Os dias após uma eliminação de Libertadores são duros para qualquer torcedor e eu me enquadro dentro dessa situação, ainda mais para um rival histórico. Porém, quando se trata de gestão de futebol profissional, existe previsão para este tipo de situação e ajustes no percurso da temporada.
No caso do São Paulo, as metas vivas são a disputa e conquista da Copa do Brasil e a zona de classificação para a próxima Libertadores, dentro do Campeonato Brasileiro. Neste momento, o Tricolor está na 14ª colocação, com apenas 18 pontos ganhos, em uma situação ainda muito desconfortável.
É incômoda a posição na tabela mas era sabido desde o início do ano, com a contratação de Crespo e os primeiros reforços, que o clube ainda não teria condições de chegar até o fim em todas as competições, quanto mais ganhar as três. Independentemente disso, metas são estipuladas para avaliar o desempenho dos profissionais, sejam eles os diretores, os membros da comissão técnica e os atletas.
O Tricolor colocou como meta vencer o Campeonato Paulista, ao menos chegar nas oitavas de finais da Libertadores e na Copa do Brasil, além de estar na próxima Libertadores, competição que distribui muito dinheiro, além de prestígio e uma cobiçada taça. Pois bem, as metas profissionais foram alcançadas: o São Paulo conquistou o Paulistão e bateu as metas da Libertadores e Copa do Brasil, ainda com chances de ir além. O clube ainda precisa se recuperar no Brasileirão e agora terá mais dias de treinamento para isso. Além do Brasileirão e da Copa do Brasil, o clube revê urgentemente a recuperação dos atletas no Reffis, prioridade alta para pensar nas outras metas!
O que os portais de esporte não falam, eu digo aqui: é possível mas não será fácil alcançar a glória da Copa do Brasil. Além do ótimo Fortaleza, certamente teremos dois adversários dificílimos na semi e, claro, na final. Isso provavelmente sem reforços para o ataque, afinal todos perceberam que a nova gestão tem como perfil optar por tentar ótimos jogadores dentro de sua realidade (como foi com Rigoni) a contratar apostas, dúvidas ou estourar seu orçamento. É outro mindset, na qual concordo e apoio.
As metas estão aí, claras. Cabe ao clube e ao torcedor entendê-las e seguir o jogo!
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Dani Alves é nome certo na final do futebol nos Jogos Olímpicos de Tóquio neste sábado. O veterano estará em campo na tentativa do bi ouro olímpico e, se depender do Tricolor, também será escalado para o primeiro jogo das quartas de finais da Libertadores diante do Palmeiras, no Morumbi.
O camisa dez Tricolor chegará em São Paulo por volta das quatro da manhã de segunda-feira e toda uma operação logística foi planejada para que ele esteja em condições para enfrentar os palmeirenses no dia seguinte, às 21h30. A preocupação é maior do clube é com o descanso do atleta após a longa viagem Japão/Brasil, por isso ele deverá ganhar folga e não deverá se apresentar no CT na segunda-feira.
Como Crespo gosta de passar um treinamento leve no dia da partida, será possível ver o jogador participando da atividade junto com os atletas na manhã de terça. Se estiver fisicamente recuperado, certamente o Good Crazy irá para o jogo pois motivação não falta para o atleta em participar de forma ativa da maior competição de clubes da América do Sul.
Para finalizar: a opinião. É absolutamente imprescindível a presença do veterano, caso tenha condições físicas de participar do jogo sem prejudicar o seu rendimento e, principalmente, o rendimento do time. Afinal, são para esses jogos grandes que o Dani Alves foi contratado a peso de ouro.
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Dezesseis de julho de 2021: dezesseis anos de Cotia. As categorias de base do São Paulo Futebol Clube são a ‘salvação’ econômica do clube há pelo menos vinte anos mas neste ano específico de 2021 ela também deverá ser também a redenção técnica da instituição mais vencedora do país.
Em um ano atípico onde o clube optou por emendar as temporadas para voltar a conquistar um título, as sequelas físicas são claramente vistas neste momento. Os jogadores mais experientes e aqueles que vieram de países onde o calendário não é intenso como no Brasil sentiram o baque. Foram os casos de Eder e Miranda, vindos do confortável futebol chinês para o calendário mais louco do mundo.
Há também os atletas com conhecido histórico de lesões, como Benitez e Luciano e até a situação de Rigoni. O argentino chegou em fim de temporada na Europa para vestir a camisa titular, sem férias ou uma preparação inicial para a maratona de jogos na América do Sul. Também sentiu.
Sem seus jogadores mais experientes e sem recursos ‘ilimitados’ para contratações, a base será o pêndulo do ano. Jogadores como Galeano, Wellington, Talles e Marquinhos se juntaram aos ‘veteranos’ Liziero, Luan, Igor Gomes e Gabriel Sara para manter a intensidade desejada por Crespo e sua comissão técnica. Sorte do São Paulo em possuir esse recurso, mas não é ideal colocar o peso de uma temporada profissional nas costas dos recém chegados, apesar de estarem acostumados a decisões na base.
Na próxima terça, dia de decisão de uma vaga para as quartas de finais da Libertadores, poderemos ter em campo metade ou mais jogadores formados em Cotia. Para mim, essa situação é motivo de muito orgulho mas também muita preocupação: a classificação para a próxima fase do torneio internacional, bem como o futuro no ano, passará pelos pés e pelos cérebros dos nossos garotos.
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O atacante Bruno Rodrigues, emprestado ao São Paulo no início do ano, está de saída do clube. O jogador, que pertence ao Tombense, viajará para Portugal e acertará um novo compromisso de empréstimo com o Famalicão, time da primeira divisão do país.
Bruno, primeira contratação da era Júlio Casares, veio antes mesmo do técnico Crespo e, segundo o que eu apurei, não se adaptou ao esquema do treinador. Por este motivo, é um erro achar que o jogador não teve chances para mostrar futebol no período que esteve no clube. Treinando normalmente com o elenco, Bruno era o jogador que mais tinha dificuldade em executar as funções exigidas na formação e por isso em muitos jogos sequer ficava no banco.
Apesar da saída, Bruno Rodrigues pode dar certo no Tricolor. Por que? Porque o clube o liberou mas manteve a preferência de compra pelo mesmo valor do contrato firmado no início do ano, acreditando em uma evolução ou mesmo no uso em uma outra formação de jogo, no futuro. Enfim: o São Paulo acredita no jogador, mesmo não funcionando num primeiro momento.
Desejo boa sorte ao Bruno em sua nova jornada. Atuará na primeira divisão portuguesa, provavelmente em um esquema que já está acostumado e tem tudo para mostrar futebol. O São Paulo estará de olho.
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Creio que não haja neste mundo um são-paulino sequer despreocupado com a situação do São Paulo no Campeonato Brasileiro. Sem vencer desde o início da competição, o clube amarga míseros cinco pontos em nove rodadas e encabeça a turma do Z4 no torneio de regularidade.
O alerta está ligado. É evidente que a confiança do elenco e da torcida despencou com a falta de resultados no Brasileirão. Afinal, é o pior início do Tricolor na era dos pontos corridos em um torneio que é cada vez mais parelho e disputado. Com alguns de seus principais jogadores abaixo fisicamente e tecnicamente, o clube tenta corrigir o rumo o mais rápido possível para evitar o efeito “areia movediça” da luta contra o rebaixamento.
Eu mudei meus planos para a segunda metade do ano. Se a principal meta do primeiro semestre era ganhar um título para resgatar a confiança do torcedor e de investidores no clube, neste segundo semestre a o objetivo é não ser rebaixado. Cair para a Série B significa muito mais que abalar o orgulho do torcedor que se gaba de nunca ter visto o seu time na segundona. Financeiramente o São Paulo receberia muito menos receita de TV, premiação, bilheteria, Sócio Torcedor e patrocinadores. Cruzeiro, Vasco e Botafogo que o digam.
Portanto, o foco até dezembro deve ser é a manutenção do clube na série A.
Vejam bem: é evidente que torcerei para que o São Paulo avance o mais longe possível nos mata-matas que terá em vista. Porém, analisando a situação e perspectiva atual, se o São Paulo não cair de divisão e ainda melhorar sua situação financeira neste ano, fechará 2021 no lucro.
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O publicitário e jornalista Daniel Perrone é uma das maiores referências entre torcedores do São Paulo FC. Atuou por 10 anos como blogueiro do São Paulo no Globoesporte.com , integrou o programa "Fanáticos" do Esporte Interativo e foi o “cara do sofá roxo” da HBO Max, no Paulistão 2022. Atualmente administra o Blog São Paulo Sempre. Diplomado em Gestão de Clubes (SPFC/ESPM), é autor dos livros “TRI Mundial” (2010) e “MorumTRI" (2020) e do documentário COPA DO BRASIL 2023 (Prime Vídeo). Transmite a experiência dos jogos do Tricolor dentro e fora do Morumbis, mostrando os bastidores dos jogos e viagens. É sócio de uma loja de camisetas temáticas, com estampas produzidas para o torcedor são-paulino. Campanhas publicitárias, ativações de marcas e produtos nas redes sociais e blog, publieditoriais e presença em eventos. Contrate: [email protected]
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