Não é preciso ser entendedor em futebol para saber que o principal problema do São Paulo para 2024 é o ataque. Ao mesmo tempo que comemora partidas sem levar gol na temporada, o clube sofre com as alternativas que tem para suprir o seu principal atacante, Calleri no restante de jogos que tem pela frente.
Tirando o argentino, em recuperação de cirurgia, o melhor jogador ofensivo é Luciano. Porém, o atual camisa dez não atua mais na última linha de campo e ainda pode sair do clube em caso de uma proposta tentadora da Arábia Saudita. Portanto, descartaremos Luciano do plantel de ataque Tricolor.
Juan, David e Erison até se esforçam para mostrar capacidade de permanecer no ano que vem mas não estão no nível exigido de uma competição como a Libertadores. Já Alexandre Pato, esperança de uma boa parte da torcida desde que retornou ao clube, sequer entrou nas últimas partidas. Dos quatro, apenas Juan deverá permanecer no elenco.
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Muitos nomes já são especulados para o ano que vem, porém, até agora apenas Erick é certo e assinado para 2024. Bom jogador, mas ainda uma incógnita que depende de adaptação ao novo clube e nova cidade.
Carlos Belmonte disse há um mês atrás que o clube avaliará o seu atual plantel até o fim da temporada, mas tão certo quanto a atenção especial que o ataque terá no planejamento para o ano que vem, será a dificuldade em encontrar atacantes com uma situação de contrato e perfil adequados para os desafios do clube no ano que vem.
A principal dificuldade do São Paulo é que o clube já possui um grande contingente de estrangeiros no plantel, o que reduz muito a possibilidade de contar com atacantes de fora do país ou estrangeiros que estejam atuando no Brasil. Não é proibido ter mais estrangeiros que o limite, mas obviamente nem todos jogarão ou mesmo ficarão no banco de reservas em algumas competições.
Outro problema é a pouca oferta de bons atacantes em situação de fim de contrato. Jogadores como Ferreirinha e Pedro Henrique ainda possuem contratos com seus atuais clubes: fim de 2024 e fim de 2025 respectivamente. No caso de Ferreirinha, o São Paulo aguarda o movimento do Grêmio. Se o Tricolor Gaúcho não esticar o contrato, Ferreirinha poderá assinar um pré-contrato no meio do ano que vem.
Com limitação para contratar, o São Paulo precisará muita criatividade e assertividade para encontrar soluções de bola na rede. Imagino que o clube esteja procurando brasileiros que atuem no mercado exterior para fortalecer o seu plantel. Kaio Jorge e William José, que inclusive recebeu sondagem do Tricolor neste ano, são exemplos de brasileiros que atuam no exterior.
Alguns nomes que atuam no Brasil poderiam ser considerados para a reserva de Calleri. Atualmente no Coritiba, Robson vive um bom momento e anotou seis vezes nos últimos seis jogos. O camisa 30 que teve passagem apagada pelo Tricolor possui doze gols e quatro assistências no Brasileirão, bons números diante de um clube virtual rebaixado. Porem o mesmo problema: o contrato do jogador com o Coxa vai até o final de 2024.
Outras opções para a reserva de Calleri são o rodado atacante Gustavo Coutinho, artilheiro da Série B pelo Atlético Goianiense e o velho conhecido Léo Gamalho, do Vitória. Aliás, o veterano atacante tem dez gols na série B e ajudou bastante o Leão a voltar para a primeira divisão.
Lembrando: o São Paulo procura um centroavante que esteja ciente que atuará pouco na temporada. Provavelmente em jogos que Calleri esteja suspenso ou lesionado, além de algumas partidas entre as decisões na temporada. Neste aspecto vale também observar o “Made in Cotia” Talles Wander, de 20 anos. O jogador renovou seu contrato em março e deve participar da Copinha no início de 2024.
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Uma das preocupações do torcedor do São Paulo para 2024 é o lado direito do campo. Apesar da boa temporada, que culminou na conquista da inédita Copa do Brasil, há a certeza que o S Tricolor jogou no limite no setor.
A boa notícia da semana, além da vitória sobre o RB Bragantino, foram os retornos dos laterais Igor Vinícius e Moreira aos treinamentos com bola junto ao elenco Tricolor. Igor ainda treina com restrições e evita contatos com os companheiros. Já Moreira treina normalmente.
Cotado para ser titular em 2024, Igor Vinicius ficou de fora de toda a temporada devido à uma grave lesão no púbis. O jogador passou por uma cirurgia que resultou em complicações adicionais, prolongando a recuperação e adiando a volta aos gramados neste ano.
Já Moreira havia se machucado gravemente no final do ano passado, durante um treino no CT da Barra Funda. Ele lesionou o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. No retorno aos gramados, o jogador de 19 anos teve um estiramento no posterior da coxa e teve pausada a sua ascensão no elenco.
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O retorno dos dois dá esperança de dias melhores no setor. Rafinha foi fundamental no ano de 2023 mas não pode carregar esse fardo praticamente sozinho no seu último ano de jogador profissional. Seu reserva foi Nathan, jogador limitado que poderá ser negociado com o futebol do exterior neste final de ano se existir a oportunidade.
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A expectativa é que, tanto Igor como Moreira estejam completamente recuperados até o final desta temporada e preparados para 2024. Com os três (Rafinha, Igor e Moreira) e com a habilidade do jovem luso-brasileiro em também se apresentar no lado esquerdo, o setor pode novamente se equilibrar.
Parafraseando Lulu Santos na música “A cura”, há uma ponta de esperança na direita.
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A vitória desta última quarta-feira marcou o início da parceria entre o São Paulo e o Santos no intuito de “trocarem” os seus respectivos estádios Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi) e Urbano Caldeira (Vila Belmiro) em caso de necessidades dos dois clubes.
A ideia é o uso sob regime de aluguel em casos de eventos ou reformas em 2024. O Morumbi possui série de shows na agenda enquanto que a Vila Belmiro prevê algumas reformas no ano que vem. Com o acordo, o São Paulo pagará ao Santos o valor do aluguel pelo uso da Vila e o Peixe pagará ao Tricolor o valor do aluguel para o uso do Morumbi, sem qualquer tipo de desconto.
O primeiro evento, o jogo entre São Paulo e Bragantino na Vila Belmiro, aconteceu de forma tranquila e respeitosa pelos torcedores do São Paulo. Estive presente e não presenciei nenhum ato de desrespeito ou vandalismo no “alçapão santista” ou em suas imediações. Nem mesmo ouvi de presentes cadeiras quebradas.
O torcedor do São Paulo concentrou-se na estátua do Zito e fez o pré-jogo de forma pacífica. Já na saída do estádio, o público evacuou o local sem incidentes. A sede da Torcida Jovem do Santos, que fica a poucas quadras da Vila estava vigiada e protegida pelos próprios integrantes. Saldo positivo.
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Já dentro do estádio, houve insatisfação dos torcedores do Santos após a divulgação de uma imagem nas redes sociais do São Paulo. Segue aqui a versão que apurei ouvindo gente ligada ao Tricolor: “o São Paulo alugou o estádio e colocou bandeiras da instituição nas bandeirinhas de escanteio e no mastro principal do estádio, ao lado da bandeira brasileira. O Santos não se opôs, mas depois que a foto foi divulgada, a torcida alvinegra começou a protestar nas redes sociais e o a diretoria santista pediu para que o Tricolor a tirasse, o que foi feito sem nenhum problema.”
Um percalço: o público na Vila Belmiro (11.948 torcedores) foi o pior do São Paulo como mandante no ano. Fora o da última quarta, os piores públicos do Tricolor foram os 16.422 contra a Inter de Limeira no Campeonato Paulista e os 16.827 diante do o Puerto Cabello (VEN) pela Sul-Americana.
Alguns são-paulinos criticaram a iniciativa, sugerindo que o São Paulo tivesse jogado no Nordeste ou em Brasília para manter a alta média alta de torcedores no ano. Eu achei legal a parceria com o Peixe. O gramado da Vila estava ótimo e a aura “estádio” me fascina mais que uma nova arena. Além disso, muita gente pôde visitar o estádio do Santos pela primeira vez.
Enfim, a experiência santista foi considerada positiva. Quem foi, gostou.
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Sem dúvida, a justa vitória sobre o Bragantino veio com muita luta e vibração. Porém, apesar da dedicação de todos os atletas, ela é mais uma partida que expõe o grave problema ofensivo que o elenco tem com a ausência de Calleri, o seu principal atacante.
Considerando Luciano e Lucas atacantes-armadores, o plantel de atacantes do elenco tem tido muita dificuldade em encontrar sucesso na meta dos adversários. Juan, Erison e David se esforçam muito em campo e possuem importância tática na equipe mas não tem a capacidade de conclusão do camisa nove argentino, hoje em recuperação de uma cirurgia no tornozelo.
Aliás, é de se louvar o esforço que Calleri fez em atuar com dores na região por quase todo o ano. O sucesso do Tricolor em 2023 se deve muito ao argentino, injustamente criticado por alguns torcedores na temporada.
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Voltando ao tema, é absolutamente emergencial que o Tricolor encontre um “companheiro de gol” para Calleri. O clube não pode depender de um único atleta para esta função, colocando toda a responsabilidade ao nosso camisa nove. O São Paulo se movimenta no setor com a chegada de Erick e as sondagens a Ferreirinha e Pedro Henrique, mas na minha opinião, será preciso contratar um atacante com aquele algo mais chamado bola na rede.
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O nome que eu queria ver no Tricolor em 2024? Óbvio, Bruno Henrique, até consultado pelo São Paulo. Mas será preciso procurar outras opções, com o mesmo faro de gols no currículo. Não vejo opção garantida no Sub20 e os ótimos atletas Sub17 ainda precisam cumprir etapas em Cotia.
Será que existe um novo “Amoroso ou Dagoberto” no mercado nacional?
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Vitória importante num jogo diferente para o são-paulino. Realizado na Vila Belmiro, icônico estádio do futebol mundial, o Tricolor passou pelo bom RB Bragantino e atingiu a nona colocação da achatada tabela do Brasileirão.
Estive na Vila e assisti um São Paulo muito modificado e limitado no jogo mas com seus jogadores compensando a dificuldade de construir e concluir jogadas com garra e muita determinação. Sem Calleri, Lucas e James, o Tricolor perde muito em criatividade e ofensividade; mesmo assim com a ajuda do torcedor a equipe fez frente ao ótimo adversário e conseguiu a vitória em um pênalti muito bem indicado pelo VAR.
Resumindo: o São Paulo quis mais e acabou vencendo um ótimo Bragantino em uma partida onde a equipe encontrou uma maneira de anular o adversário diante de sua fanática torcida.
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Vale ressaltar que foi uma vitória em cima de um candidato ao título. O RB Bragantino, com bons nomes no elenco, não teve vida fácil e chegou muito pouco a meta de Rafael. O São Paulo também contou com poucas chances mas teve como principal virtude não deixar o seu oponente ameaçar a sua área. Brigou muito para não ser dominado e teve êxito no objetivo.
No final, o gol com “raiva” de Erison, que fez o que dez entre dez são-paulinos pediam: um pênalto com força e altura no meio do gol de Cleiton. Foi para tirar a zica mesmo. Mesmo com o tento, Erison e seus companheiros de ataque Juan e David penaram muito para oferecer perigo a zaga do Massa Bruta e esse é um setor que precisamos nos reforçar bem, principalmente se Luciano sair.
No fim, vitória para tranquilizar de vez o torcedor e uma boa experiência em um estádio pequeno mas com boa estrutura e história condizente para ser a nossa eventual segunda casa em 2024.
Nota dos personagens da partida:
Rafael – Seguro nos cruzamentos e chutes de média distância. Nota: 7,0
Rafinha – Experiência no setor defensivo. Nota: 6,0
Arboleda – Retomou a liderança na zaga. Nota: 7,5
Beraldo – Um dos melhores em campo. Nota: 8,0
Wellington – Jogou um tempo, mas foi bem defensivamente. Nota: 6,0
Pablo Maia – Mais uma vez o melhor em campo. Nota: 9,0
Alisson – Bom trabalho e boa pegada no meio. Nota: 7,0
Michel Araújo – Partida mediana, com muita força. Nota: 6,0
Luciano – Bom primeiro tempo. Cansou na segunda etapa. Nota: 6,5
Wellington Rato – Mau primeiro tempo, boa segunda etapa. Nota: 5,5
Juan – Se dedicou bastante, mas falta apuro com a bola no pé. Nota: 5,5
Reservas: Erison entrou com muita vontade e foi decisivo no pênalti, assim como Caio Paulista, que sofreu a penalidade máxima. Gabi e David também entraram. O uruguaio errou uma bola que quase acaba com a sorte Tricolor e foi muito criticado por Rafinha dentro de campo.
Dorival Júnior – Missão cumprida em 2023. Pode continuar seus testes com mais conforto e tranquilidade para o ano que vem. Nota: 7,5
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