A segunda vitória no ano em cima do Flamengo (ambas no Maracanã) são mais que emblemáticas. Eles mostram um São Paulo que não tem medo de jogar bola e um elenco cada dia mais experiente na arte de passar por adversidades em campo.
Fernando Diniz tem boa parcela de responsabilidade neste processo. Foi ele quem promoveu (e insistiu) em jovens como Gabriel Sara e Brenner, foi ele que indicou (e bancou) Luciano e é ele que treina esse time em busca do gol. O torcedor deve admitir os méritos do treinador são-paulino.
Mas, nem tudo são louros. A vitória desta quarta não pode acobertar a falta de variação de jogadas na saída de bola. O São Paulo passou boa parte do jogo em apuros com a marcação alta do Flamengo. Não é fato isolado: o Tricolor de Diniz joga no limite dos seus defensores. Uma falha próxima da área e o castelo de sonhos vira uma cada do terror. Tivemos sorte na casa rubro-negra.
Diniz: você tem méritos no trabalho junto ao elenco Tricolor em pouco mais de um ano, mas precisa mostrar repertório para anular o antídoto dos seus adversários na saída de bola. Todo mundo já sabe que a marcação alta dificulta muito o trabalho são-paulino. Não temos um elenco no padrão dos grandes europeus; os jogadores estão muito mais sujeitos a comprometer um jogo aqui do que lá.
É preciso variar a saída de bola, seja com passes longos ou até mesmo quebrando a bola, como diz o jargão popular do futebol. Não é vergonha, não é demérito. É do jogo de futebol e faz parte de momentos decisivos.
Vale reproduzir uma de suas falas no pós jogo desta quarta: “A vitória é um prêmio pelo momento que vivemos. O time está criando casca protetiva, mas pode melhorar ainda mais. Sabemos que a equipe cometeu erros, mas vamos corrigir para os próximos jogos”.
Concordo demais com sua frase. Mas precisamos de fato corrigir essa limitação. Melhorando esse repertório, você dará ainda mais um passo na sua promissora carreira de treinador. Faltam outros atributos, como o trabalho de preparação para adversários específicos, mas isso fica para um outro momento e talvez um elenco mais diversificado.
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Vitória importantíssima no Maracanã. Com uma falha bisonha de Hugo, goleiro do Flamengo, o São Paulo do iluminado Brenner sai na frente na busca da vaga para a semifinal da Copa do Brasil. O jogo de volta é semana que vem, no Morumbi.
Vamos ser sinceros; o São Paulo deu uma tremenda sorte nesta partida. Não que o Flamengo tivesse mandado no jogo mas o Tricolor abusou da lentidão e de erros nas saídas de bola, facilitando o jogo dos donos da casa que souberam espremer a equipe na primeira etapa e em boa parte do segundo tempo.
Desta vez a sorte e a eficiência estiveram a favor do São Paulo: três chutes em toda a partida, com dois gols e uma bola displicente perdida por Luciano frente ao jovem goleiro rubro-negro. Coube a Hugo dar ao Tricolor a vantagem em um jogo que Diego Costa e Bruno Alves insistiam em nos enfartar.
Volpi fez uma ótima partida, Sara e Dani Alves (no segundo tempo) deram lucidez e qualidade nos passes e Brenner, ah, o Brenner mostrou mais uma vez que cheira, expele, fede e excreta gol. Que carisma na frente das traves. Tá demais o garotinho!
Foi um baita resultado, mas nada está ganho. O Flamengo virá a São Paulo mais reforçado e um pouco mais entendido pelo seu novo técnico que “sabe como” mas nunca venceu o Tricolor. Se os deuses da bola quiserem, Ceni não vencerá o próximo jogo também.
Pianinho, quietinho e seguindo.
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – Ótimas defesas e uma ponte estilo “Canal 100”. Nota: 9,0
Juanfran – Boa partida defensiva. Nota: 6,5
Bruno Alves – Saídas de bola que enfartam o torcedor. Nota: 5,5
Diego Costa – Saídas de bola que enfartam o torcedor, parte II. Nota: 5,5
Reinaldo – Um amarelo desnecessário. Boa participação. Nota: 6,0
Luan – Um tanto quanto lento no meio-campo. Nota: 5,5
Dani Alves – Um ótimo segundo tempo, sem erros. Nota: 7,0
Igor Gomes – Lento demais na armação das jogadas. Nota: 4,5
Gabriel Sara – Assistência mágica e trabalho intenso. Nota: 7,5
Brenner – Decisivo. O carisma do gol! Nota DEZ!
Luciano – Um dos piores. Perdeu um gol que não costuma perder. Nota: 4,5
Pablo, Vítor Bueno e Léo Sem muito destaque, sem erros.
Fernando Diniz – Deu uma tremenda sorte com a eficiência de Brenner e o erro de Hugo. Um primeiro tempo tenebroso e uma segunda etapa melhor, beneficiado pelas trocas do Flamengo. Nada está ganho e essa equipe ainda não mostra a confiança necessária para o torcedor comemorar. MAS, o caminho está sendo construído. Nota: 5,0
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O GE.com publicou o provável destino de dois jogadores “Made In Cotia” do Tricolor: segundo o portal, o Bahia tentou a contratação de Jonas Toró. Com a recusa do São Paulo em negociar, Gabriel Novaes apareceu como opção e está acertando sua ida por empréstimo até o fim de 2021 ao clube de Salvador.
Se de fato acontecer, penso que o São Paulo acertou em impedir a saída de Toró neste momento. Jogador versátil e rápido, o jovem atacante conviveu com lesões e agora está recuperado e à disposição. Atua pelos lados ou no comando de ataque, creio que irá ter as chances que precisa em breve, além de ser opção no banco para qualquer eventualidade.
Já Gabriel Novaes teve saída “estranha” no Juventude. Segundo o que apurei, o atleta não gostou de saber que seria relacionado para o sub23 da equipe do Rio Grande do Sul e finalizou sua jornada de modo drástico, com apenas cinco jogos realizados na Série B do Campeonato Brasileiro. Com iminente ida ao Bahia, o artilheiro da Copinha de 2019 poderá enfim mostrar a todos o seu potencial, já que nos clubes que foi emprestado desde que saiu do Tricolor, ele não ficou.
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O técnico Fernando Diniz comandou nesta terça-feira o último treino do São Paulo para a decisiva primeira partida das quartas de finais da Copa do Brasil diante do Flamengo, no Maracanã. O Tricolor enfrentará o rubro-negro por uma conquista ainda inédita em seu memorial.
Diniz terá dois desfalques certos entre aqueles que vinham compondo o elenco: Tchê Tchê se recupera da Covid19 e Arboleda foi convocado para a seleção do Equador. Tirando eles (e os lesionados de longa data) o técnico terá força máxima, com a volta de Dani Alves, os laterais Juanfran e Igor Vinícius e o meia Hernanes. Gabriel Sara (foto) e Pablo eram dúvidas mas estão confirmados.
De acordo com os últimos treinos, a tendência é que o técnico mantenha Juanfran na lateral e promova a entrada de Dani Alves no meio-campo. Sendo assim a suposta escalação para quarta seria formado por Tiago Volpi; Juanfran, Bruno Alves, Diego Costa e Reinaldo; Luan, Gabriel Sara, Daniel Alves e Igor Gomes; Brenner e Luciano.
Até mesmo Diego Costa, questionado por alguns torcedores por erros defensivos está mantido, até porque Arboleda, seu imediato, está com a seleção de seu país. Do outro lado, o Flamengo será comandado pelo interino e não terá nomes importantes como Isla, Everton Ribeiro e Pedro para esta partida. Apesar dos desfalques, o clube carioca tem o melhor elenco do Brasil. Isso não quer dizer favoritismo por conta do momento e também do histórico de confronto entre as duas equipes.
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O aceite de Rogério Ceni ao Flamengo caiu como uma bomba para parte da torcida do São Paulo. Obviamente foi o assunto do momento na tarde desta segunda-feira em todos os grupos de Whatsapp tricolores. Os torcedores mais exaltados viram o fato como uma traição ao Tricolor e alguns até sugeriram desaparecer com bandeiras e objetos que lembrem sua história com o clube.
O aceite é mais que normal. Rogério Ceni hoje é um dos profissionais mais promissores e valorizados do mercado brasileiro de técnicos. Estudioso e competitivo ao extremo, o ex-jogador em pouco tempo mostrou bom serviço no Fortaleza, embora tenha fracassado na sua estreia no São Paulo e ao tentar salvar o Cruzeiro do rebaixamento no ano passado. Por mais que o torcedor não aceite, uma proposta grande brevemente chegaria em suas mãos e apesar de declarar que provavelmente ficaria até o fim do contrato no Leão do Pici, a proposta de treinar o atual maior elenco do país foi praticamente irrecusável. Mesmo pegando o carro andando.
O torcedor do São Paulo precisa entender que o Rogério Ceni que fez uma carreira brilhante e conquistou tudo com a camisa do São Paulo ficou no passado. Hoje ele é técnico de futebol e técnico não veste camisa por baixo, principalmente no futebol brasileiro. O Ceni são-paulino acabou com a chegada do Ceni técnico. Ficará para sempre a inesquecível lembrança dos tempos de jogador, capitão e vencedor. A história não se apagará.
O maior patrimônio do São Paulo não é o Rogério Ceni, o Raí, o Leônidas, o Laudo Natel, o clube social, o Juvenal Juvêncio, o Conselho Deliberativo… O maior patrimônio do São Paulo é o seu torcedor. Aliás, a torcida é o maior bem de qualquer clube de futebol. É ela que prestigia incondicionalmente, joga junto e compra artigos do clube. São os devotos, os fiéis, os leais. Para o bem e para o mal.
Sempre foi assim e sempre será no futebol.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]
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