O centroavante Pablo não consegue dar um bom direcionamento na sua carreira jogando pelo São Paulo. Contratado em dezembro de 2018 por 6 milhões de euros e com vínculo até 2022, a contratação mais cara do clube atualmente convive com más apresentações e o banco de reservas.
A torcida do São Paulo tem motivos para não confiar no seu camisa nove. O atacante passou por cinco técnicos desde que chegou ao clube (André Jardine, Vagner Mancini, Cuca, Fernando Diniz e Crespo) e não conseguiu demonstrar o que se esperava dele. As várias contusões no início da sua trajetória no Tricolor e as muitas falhas nos arremates são as principais causas da sua desvalorização junto ao torcedor.
Rogério Ceni, o sexto técnico de Pablo, resolveu dar nova chance ao jogador mas não creio que esta ação seja o suficiente para o clube. Para mim, o melhor para se fazer é amenizar o prejuízo emprestando o jogador na próxima temporada, até o fim de 2022. Opções no Brasil ou em centros periféricos do futebol não faltam. Por aqui o Internacional demonstrou interesse num empréstimo. Há também clubes que se interessariam pelo jogador, porém sem pagar o atual salário. Neste caso, uma troca por um outro bom atleta e pagamento de parte dos vencimentos de Pablo seria a solução mais viável. No exterior, existem mercados como o chinês, árabe e americano que poderiam se interessar pelo empréstimo.
Perrone Vídeos:
“Por que não uma troca de Pablo com algum jogador do Inter ou até mesmo o Fortaleza”
Assista: https://s.kw.ai/p/9MvbBuY8
Vale lembrar que o Tricolor tem tradição em negociar jogadores em conflito técnico no clube. Quem conseguiu vender Douglas para o Barcelona pode muito bem cavar uma oportunidade que amenize o grande prejuízo que foi a passagem de Pablo até então. É uma pena; o atacante viveu uma fase esplêndida no Athletico, com títulos, pecha de um dos melhores atacantes em atividade no Brasil e indicação deste blog. O torcedor, inclusive, acreditava na contratação: em enquete apontada neste mesmo blog no fim de 2018, nove em cada dez torcedores preferiram Pablo a Gabigol na época.
Nada contra a pessoa, que sempre mostrou dedicação a camisa e parece ter uma ótima índole. Mas com a chegada de Calleri e a necessária subida de atacantes da base, é muito difícil imaginar Pablo dando uma boa resposta no clube em 2022.
O clube precisa fazer algo para amenizar o claro prejuízo.
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Muricy Ramalho teve uma importante participação no tradicional programa “Mesa Redonda” da TV Gazeta. No programa, o coordenador de futebol do São Paulo e ícone da torcida justificou a saída de Crespo, elogiou o trabalho de Ceni e disse o que pensa sobre o futuro do clube na temporada.
Sobre a saída de Crespo, Muricy abriu o jogo, dizendo que o desempenho da equipe chegou a um ponto em que não se sustentava a presença do técnico. “O que posso falar é o que falei ao Crespo: o time estava jogando muito mal. É claro que, jogando mal, não tem chance de vitória. A gente concluía muito pouco no ataque, os outros times vinham no Morumbi e dominavam. Não dava para ir levando e aceitando o São Paulo jogar dessa maneira. Era um time lento” – disse ele ao ser perguntado sobre a saída de Crespo.
Muricy confirmou sua decisiva participação na contratação de Rogério Ceni e explicou os motivos do retorno do ídolo da torcida. “Quando estava na Globo, vi o trabalho dele. Falei à diretoria do São Paulo: ‘Não vamos trazer o ídolo. Vamos trazer um treinador e um que eu vi de perto’. É por isso que o Rogério está aí e acho que vai ser um dos grandes do Brasil” – disse no programa.
Mesmo com a derrota em Bragança, o coordenador de futebol disse acreditar numa crescente subida de desempenho e na vaga da Libertadores para o ano que vem. “Primeiro, claro, temos que sair desse problema, porque estamos ainda encostados na zona (de rebaixamento). Mas temos condições de chegar à Libertadores. Nosso time está assimilando o que o Rogério pensa de futebol e acreditamos muito nisso. Acreditamos ainda na classificação à Libertadores” – disse Muricy.
A participação no programa Mesa Redonda deu um ponto final sobre a participação de Muricy na saída de Crespo (muitos achavam que ele estava contrariado até hoje) e mostrou mais uma vez ao torcedor que o coordenador esteve alinhado na decisão de troca de treinador em todos os momentos do acontecimento. Dentro do São Paulo ele é a voz mais respeitada do CT da Barra Funda, apesar de não ser a mais alta. Toda decisão passa por Muricy, experiente e entendedor da história e atuais problemas do clube.
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Jogo pegado, chances perdidas, erro em bola parada e fim de uma invencibilidade de oito jogos no Campeonato Brasileiro. O São Paulo perde para o algoz Bragantino em Bragança Paulista em uma partida difícil na teoria, porém ganhável dentro das quatro linhas.
O jogo no geral foi equilibrado, com praticamente o mesmo número de posse de bola, chutes e chutes a gol. Valeu a eficiência do adversário. O São Paulo foi melhor na primeira etapa e o Bragantino melhor no segundo tempo, especialmente nos minutos que antecederam o gol de Lucas Cândido, aproveitando falha do Miranda num escanteio muito bem batido pelo Artur. O que mais uma vez irritou o torcedor foram as chances perdidas e a má pontaria dos jogadores do Tricolor, principalmente no primeiro tempo. Uma delas beirou o inacreditável, com Pablo e Luciano se trombando quase na pequena área, sem goleiro.
Pelo que se desenhou, a partida seria definida quando um dos times fizesse o seu gol. E foi o que aconteceu. O Bragantino foi eficiente na bola parada e, depois do tento, fechou as laterais do campo diante de um ansioso São Paulo. O time não teve como furar a defesa interiorana e o que foi em direção ao gol, parou no bom goleiro adversário.
A derrota não chega a ser um desastre, mas o sentimento de frustração pairou no ares de Bragança Paulista. Foi uma partida difícil como era previsto mas que poderia ter um placar diferente, caso algum dos meias ou atacantes tivesse o pé um pouco calibrado. Eu disse um pouco só.
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – Não teve culpa no gol. Nota: 6,0
Orejuela – A lateral direita novamente virou um problema para o clube. Orejuela mal desceu e marcou mal no primeiro tempo. Nota: 4,0
Arboleda – Boa participação. Nota: 6,5
Miranda – Falhou no gol do Bragantino. Nota: 4,0
Reinaldo – Pouco inspirado no ataque, teve que marcar Artur. Nota: 5,5
Liziero – Partida regular. Nota: 5,5
Igor Gomes – Poderia ter jogado melhor. Nota: 5,5
Gabriel Sara – Precisa acertar mais no gol. Nota: 5,5
Rodrigo Nestor – Escalado para jogar na frente do meio-campo, não teve uma atuação boa. Faltou distribuir melhor as jogadas. Nota: 5,0
Luciano – Não está no seu melhor momento mas deveria ter ficado até o fim da partida. Nota: 5,5
Pablo – Mais uma jogada que explica a ira da torcida contra o seu futebol. Nota: 3,0
Igor Vinicius, Marquinhos, Vitor Bueno, Benítez, Eder – Nenhum conseguiu mexer com o jogo. Igor Vinícius até tentou ir para a linha de fundo mas também é muito limitado.
Rogério Ceni – Para mim, Rogério precisaria explicar a saída de Luciano que, mesmo atuando abaixo do seu normal, poderia definir uma ou outra bola no segundo tempo. Salvo extremo cansaço, o atacante deveria ter permanecido no jogo até o final. Nota: 4,5
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Teste de gente grande para a ascensão do Tricolor no Campeonato Brasileiro: Red Bull Bragantino e Tricolor se enfrentam neste domingo, às 18h15, em Bragança Paulista, pela 28ª rodada do Brasileirão.
Será o duelo de duas equipes que recentemente ostentam uma grande invencibilidade na competição. O São Paulo não perde a oito jogos e vem de uma vitória importante diante do Corinthians. Já o Massa Bruta não perde a seis partidas e também vem de um bom resultado: empate no Beira-Rio no apagar dos holofotes.
Rogério Ceni não contará com dois importantes jogadores: os argentinos Calleri e Rigoni estão vetados e não foram para Bragança. O Red Bull Bragantino também não terá importantes jogadores: Ytalo (covid), Aderlan (suspenso), Praxedes (lesão) e Helinho (situação contratual) estão fora. Voltam para o confronto Miranda (cumpriu suspensão) e Artur, recuperado da Covid.
Jogar contra o Bragantino em seus domínios é sempre complicado. A equipe do interior venceu com autoridade no Brasileirão do ano passado (4×2 com atuação desastrosa do Tricolor) e no Morumbi, na primeira rodada. A esperança é no trabalho coletivo de Ceni e no meio-campo criativo criado nos últimos dois jogos. O losango formado por Liziero, Gomes, Sara e Benítez tem funcionado.
O São Paulo tem duas dúvidas para o jogo. A primeira é na defesa: Miranda volta e não há certeza sobre a dupla de zaga que o Tricolor colocará em campo. A tendência é o xerife atuar ao lado de Arboleda. Já no ataque, Pablo e Marquinhos disputam posição, com Eder correndo por fora.
Provável Time: Volpi; Orejuela, Miranda (Léo), Arboleda e Reinaldo; Liziero, Igor Gomes, Gabriel Sara e Benítez; Luciano e Pablo (Marquinhos).
Minha previsão é de um jogo em que as duas equipes disputarão ferrenhamente a posse da bola para a criação das jogadas. Se Artur jogar, Reinaldo deverá ter muita atenção na esquerda pois o leve atacante costuma causar estrago no Tricolor, mesmo voltando de quarentena. Por outro lado, o caminho para a construção da vitória será em cima dos laterais do Massa Bruta: Edimar e Weverton são o ponto fraco da equipe do interior paulista.
Palpite de Placar
Jogo difícil, talvez o mais complicado desde a chegada de Ceni. Porém, a esperança de um meio mais entrosado e os desfalques do adversário dão esperança para uma vitória. Na Sportsbet.io, patrocinador oficial do Tricolor, os odds estão bem equilibrados. Se você é um apostador conservador, sugiro o duplo empate/São Paulo que no momento paga 1.35 ou “ambas as equipes marcam” mas se você está botando fé no time e crê que ele subirá nesta reta final, tenho uma boa dica. A Sportsbet.io paga 4.0 na vitória Tricolor com nove ou mais escanteios na partida. Pela característica das duas equipes, acho que teremos bastante escanteios.
Meu palpite: 2×1 para o São Paulo e arranque na tabela, porém, um empate não deve ser desconsiderado diante das circunstâncias do jogo. O adversário tá muito bem montado e será preciso muito suor para vencer o jogo.
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Rogério Ceni terá um interessante dilema para a partida diante do Red Bull Bragantino, e também para o restante da temporada: escolher a dupla de zaga entre três zagueiros titulares na “era Crespo”.
Desde que chegou ao São Paulo, o técnico promoveu mudanças no sistema tático na equipe por necessidade. Sem Arboleda (convocado) diante do Ceará e sem Miranda (suspenso) diante do Corinthians, o treinador optou por jogar com dois zagueiros, esquema de sua preferência. Agora, ele terá os três à disposição e, se o esquema atual for mantido, um deles ficará de fora.
A escolha é muito difícil porque os três zagueiros formam um dos melhores paredões do Brasileirão. O experiente Miranda é ídolo do clube e da torcida. Já Arboleda, titular da seleção equatoriana, é excelente no jogo aéreo e Léo, promovido a zagueiro desde os tempos de Fernando Diniz, possui boa saída de jogo e cobertura no lado esquerdo.
Na minha opinião, caso Ceni opte pelos dois zagueiros e mantenha o losango com Liziero, Igor Gomes, Sara e Benítez, a dupla ideal neste momento seja Miranda e Arboleda, que juntos unem experiência e vigor físico. Isso sem menosprezar Léo, que se destaca muito na cobertura de Reinaldo. Naquele lado Liziero como volante pode dar uma ajuda a Miranda.
De qualquer forma, é importantíssimo que o São Paulo tenha opções de qualidade, tanto para a defesa como para o meio e ataque. No caso da defesa, qualquer um do trio acima eu não teria rejeição neste momento. Falta ao elenco jogadores de característica mais velocista, que atuem no um contra um. É preciso encontrar este tipo de jogador no mercado ou na base para 2022.
Participe da enquete dos zagueiros, no meu twitter:
Caso Ceni opte pelo esquema com dois zagueiros, qual dos três titulares da "era Crespo" ficará no banco de reservas?
— Daniel Perrone ♔ (@danielperrone) October 22, 2021
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]
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