Sem meias palavras: o São Paulo foi assaltado pelo VAR, no Morumbi. Com uma atuação lamentável, a arbitragem foi o grande e negativo destaque na noite desta quarta-feira, prejudicando sensivelmente o Tricolor.
Com uma formação muito ofensiva, Crespo colocou a equipe no ataque e aos doze minutos marcou o seu primeiro tento na competição, com Éder recebendo cruzamento açucarado de Rigoni. O jogo estava controlado até o lance de Rodrigo Nestor. O volante levantou o pé mais alto do que o permitido e atingiu o adversário. Um lance normal, para cartão amarelo, pessimamente interpretado pelo VAR brasileiro. Em câmera lenta, os homens do monitor chamaram o fraco árbitro. Ele foi na onda, anulou o amarelo e aplicou o vermelho.
Aê cabe uma observação histórica: observando o VAR europeu desde sua implementação até os jogos da Eurocopa, percebe-se que o vídeo na maioria das vezes acompanha as decisões da arbitragem de campo. Aqui no Brasil a coisa se inverteu: os árbitros do campo criaram uma dependência do replay, da câmera lenta e sucumbem às decisões do VAR. Essa diferença empobrece nosso futebol: neste caso não houve força ou agressão no lance. Era só acompanhar o que o árbitro viu, sem interferir.
A partir daí, com dez, o jogo ficou difícil para o Tricolor. O time até teve boas jogadas mas sentiu a pressão e, num erro, permitiu o empate. As duas equipes tiveram chances de vitória mas a trave caprichosamente manteve a igualdade no placar.
Péssimo resultado para um já desfalcado Tricolor. Porém, os erros não aconteceram somente nesta quarta. Erraram contra o Fluminense, Atlético GO e o Galo de Minas. Não é desculpa para a incômoda posição na zona do rebaixamento, afinal na maioria dos jogos o time não mereceu o resultado positivo, mas neste caso, diante da Chape, o prejuízo foi claro, límpido e cristalino.
Está na hora da diretoria e do presidente do clube interferirem e tornarem os bastidores justos para o Tricolor. Não é possível assistir a estes crassos erros e ficar passível diante do prejuízo que o time levou. Repito com todas as letras: fomos assaltados na mão grande pelo VAR, dentro de nossa casa.
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – Uma grande defesa, sem culpa no gol da Chape. Nota: 8,0
Igor Vinícius – Fraca atuação no ataque e na defesa. Nota: 4,5
Bruno Alves – Único zagueiro de ofício no time. Nota: 6,0
Reinaldo – Primeiro tempo como zagueiro. Segunda etapa lateral. Em ambos os casos, discreto. Nota: 5,5
Gabriel Sara – Só jogou na segunda etapa, quando saiu da lateral e foi para o meio. Nota: 6,0
Rodrigo Nestor – Não merecia ser expulso. Geralmente eu dou zero em expulsões mas neste caso não darei nota. Sem nota
Liziero – Partida muito fraca, não acompanhando o atacante no gol da Chape. Nota: 4,5
Rigoni – O melhor do time. Preciso e ambidestro de verdade. Novo Hernanes? Não sei… mas vai se mostrando uma bela contratação. Nota: 8,5
Luciano – Tentou, lutou, se doou mas não é ainda o que foi ano passado. Nota: 5,5
Éder – Gol importante, o primeiro do clube no Brasileirão. De resto, discreto. Nota: 6,5
Rojas – Não brilhou no lado esquerdo. Parece que jogou ‘torto’. Nota: 5,0
Léo, Wellington, Pablo e Bruno Rodrigues – Pablo não pode perder o caminhão de gols que perde. É incrível. Léo entrou para mudar a formação defensiva e liberar Sara, Wellington foi bem na esquerda e torou um gol certo da Chape e Bruno jogou pouquíssimos minutos.
Crespo – Bom jogo até o gol. Partida controlada até a expulsão injusta. Nota: 6,0
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Segunda derrota no Brasileirão, um ponto em três jogos, o pior início do clube no Brasileirão de pontos corridos. O São Paulo inicia sua trajetória no torneio de regularidade da pior maneira possível nesta temporada.
O resultado deste domingo, se o torcedor olhar friamente, não é incomum. Perder do Galo em seus domínios é tão normal quanto vencê-lo no Morumbi. Salvo alguns momentos incomuns, é um clássico brasileiro. Anormal foi o Tricolor não ter poder de reação após estar perdendo o jogo e não levar perigo uma vez sequer ao goleiro Everson. Isso é preocupante. Com os alas bem marcados, cabia ao meio-campo o protagonismo (ou ao menos o combate) diante de uma equipe dura e bem montada. Os volantes do São Paulo não se impuseram e Gabriel Sara, responsável pelo elo de criação entre o meio e o ataque, desapareceu em campo.
Vejam o combate no gol do Galo. Impressionante a displicência dos marcadores nop avanço de Hulk no meio do campo. Pareceu gol de alunos de uma faculdade contra crianças do pré-primário.
Restou o pequeno consolo de ver que o Atlético, apesar da vitória, também não jogou nada. Mas o que importa nop Brasileirão de pontos corridos são os três pontos, muitas vezes não importando como. A equipe teve muito pouca iniciativa se comparando com a tradição do clube.
É claro: Benitez, Dani Alves, Arboleda e Luan fazem imensa falta mas não podem ser desculpa para tamanha inércia. Nenhum gol em três jogos é para se escrever no Guiness Book negativo do Tricolor. Uma lástima.
Os próximos três jogos serão contra a Chapecoense, o Santos e o Cuiabá. Para quem quer pensar em brigar na parte de cima da tabela, serão precisos no mínimo seis pontos. não tem mais ressaca nem Quatro de Julho. Tem que voltar a ser competitivo.
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – Boa defesa no início do jogo. Sem culpa no gol. Nota: 7,0
Bruno Alves – Teve muita dificuldade no lado direito. Nota: 5,5
Miranda – Saiu cedo, com uma contusão no adutor esquerdo. Sem nota.
Léo – Outro que teve trabalho com o ataque atleticano. Nota: 5,5
Rigoni – Melhor do São Paulo. Oferece repertório, tanto nos extremos como na bola parada. É a única boa notícia deste início lastimável do Tricolor. Nota: 7,5
Rodrigo Nestor – Pouca bola, muita dificuldade, até física. Nota: 5,0
Liziero – Partida muito fraca. Nota: 4,5
Gabriel Sara – Quem matou Sara? Desaparecido em campo. Nota: 4,0
Reinaldo – Muita dificuldade em seu setor. Pouca eficiência no ataque. Nota: 5,5
Pablo – Ausente em campo, não pegou na bola. Nota: 4,0
Luciano – Mal tecnicamente, perdeu muita bola boba. Nota: 4,5
Igor Vinícius, Igor Gomes, Eder e Rojas – Nenhum mostrou talento individual para ajudar no coletivo. Nenhum mudou o cenário do jogo. Time continuou estéril.
Crespo – O coletivo não funcionou. O Galo controlou o jogo de ponta a ponta. Nota: 4,5
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Simplesmente uma impiedosa goleada do São Paulo em cima do 4 de Julho, no Morumbi. O time de Crespo cumpre sua obrigação, despacha a zebra piauiense e se classifica para a próxima fase da Copa do Brasil.
O jogo foi muito fácil mas teve uma pitada de emoção nos primeiros quinze minutos. O gol relâmpago do adversário, em menos de sessenta segundos de jogo, fez muito torcedor se apavorar. O famoso “passou um filme de terror na cabeça” rendeu muita discussão (e brigas) nos grupos de Whatsapp.
Porém, depois do primeiro tento, o castelo de sonhos do Quatro de Julho foi por água abaixo. O São Paulo jogou sério, não deixando o rival ter chances de sonhar e essa é a melhor notícia da noite. O torcedor não aguentaria ver desprezo e falta de fome de bola, mesmo se classificando. Enfim, o time fez o que tinha que fazer e fez de forma séria. Isso é São Paulo.
Valeu para o elenco do Quatro de Julho, modesto time do Piauí, que teve a oportunidade de vir ao Morumbi sentir a grandeza do Tricolor. Só não gostei (e os jogadores não gostaram, vide Pablo no pós-jogo) das gozações após a derrota em Teresina e em Goiânia, por tabela. Brincar é legal mas houve exagero. E ele foi respondido com seriedade pelo grupo são-paulino.
Placar bonito, mas faltou um para termos uma cada vez mais rara vitória de “dois dígitos”. Agora o São Paulo aguarda o seu próximo adversário, desta vez pelas oitavas de finais da competição que nunca venceu e precisa levar muito a sério. Esportivamente e financeiramente.
Nota dos personagens em campo:
Tiago Volpi – Uma grande defesa, evitando o segundo gol do adversário. Nota: 8,0
Bruno Alves – Um incômodo amarelo. De resto, partida tranquila. Nota: 7,5
Miranda – Tirando o primeiro gol, tranquilidade total. Nota: 8,0
Léo – Para mim o melhor da defesa. Nota: 8,5
Rigoni – Surpresa na escalação, foi para mim o melhor em campo. Mostrou ótimo repertório na direita, sendo responsável por assistência e gol. Aparentemente uma ótima contratação. Nota: DEZ
Rodrigo Nestor – Trabalho tranquilo no meio. Jogou mais posicionado a frente da zaga. Nota: 7,5
Gabriel Sara – Início titubeante, depois jogou tranquilamente, fez gol e assistência. Nota: 8,5
Luciano – Boa partida, procurando os espaços e fazendo gol. Nota: 8,5
Reinaldo – Falha feia no primeiro gol. Depois teve espaço e criou. Nota: 6,5
Pablo – Tropeça na bola, corre errado, fica impedido, mas fez os gols que dão tranquilidade para seguir lutando e merece nota máxima. Mas, que é duro ver algumas jogadas terminarem em nada, é. Nota: DEZ
Éder – O único que destoou no primeiro tempo. Substituído no intervalo. Nota: 5,5
Igor Vinícius, Igor Gomes, Shaylon, Rojas e Wellington – Igor Vinicius entrou no intervalo e não aproveitou tanto os buracos no seu lado. Os outros entraram mais no final mas levaram a sério e mantiveram o time aceso até o apito final.
Crespo – Correto em colocar força máxima. O time levou a sério o jogo todo e isso foi um ponto importante para mostrar a torcida que o São Paulo não está para brincadeira. Nota: 9,0
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São Paulo e 4 de Julho se enfrentarão nesta terça-feira às 19 horas, no Morumbi. É a segunda partida válida pela terceira fase da Copa do Brasil e o Tricolor precisa vencer com dois gols de diferença para não dar adeus na competição.
O planejamento de poupar titulares para o início do Campeonato Brasileiro caiu pelo risco de eliminação precoce. Liberado para comandar sua equipe no banco de reservas, Crespo não antecipou a escalação mas sem Dani Alves, Arboleda, Luan, Liziero e Benítez a tendência é termos em campo uma equipe semelhante a derrotada pelo Atlético GO, no último sábado. Seria a atual força máxima do Tricolor.
Há duas dúvidas, uma no meio-campo e outra no ataque. No meio, Shaylon disputa vaga com Igor Gomes. Já no ataque, a dúvida é entre Rojas e Éder. Sem pestanejar eu iria com Igor Gomes e Éder para este compromisso. Shaylon foi muito mal nas duas oportunidades que teve no time titular e Rojas poderia ser usado no segundo tempo, puxando contra-ataques, se necessário. Tá na hora de Éder ser titular ao lado de Luciano.
Essa é a provável equipe que pegará o 4 de Julho, com as dúvidas na escalação: Volpi, Bruno Alves, Miranda e Léo; Igor Vinicius, Rodrigo Nestor, Shaylon (Igor Gomes), Gabriel Sara e Reinaldo; Luciano e Rojas (Éder).
Não dá para pensar em eliminação. O São Paulo tem obrigação de se classificar até com o Sub20 de Alex. A ordem é botar pressão desde o primeiro segundo até o último minuto da prorrogação do segundo tempo para não correr riscos. É só jogar naturalmente que os gols sairão naturalmente.
Meu palpite? 4×0 para o Tricolor, desta vez sem erros de arbitragem.
E o seu placar?
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O 4 de Julho, adversário do São Paulo pela Copa do Brasil, anunciou um ‘reforço’ nesta segunda-feira, em seu Twitter: o jornalista e humorista Lucas Strabko, mais conhecido como “Cartolouco”.
Na verdade trata-se de uma ação de marketing, já que o tal reforço não pode ser inscrito na competição. O “Gavião Colorado”, como o 4 de Julho é conhecido no Piauí, terá Lucas como produtor de conteúdo e chamariz digital para que o clube piauiense aumente seu engajamento e fãs nas redes sociais.
A bomba foi plantada! Temos reforço para a Copa do Brasil!
BEM-VINDO, C4RTOLOUCO! 💣🇮🇩 pic.twitter.com/g3rBihCVxY
— 4 de Julho EC⁴ᴰᴶ🇮🇩 (@4dejulhopi) June 7, 2021
Recentemente o “Cartolouco” esteve no Resende e até foi inscrito no Campeonato Carioca, provocando polêmica entre jogadores e jornalistas. Como entretenimento e produção de conteúdo, acho válida a iniciativa. Agora, como atleta, a discussão sobre a necessidade de um amador entre profissionais do futebol é necessária.
Achei bem interessante e válida a ação do 4 de Julho. Gerou comentários e engajamento e só por isso o ‘reforço’ já deve ter valido o investimento. Ah, e não é nenhum “afronte” contra o São Paulo e sim uma oportunidade. Porém, como profissional de comunicação, penso que o 4 de Julho precisa tomar cuidado para não se aproximar daquilo que o clube pernambucano, famoso “pior clube de futebol do mundo” faz em suas redes sociais. O twitter do Íbis, declaradamente humorístico, com estratégia e conteúdo muito bem produzidos, está entre os meus preferidos perfis de humor do Twitter pelo pioneirismo, na época que “estagiário” nas redes de clubes ainda era uma maneira inédita e divertida de se referir a ‘loucuras’ permissíveis na comunicação esportiva.
Desta maneira, aí vem a pergunta: como o 4 de Julho, clube da série D do Campeonato Brasileiro, vai querer ser percebido no futebol? Como um clube profissional ou um clube de humor?
Não existe resposta certa. Existe objetivo e estratégia.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]