Em uma das suas piores apresentações na temporada, comparável apenas com a eliminação diante do Mirassol nas quartas de finais do Paulistão, o São Paulo teve a proeza de perder para o lanterna Botafogo com direito a expulsão e pênalti desperdiçado e melancolicamente vai finalizando a temporada com mais um grande vexame no seu vasto currículo de humilhações.
Foram pouco mais de noventa minutos de absoluta várzea. Nem os piores momentos dos Trapalhões seriam tão criativos quanto o jogo daquele que, pasmem, ainda tinha alguma chance de título uma rodada atrás. Vexame que incluiu capítulos dantescos como a absolutamente justa expulsão de Reinaldo e um pênalti inexistente, defendido pelo goleiro do semi-amador alvinegro carioca.
Não dá nem para reclamar do Daniel Alves (não jogou) nem Tiago Volpi (pegou tudo). O time foi uma defesa de mentira, um meio campo de araque e um ataque de risos que fizeram até o mais zen torcedor sangrar os olhos de raiva. Um espetáculo de fazer perder o apetite até ao mais faminto etíope.
Quem pensa que acabou o flagelo, pode esperar quinta-feira: o São Paulo ainda está perto da sua maior tragédia na temporada: vai se goleado Flamengo, ver o grande ídolo dar a volta olímpica no Morumbi e ainda terá que torcer para o rival Palmeiras ganhe a Copa do Brasil. Quer mais vexame que isso?
Todos os atletas, profissionais e dirigentes do clube merecem estar nesta humilhante situação, exceto o torcedor. O são-paulino não merecia ver essa derrocada, essa falta de vergonha e esse descaso. Ele é que sofre, ele é que perde tempo e é ele que paga pela enorme paixão.
Já avisei e não cansarei de avisar: os maiores culpados são os conselheiros do São Paulo Futebol Clube. Todos eles. São eles que, em bando, acham que sozinhos podem tocar um Boeing, sem sequer saber dirigir um carrinho de bate-bate. São eles que atrasam a modernidade, são eles que travam o profissionalismo, são eles que impedem a evolução, são eles que se acham os capazes.
São há anos uns incompetentes, cegos, presunçosos e safados!
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – O melhor do São Paulo. Nota: 5,0
Juanfran – Péssimo, prestes a vazar do clube. Nota: 3,0
Arboleda – Gol do Botafogo em bola aérea. Significa. Nota: 4,0
Bruno Alves – Virou um lixo de zagueiro. Como pode? Nota: 3,5
Reinaldo – Expulsão justíssima. Nota: ZERO
Luan – Futebol Tanajura. Nota: 4,0
Gabriel Sara – Deve estar em Marte. Nota: 3,0
Tchê Tchê – Futebol e semblante de derrotado. Nota: 3,5
Igor Gomes – Fraquíssimo. Nota: 4,5
Toró – Horroroso e fora de forma. 3,5
Luciano – Nem ele hoje se consagrou. Nota: 3,5
Léo, Igor Vinícius, Galeano, Rojas e Hernanes Oscar de melhor ator coadjuvante para o paraguaio Galeano, pelo pênalti inexistente magistralmente cavado.
Vizolli – Tem história do Tricolor mas como técnico, não dá. Nem interino. Nota: 3,0
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São Paulo e Botafogo medem forças nesta segunda-feira às 20h no Engenhão, Rio de Janeiro. Enquanto os já rebaixados cariocas fazem da partida um “laboratório” para jovens atletas, o São Paulo luta por uma vaga no G4, que lhe dará acesso direto para a vaga de grupos da Libertadores.
Se vencer o alvinegro em seu estádio, o Tricolor garante a vaga direta e passa o Atlético MG, ficando em terceiro lugar na competição. A manutenção da colocação ao final da quinta-feira também garantiria o clube como cabeça de chave de um dos grupos da Libertadores 2021.
Além da importância do confronto, a partida é uma rara chance do São Paulo contar com um meio-campo 100% oriundo de sua base. Isso porque o suspenso Dani Alves não viajou para o Rio de Janeiro e é praticamente certo o retorno de Gabriel Sara, recuperado de estiramento.
Deste modo, o meio-campo deve contar com Luan, Tchê Tchê, Sara e Igor Gomes mas se Vizolli promover a entrada de Rodrigo Nestor no decorrer do jogo, será a primeira vez na história que o futebol profissional do São Paulo contará com um quarteto no meio-campo 100% Made em Cotia. Antes disso, somente um trio formado por Luan, Liziero e Igor Gomes com o então interino Mancini.
Eu gostaria de ver os quatro em campo.
Outra atração da noite é Luciano. O jogador tem chance de se isolar na artilharia do Brasileirão e, convenhamos, ele merece muito. É praticamente o único que a torcida poupa de críticas na temporada.
O torcedor não verá o zagueiro Kanu, alvo do São Paulo para o setor defensivo, em campo. O jogador levou cartão vermelho na última rodada e fará Lúcio Flávio, técnico interino, voltar ao esquema com dois zagueiros.
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Saiu na ESPN Brasil: Elusmar Maggi Scheffer, torcedor do Internacional que doou R$ 1 milhão para que o lateral Rodinei pudesse ser escalado na partida diante do Flamengo, promete mala branca ao São Paulo para não esmorecer diante do rubro-negro, no Morumbi.
Indignado com o resultado no Maracanã e principalmente com a expulsão do próprio Rodinei, o torcedor mais ilustre do Colorado nos últimos dias estudará a ação com seu departamento jurídico. “Vou injetar dinheiro no São Paulo para a gente ser campeão. Vou estudar com a minha parte jurídica como proceder amanhã. – disse ele à Rádio Gaúcha ainda neste domingo.
Com dois jogos a realizar, o Tricolor precisa de três pontos para se garantir no G4 do Brasileirão e ganhar uma vaga direta para a fase de grupo da Libertadores. O clube tem o compromisso diante do Botafogo no Rio nesta segunda-feira e, caso vença o objetivo seria alcançado. Porém, para a torcida do São Paulo é uma questão de honra terminar o torneio com um bom resultado no Morumbi, sem a necessidade da ajuda do ilustre torcedor.
Como adorador de futebol e completamente apaixonado pelo São Paulo, acho a mala branca uma grande saia justa para qualquer instituição, em especial para aquela que torço desde criança, por princípios esportivos e éticos. Mesmo assim, não duvido que para estes jogadores do atual elenco, o incentivo possa até funcionar. Por isso, ao invés de doar ao clube, caro Elusmar, entregue essa mala pomposa diretamente para o elenco Tricolor, o mesmo que afinou neste campeonato por motivos inexplicáveis. Para a instituição, não. Nos poupe dessa situação.
O torcedor pode até brincar com o caso mas para mim, é um assunto sério. Com mala ou sem mala, o São Paulo tem obrigação moral de lutar pela vitória nos dois últimos jogos deste Campeonato Brasileiro. Pela sua história, pelos seus princípios e pela sua torcida.
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Ua partida que só valeu o segundo tempo, um empate chorado pelas duas equipes e justiça no placar. O resultado elimina o já quase impossível objetivo de título do São Paulo, mas o Tricolor tem o mérito de não ter perdido para o campeão da Libertadores na temporada. É ótimo ganhar do Palmeiras mas também é bom não perder para eles.
No geral o jogo foi fraco, com um primeiro tempo muito brigado e pouquíssimo jogado. Já na segunda etapa o São Paulo foi melhorou um pouco mas não fugiu da briga intensa no meio-campo. A mexida do Vizolli deu certo e o pênalti saiu na jogada de Toró. O gol mexeu com os palmeirenses que se abriram de vez e foi para cima. O gol de Rony, ainda que ‘cagado’, deu justiça no placar.
Resultado normal, é um clássico, mas achei que o time poderia ter sido mais ousado. Anormal foi a forma como o São Paulo destruiu o seu campeonato em 2021. Muita presepada que nem os jogadores conseguem explicar. Crespo viu de perto as deficiências da equipe. Agora tem que planejar para tapar os buracos do elenco.
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – Nenhuma grande defesa, seguro na bola aérea. Quase mais uma presepada. Nota: 6,5
Juanfran – Jogada do gol saiu no seu lado. Nota: 4,0
Arboleda – Boa partida. Seguro pelo alto. Nota: 6,5
Bruno Alves – Inseguro. Eu achei que cometeu pênalti. Nota: 4,5
Reinaldo – Não teve destaque nem decepcionou. Nota: 5,5
Luan – Partida segura na defesa. Nota: 6,0
Dani Alves – Muita jogada infantil e pouco brilho. Burocrático. Nota: 5,5
Tchê Tchê – Achei que foi bem dentro da sua função. Um chute ridículo ao gol Nota: 6,0
Igor Gomes – Buscou jogo e teve uma boa chance, bizonhamente desperdiçada. Nota: 6,0
Carneiro – Azar nos primeiros minutos. Sem nota.
Luciano – Luta, presença e gol. Artilheiro do Brasileirão. Nota: DEZ!
Pablo, Toró e Hernanes Destaque para Toró. Pênalti saiu de cruzamento dele. Pablo continuou nulo nos jogos.
Vizolli – Fez o que podia, propondo um jogo com menos aproximação e quase saiu vencedor. Perdeu Carneiro muito cedo, colocou o morto do Pablo, arriscou com Toró e empatou com o Campeão da Libertadores. Lutamos pelas primeiras posições do Brasileirão. O título, já era. Nota: 6,5
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O São Paulo enfrenta o Palmeiras no Morumbi na note desta sexta-feira. Além do jogo, importante por si próprio, será a primeira oportunidade de Hernán Crespo e seu staff acompanhar os atletas de perto.
O staff estará no Morumbi muito provavelmente estará instalado na tribuna de honra ao lado do presidente Júlio Casares e iniciará a avaliação do elenco in loco, isso é, no estádio mais clássico da capital paulista.
A princípio, Crespo terá urgência na avaliação de jogadores em fim de contrato, como são os casos de Juanfran, Joao Rojas e Gonzalo Carneiro. Pelo que a gente vê no dia a dia, Juanfran tem grande chance de sair do clube após a temporada porque seus vencimentos são altos para uma gestão que pretende baixar bem a folha salarial. Já o contrato do equatoriano Rojas poderá ser estendido até o final do Campeonato Paulista. A avaliação é que o atacante tem respondido bem aos treinamentos e merece ser melhor avaliado em situações de jogo.
Gonzalo Carneiro é uma incógnita para mim. O jogador, com características “únicas” nas palavras de Vizolli, praticamente não teve oportunidades desde que regressou da punição por consumo de cocaína e estava a caminho da não renovação, mas o bom jogo em Porto Alegre pode ter mudado seu destino. A vitória, com participação do comandante de ataque uruguaio, fez com que o clube voltasse a considerar Carneiro como opção no elenco.
Claro, as decisões dependerão do justo aval de Crespo. Por isso eu recomendaria a Vizolli que mantivesse o uruguaio titular diante do Palmeiras. Primeiro porque ele foi bem na primeira vitória do clube em 2021. Segundo porque Pablo não vem aproveitando as inúmeras chances que teve ao longo da temporada. Terceiro para apurar a avaliação do novo técnico e seu staff.
Carneiro está longe de ter um futebol “único” no sentido de ser craque e nem acho que deva ser titular do São Paulo em 2021, mas quando entra em campo causa uma certa fumaceira. Corre, se dedica e pode ser um bom elemento para segurar a zaga palestrina. Só precisa de um pouco de calma para não tomar cartões bobos.
O “único” que Vizolli se refere é em relação as características do uruguaio: alto, rápido para a sua estatura e voluntarioso. Se tiver a cabeça no lugar, Gonzalo Carneiro pode ser útil ao elenco Tricolor.
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