mais o COVID-19. Apesar de sentir enorme falta do futebol, a preservação de vidas com as políticas de isolamento são as mais adequadas para este momento, de acordo com as recomendações da OMS.

 

Já sobre as declarações sobre Jair Bolsonaro, vale ressaltar que Raí deixou claro que suas posições contra as atitudes e ações de Bolsonaro são pessoais e não refletem necessariamente o posicionamento do São Paulo. Mesmo assim, nos microfones que são verdadeiros holofotes, Raí hoje é diretor do Tricolor e facilmente suas falas serão interpretadas como as falas do clube. É preciso ter muito cuidado com essa associação.

 

Paralelamente a isso, o São Paulo trabalha para se adequar a qualquer situação e ter condições de retomar a rotina de treinos e jogos com o máximo de segurança. “Estamos encomendando os testes de COVID-19 e vendo como podemos ter acesso a todos equipamentos de segurança.” – disse ele ao Globoesporte.com

 

Para acessar outras notícias do Blog São Paulo Sempre clique aqui.

 

Saudações Tricolores!
Daniel Perrone | São Paulo Sempre!

Me siga no Twitter
Me siga no Facebook
Me siga no Instagram

Post aberto para comentários.