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Rogério Ceni: o “chato” na hora certa!

A entrevista de Rogério Ceni após a vitória sobre o Santo André foi muito mais interessante que o jogo. Entre outras questões, o treinador respondeu sobre os ruídos de relacionamento entre ele e profissionais do CT da Barra Funda e negou abatimento no trabalho.

 

Rogério claramente leu a matéria feita pelo UOL, que revelava insatisfação de alguns profissionais do clube com algumas de suas exigências e se preparou para responder o texto para toda a coletividade Tricolor. Citou ser uma pessoa que “pode incomodar” por exigir o melhor para a instituição, negou problemas com jogadores e até revelou um exemplos do que pode ser mudado na infra-estrutura e metodologia de trabalho.

 

Já falei algumas vezes sobre isso. Rogério ainda é um técnico em formação, com pontos a melhorar com o tempo, mas hoje não há ninguém no mercado melhor que ele para ajudar na melhoria do CT da Barra Funda. É dedicado, perfeccionista e conhece o clube por ter vivido mais de vinte anos por lá. Revolucionou o centro de treinamento e a infra-estrutura do Fortaleza e passou pelas instalações do Flamengo, além de outras instalações de clubes do exterior. Pode ser que ele não consiga atingir o lastro que teve Telê ou Muricy na história via comando técnico mas hoje em dia sua presença e voz são ideais para o que o Tricolor precisa: tocar forte nas feridas abertas do local de trabalho do elenco.

 

Tão importante também quanto a fala de Rogério foi a manifestação da gestão atual, através do presidente Júlio Casares. Através de um post no Instagram, o presidente reforçou que trouxe Ceni exatamente por essa veia perfeccionista e sabe o que esperar dele. Casares também contou que o São Paulo aos poucos e por prioridades está melhorando a estrutura em todas as unidades, além de integrar a base de Cotia ao profissional da Barra Funda.

 

Rogério Ceni e Julio Casares serão muito cobrados nos postos que ocupam e isso é absolutamente natural, mas foi extremamente importante essa exposição ao torcedor. Tudo no clube tem potencial e precisa melhorar e nada melhor que um “chato” que doou praticamente toda a sua vida de atleta a instituição, com muito trabalho e glórias conquistadas.

 

Ou o torcedor compra isso ou trocaremos de técnico sem resolver o problema.

 

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OPINIÃO São Paulo 1×0 Santo André

O São Paulo desencanta na temporada e, após três rodadas de fracassos, consegue na marra a sua primeira vitória no Campeonato Paulista batendo o modesto e desfalcado Santo André diante de quinze mil pessoas, no Morumbi.

 

A vitória veio no apagar das luzes com as mexidas de Ceni, o cruzamento de Éder e o iluminado Marquinhos. Cruzamento do chão, a bola passou pela defesa e sobrou mascada para o derradeiro chute, causando êxtase coletivo. Todos no Cícero Pompeu de Toledo vibramos muito com o desfecho do que parecia ser mais uma noite de terror. Vitórias no último minuto são espetaculares para todos os clubes, grandes ou pequenos, e não privilégio do rival Corinthians. Do jeito que é contado por alguns da imprensa, alguns textos terão o seguinte título: Tricolor vence a moda corinthiana. Bobagem!

 

O êxtase para no parágrafo acima. O jogo foi horroroso, com o São Paulo com as mesmíssimas dificuldades de chutar no gol adversário e errando muitos passes. Rogério colocou a equipe num 4-4-2 comportado, tentando mexer o mínimo possível no sistema mas realmente a coisa novamente não andou. Foi para mim muito decepcionante porque apostei na evolução após uma boa partida diante do Bragantino e a semana livre para treinos. Era para confirmar o bom jogo diante da linguiça voadora.

 

Dois detalhes que não passaram despercebidos por mim. O primeiro foi a enorme quantidade de cruzamentos para a área adversária. Todos pelo alto interceptados pela zaga do ABC. O segundo detalhe é como alguns jogadores chegaram em diferentes condições de outros. De um lado o esforçado Alisson, que não é dos meus favoritos mas vem merecendo a vaga titular e, por mim, poderia ser até testado como segundo volante dada a mobilidade. O contraste é Nikão que, entrou numa nhaca desgraçada e mais uma vez não sentiu o jogo. Precisa chamar a responsabilidade.

 

No mais é isso: resultado vital com sofrimento permanente. Rogério deu uma importante entrevista para mostra pontos equivocados da estrutura Tricolor e com isso ganhou pontos com o torcedor. Pontos estes que eu já havia previsto pois é um batalhador e vencedor. Mas isso fica para um outro post.

 

 

Nota dos personagens em campo:

 

Jandrei – Não teve nenhuma defesa difícil mas conseguiu alguns lançamentos com os pés. A saída de bola bem marcada assustou. Nota: 6,5

Rafinha – Correu bastante e se esforçou mas muitos cruzamentos errados. Nota: 6,0

Arboleda – Muito bem na zaga. Nota: 7,0

Diego Costa – Não comprometeu mas hoje não é um zagueiro confiável. Nota: 5,0

Léo – Algumas boas jogadas mas o jogo foi mais na direita. Nota: 5,0

Rodrigo Nestor – Repito: não dá para ser primeiro volante. Nota: 4,5

Igor Gomes – Mais uma partida fraca. Nota: 4,0

Gabriel Sara – Fraca atuação, parece uma “enSaradeira” (desculpem o trocadilho infame). Nota: 4,5 para ele e zero para minha piada.

Alisson – Tá em tudo quanto é lugar no campo. Jogador operário no bom sentido da palavra. Eu o testaria na segunda volância. Nota: 6,5

Rigoni – Ainda não vejo encaixe no time de Ceni. Precisamos corrigir isso. Nota: 5,0

Calleri – Bola mais uma vez veio escassa para ele, mesmo com mais de duzentos mil cruzamentos. Nota: 5,5

 

Igor Vinícius, Gabriel Neves, Eder, Marquinhos e Nikão – Marquinhos e Eder participaram do gol salvador do Tricolor. Gabriel Neves entrou bem mas é outro que não é primeiro volante.

 

Rogério Ceni – Entrevista melhor (muito melhor) que o desempenho tático do time. Dou meu voto de confiança a ele para tentar melhorar o são Paulo, muito mais na base da cobrança pelo que foi no futebol que na base da capacidade atual. Nota: 5,5

 

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São Paulo suspeita de portugueses no entrave da renovação com Vitinho

O entrave na renovação de contrato entre Vitinho e São Paulo tem um vilão, segundo o Tricolor: o Porto. Segundo o jornalista Jorge Nicola, dois dirigentes Tricolores entendem que a dificuldade na renovação do contrato é porque o clube português já teria feito uma pré-oferta ao jogador.

 

Vitinho tem vínculo com o São Paulo até o meio do ano, mas poderia assinar um pré-contrato com o Porto, com o São Paulo notificado em caso de aceite. Em outras palavras, como foi com Léo Natel (caso recente), o atacante poderá treinar separado do grupo e ir para Portugal nem julho sem nenhum custo.

 

Repito o que já disse algumas vezes. Vitinho é bom jogador e seria útil ao elenco mas não é um “Lucas” ou um “Antony”. Para mim está mais para Léo Natel mesmo. Não dá para se esticar todo por uma promessa ainda a ser lapidada. De acordo com os dirigentes Tricolores, a última oferta dada ao jogador é muito boa e vejo até como ingratidão da parte do jogador ela sequer ser sequer respondida.

 

Eu acho que já era. Sem Vitinho, o São Paulo deveria se dedicar ao Caio, jogador com mais potencial e citado até pelo Ronaldo em uma live como um possível novo fenômeno no Brasil, e ao Marquinhos, um atleta que mostrou potencial no ano passado mas com um fim de temporada ruim por conta de uma grave lesão muscular.

 

E, claro, continuar procurando um jogador de explosão pelos lados do campo.

 

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Elenco: menos panela e mais bola!

O São Paulo fará a sua quarta partida na temporada e já convive sob a pressão de resultados no Campeonato Paulista. Um ponto em nove disputados e a penúltima colocação na tabela geral é motivo de preocupação, tanto para o torcedor quanto para os gestores do futebol do clube.

 

Dentro deste cenário, chega a ser inacreditável a leitura da contundente matéria feita pelos jornalistas Brunno Carvalho e Pedro Lopes para o portal UOL. A matéria investigativa descobriu um grande incômodo do elenco e funcionários em relação a atitudes do técnico Rogério Ceni, com fontes e episódios de exposição, constrangimento e dura cobrança durante os treinamentos. Sobrou até para o departamento médico, com dezesseis contaminados por COVID nos primeiros dias de apresentação do grupo para os trabalhos iniciais.

 

Na boa: não engulo mais uma vez o elenco mais uma vez incomodado por ser cobrado de forma contundente, ainda mais num início de temporada. Todos sabem do difícil temperamento de Rogério Ceni e sua personalidade forte mas a história também reconhece o modo como o profissional viveu a vida de atleta são-paulino durante mais de vinte anos e como ele é obstinado pela vitória. Além do mais, é função da comissão técnica de um clube grande não só condicionar e treinar os jogadores como também tirá-los da zona de conforto.

 

E que zona de conforto que parece ser o CT da Barra Funda!

 

Episódios como esse não vem de hoje. Esse elenco (ou parte dele) já se incomodou com Dorival Júnior, Fernando Diniz e Hernán Crespo, atual técnico Campeão Paulista e demitido por falta de controle de vestiário. Cuca, campeão brasileiro e da Copa do Brasil pelo Atlético, nem ousou ficar por muito tempo na Barra Funda, alegando não ter capacidade de treinar o Tricolor.

 

Será que a culpa é realmente dos técnicos?

 

É claro que Ceni erra em muitas decisões e também precisa ser cobrado no ambiente futebol, mas neste início de temporada é preciso muito mais coletivo, dedicação e principalmente transpiração por parte do elenco e gestão de crise por parte de quem vem de cima. Pouca coisa sai de dentro para fora do CT mas o fato é que o torcedor não suporta mais um caso de atrito entre elenco e treinador manchar uma temporada. Recentemente perdemos um Brasileirão por atritos extra-campo e não podemos tolerar este tipo de incidente.

 

Elenco: menos panelinha e mais bola.
Gestores: mais controle da situação envolvendo o futebol.
Rogério e Muricy: menos decisões técnicas equivocadas.

 

A começar pela partida desta quarta-feira.

 

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Ao apontar seu “maior erro”, Rogério Ceni critica regulamento do estadual

A coletiva de Rogério Ceni após a partida em Bragança Paulista foi gravada e divulgada apenas depois do ônibus da delegação deixar o estádio Nabi Abi Chedid, a caminho da capital paulista.

 

Diferente das duas primeiras partidas, o treinador defendeu o que considerou uma boa apresentação coletiva do time. Segundo Ceni, houve nítida evolução em relação as duas primeiras partidas, com volume de jogo, chances criadas e gols. Porém, como não deveria deixar de ser, o técnico lamentou os erros defensivos que decretaram mais uma derrota no Estadual.

 

Uma coisa me chamou a atenção na coletiva. Rogério fez uma crítica indireta ao regulamento do Campeonato Paulista ao apontar aquilo que considera o seu maior erro neste início do ano: não ter colocado a equipe da Copinha (ou boa parte dele) para jogar os primeiros jogos da competição e preparar melhor fisicamente os seus jogadores.

 

“Tivemos dezessete jogadores com Covid ao longo desses dias. Talvez o grande erro nosso, nem é um erro porque não é permitido, no Campeonato Paulista você não pode botar o time da Taça São Paulo para jogar, você pode colocar no máximo oito jogadores que sejam formados no clube para iniciar um jogo mas talvez o nosso maior erro foi não ter colocado o time da Taça São Paulo quando foi eliminado, não ter pensado rápido, para jogar os dois primeiros jogos e se preparar de uma maneira melhor para isso”. – disse ele.

 

Na coletiva, Rogério citou o Campeonato Carioca, com regulamento que permite os clubes grandes se prepararem colocando a base para iniciar a temporada. O treinador passou pela experiência treinando e conquistando o título estadual do Rio em 2021, pelo Flamengo.

 

Também não foi a primeira vez que, ao ser questionado sobre Nikão, Ceni tenha citado o estadual paranaense. “O Nikão há anos nunca tinha iniciado a temporada jogando pelo estadual. O Athletico coloca o time B para jogar enquanto prepara a equipe principal para o Brasileiro e demais torneios” – disse ele, constatando a dificuldade do jogador neste início de ano.

 

Neste ponto eu acho que Ceni está certo e os clubes grandes paulistas deveriam conversar com a Federação Paulista para alinharem o regulamento do estadual com os bons exemplos do Rio e Paraná. Com o novo regulamento, as equipes poderiam optar pelo uso de jovens, de acordo com seus objetivos no ano. Em 2021 o São Paulo privilegiou o Paulista, sua Copa do Mundo, e teve graves consequências no restante do ano.

 

O argumento de esvaziamento do torneio sem as principais estrelas é colocado por água abaixo quando vemos o interesse dos torcedores na Copinha. E nos mata-matas, as equipes poderiam optar pela volta de alguns atletas ou da equipe titular completa, muito melhor condicionada para entregar um melhor espetáculo.

 

Enquanto não há essa discussão, clubes mal estruturados como o São Paulo continuarão a sofrer com o calendário. “Nós estamos nos desgastando, tendo que preparar o time fisicamente e automaticamente jogar e ganhar. E a vitória não está vindo.” – Concluiu o treinador.

 

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