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Veja quanto o São Paulo pagou em comissões entre 2016 e 2020

Historicamente conhecido como um grande formador de atletas, a receita de negociação das jóias de Cotia tem sido uma importante fonte de receitas para o São Paulo nos últimos anos. Entretanto, boa parte dessa receita acaba não entrando nos cofres do Tricolor. Devido ao trabalho de intermediação das negociações, empresários ou agências que trabalham no ramo, ficam com parte dos valores divulgados na mídia quando da venda de um atleta.

 

De acordo com as demonstrações financeiras publicadas oficialmente pelo São Paulo, de 2016 a 2020, o clube “faturou” em venda de atletas nada menos que R$710 milhões. Porém desse montante, R$58 milhões não entraram nos cofres do Morumbi pois foram pagos como intermediação, o que representou pouco mais de 8% desta receita. A informação é do canal Finanças Tricolor, especializado em bastidores financeiros e econômicos do São Paulo FC.

 

Dentre todas as negociações desta janela de tempo, a que mais nos chama a atenção é a de Éder Militão, que em 2018 foi negociado com o Porto pelo montante de R$31,5 milhões. Deste valor, R$8,8 milhões foram pagos em intermediação, portanto, 28% (mais de 3x o valor médio pago, historicamente, pelo clube).

 

Em 2019, o Real Madrid contratou Militão junto ao Porto e como o São Paulo ainda detinha um % dos direitos econômicos, o clube deveria receber R$19,9 milhões. Entretanto, R$4,4milhões foram pagos em intermediação novamente, representando 22% do total negociado. A título de informação, o clube ainda recebeu R$ 6,2 milhões pelo fato de ser clube formador.

 

Outra negociação que chama atenção, não pelo % da intermediação que foi pouco acima da média (12%), mas pelos valores envolvidos, foi a venda do Antony para o Ajax. O clube pagou R$11,8 dos R$95,3 milhões referentes à negociação do atleta.

 

Já, de acordo com os demonstrativos, as vendas de Lucas Fernandes (Portimonense-2019), Petros (Al Nassr-2018), Lyanco (Torino-2017), Maicon (Grêmio-2016) e Alan Kardec (Chongqing Lifan-2016) não tiveram pagamentos de intermediação ou o valor foi abaixo de 1% do montante total da venda.

 

Texto criado pelo Canal Finanças Tricolor

 

OPINIÃO DO BLOG É de se assustar quando vemos o montante total (R$ 58 milhões) mas ao entender que esse montante representa 8% das vendas totais, acredito ser uma porcentagem normal de comissão no futebol profissional e também no mercado corporativo e publicitário, onde as comissões variam entre 10% a 20%.

 

As comissões declaradas impactam no momento financeiro atual mas não são o principal causador da dívida do clube. O problema é como o Tricolor gere o dinheiro que chega; principalmente com luvas, salários e comissões a jogadores e técnicos que vieram para o clube nos últimos anos. O déficit entre receita e despesa no futebol, aliado a falta de investimento em setores como o marketing, fizeram com que o São Paulo saísse de posto de liderança para o de coadjuvante no futebol de hoje.

 

Dá para recuperar o tempo perdido com gestões ruins? Dá sim. Com um trabalho sério, profissionais competentes, responsabilidade financeira, tempo e paciência, não só é possível como é provável de acontecer. Mas é preciso ter consciência que outros clubes estão na frente e fazem um trabalho bom, com ou sem mecenas. O Tricolor nadava de braçada em décadas passadas, não só porque tinha competência, mas também porque não tinha concorrência.

 

Espero do fundo do meu coração que a gestão Júlio Casares trabalhe firme no sentido de melhorar o modo com que o clube investe no futebol. As receitas do marketing aumentaram e isso é uma grande notícia. Em abril saberemos, via balanço, se há de fato estancamento de dinheiro no futebol.

 

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Com aval da FIFA, possibilidade de David Neres jogar no São Paulo se torna real

É oficial: em razão da guerra entre Rússia e Ucrânia, a FIFA emitiu um comunicado dizendo que permitirá jogadores estrangeiros que atuem nos dois países suspendam seus contratos e joguem por outros clubes até junho.

 

Um detalhe: os contratos de estrangeiros que atuam na Rússia e Ucrânia NÃO serão quebrados. Eles serão suspensos pelo menos até o primeiro dia de junho, abrindo possibilidade dos atletas serem emprestados a outros clubes, inclusive brasileiros.

 

Com a medida, a possibilidade do são Paulo em repatriar David Neres pelo período de três meses se torna real. Antes dessa chancela, era praticamente impossível qualquer clube falar de repatriação de qualquer jogador com contrato vigente. O jogador está no Brasil e poderia, dentro do que a FIFA permitiu, jogar pelo Tricolor em regime especial, mantendo seu contrato com o Shaktar suspenso até o segundo semestre.

 

Há dois fatores para a chegada de Neres ao Tricolor. O primeiro fator é o desejo de David Neres de jogar pelo clube que o revelou neste meio tempo. Não é a coisa mais difícil de se imaginar, entretanto outro fator não torna a vinda de Neres “favas contadas”: o famoso aspecto financeiro.

 

Neres ganha consideravelmente bem na Ucrânia e até estaria disposto a baixar a pedida para a realidade brasileira por um curto período mas, assim como Soteldo, seu salário não está dentro da realidade do clube brasileiro. Deste modo, para avançar com uma proposta adequada, o Tricolor procura investidores para viabilizar os salários do atleta durante pelo menos esses três meses de ação.

 

Por ser uma operação que necessita de um tempo curto, a resposta a essa questão Neres/SPFC deverá ser resolvida nos próximos dias, para o bem ou para o mal. Porém, tenho otimismo em relação a essa repatriação. Conforme disse em um outro post, é difícil mas não impossível o São Paulo contar com um grande atacante ainda neste primeiro semestre.

 

A ver.

 

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Lugano se manifesta sobre vitória: “mais um dia normal no Morumbi!”

O ex-jogador e ídolo Tricolor Diego Lugano se manifestou em seu Instagram após a vitória do São Paulo no clássico do último sábado, diante do Corinthians, no Morumbi.

 

Primeiramente, o uruguaio citou o tabu entre os dois clubes em jogos no Cícero Pompeu de Toledo. “Mais um dia normal no Morumbi”, referindo-se ao número de jogos do São Paulo sem perder do adversário em sua casa. Jogos inclusive que contaram com a participação do ex-zagueiro Tricolor, já no final da carreira.

 

Logo depois, Lugano parabenizou Rogério Ceni e a equipe pelo excelente desempenho durante os noventa minutos em campo. O ex-atleta entende que clássicos são feitos para que os clubes mostrem suas identidades e, segundo ele, isso foi mostrado pelo Tricolor.  “Clássicos são aqueles jogos pra mostrar a verdadeira cara do time!” – finalizou o uruguaio, em seu post.

 

A leitura de Lugano foi exatamente a minha leitura. Não foi uma partida vistosa e com muitas chances de gol mas o São Paulo, sobretudo na segunda etapa, soube jogar o jogo e vencer o seu rival, com um elenco claramente mais caro e, no papel, considerado mais forte.

 

Veja aqui as declarações de Lugano em seu Instagram.

 

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OPINIÃO São Paulo 1×0 Corinthians

Temporal de granizo, gol relâmpago e mais uma expressiva atuação coletiva, no Morumbi. O São Paulo mostrou força diante de um qualificado adversário, manteve o tabu de não ser derrotado em sua casa e talvez, eu disse talvez, trouxe o torcedor mais desconfiado ao seu lado.

 

O bandeirão da Independente ainda estava aberto quando Calleri anotou aquele que seria o único gol da partida, em meio a um temporal de granizo que fez o torcedor que esteve no Morumbi cantar ainda mais, criando uma atmosfera incrível no estádio mais clássico do estado.

 

O adversário equilibrou a partida e ainda teve boas chances no primeiro tempo mas na segunda etapa foi completamente sodomizado pelo excelente trabalho defensivo Tricolor. É verdade que foi um jogo com poucas chances de gol para ambos os lados mas isso não é uma crítica. Clássico não se joga; se ganha, e o São Paulo provou para mais um tanto de torcedor desconfiado que pode ter sim, um time competitivo. Ganhar título é outra coisa, é do esporte.

 

 

Gostei bastante do meio-campo leve e jovem promovido por Rogério Ceni. Pablo, Nestor, Igor e Sara mostraram uma aplicação tática espetacular, dificultando demais o trabalho dos experientes meio-campistas alvinegros. O gol no início ajudou muito mas eu imaginava uma partida mais franca, com o Corinthians menos retrancado. Enfim, entre acertos e alguns jogadores ainda em baixa, o plano deu certo.

 

Valeu pela extrema aplicação coletiva. Nesta semana teremos um desafio ainda maior; o Palmeiras no Morumbi e logo depois uma outra pedreira; o Mirassol em sua cidade. Vencer o Corinthians representou muito mais que os três importantes pontos para os mata-matas: mostrou que o elenco pode competir de igual para igual com outros de igual tamanho ou melhores.

 

Nota dos personagens da partida:

 

Tiago Volpi: Criticado pela “lenda” dos gols bonitos, o ex-titular voltou como capitão e foi decisivo, evitando um gol certo ainda no começo do primeiro tempo, para desespero dos corneteiros de plantão. Jandrei merece a titularidade mas Volpi merece respeito. Nota: DEZ!

Rafinha: Partida perfeita, dificultando o jogo do ótimo William. Nota: 9,5

Arboleda: Senhor da zaga. Imponente. Nota: 8,5

Léo: No lugar de Miranda, o jovem não decepcionou na zaga. Nota: 8,0

Wellington: Surpresa de Ceni, fez um ótimo trabalho de marcação. Nota: 7,5

Pablo Maia: Esse moleque é bom. Dominou a saída de bola e marcação. Nota: 8,5

Rodrigo Nestor: Jogando na sua posição, foi muito bem no trabalho coletivo do meio-campo. Nota: 8,0

Igor Gomes: Talvez o único dos garotos que ainda destoa no elenco. Mesmo assim, teve boa aplicação no meio-campo. Nota: 6,5

Gabriel Sara: O São Paulo ainda precisa de um meio-campista mais tarimbado, que decida e conduza o meio. Mesmo ainda não sendo esse homem, Sara faz o trabalho sujo do meio e contribui com o coletivo. Nota: 7,0

Eder: Lutou muito, se esforçou bastante e saiu do jogo aplaudido. Nota: 6,5

Calleri: Oportunista e predestinado. Mais um gol contra o Corinthians, mais um gol em jogo grande e mais um gol que decide jogo. Nota DEZ!

 

Rogério Ceni – O grande nome em campo foi Calleri mas fora dele, sem dúvidas, foi Rogério Ceni, para desespero total dos críticos. O técnico mostrou competência tática, apostou em nomes certos e leva mais um resultado positivo em clássico para suas estatísticas. Se a vitória contra o Santos não serviu de termômetro porque o time da baixada santista é fraco, será que hoje contra um adversário com um time mais badalado que o nosso, serviu? Para a ala MIMIMI da torcida acho que ainda não foi parâmetro… Nota: DEZ!

 

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Sim, Rogério Ceni sofre pelo seu legado e modo de encarar o futebol!

O jornalista Mauro Cezar Pereira foi incisivo quando perguntado sobre as críticas ao técnico Rogério Ceni, atualmente comandante do São Paulo. Segundo ele, há má vontade excessiva por boa parte da imprensa e torcedores ao trabalho do técnico.

 

“Foi campeão brasileiro no Flamengo, campeão carioca, campeão da Supercopa, campeão de quebra da Taça Guanabara, que o Flamengo não vai ganhar esse ano, vai ser do Fluminense e aí ela vai ser citada ‘o Flamengo não ganhou a Taça Guanabara’. Era obrigação ganhar? Ganhou, ganhou quatro taças no Flamengo. Eu acho que existe má vontade com o Rogério Ceni” – disse Mauro no Podcast Posse de Bola, do Portal UOL.

 

O jornalista pontuou a falta de carisma do técnico, como algo que contribui bastante para a má vontade da imprensa e dos torcedores e comparou sua simpatia (e expertise) com outro treinador: Joel Santana.

 

“Deve ser muito mais legal tomar um chopp com o Joel ouvindo histórias do que conversar com o Rogério sobre algum assunto desses porque o Rogério é sério e tudo. Agora, conversar com o Rogério deve te enriquecer muito mais em um papo sobre futebol do que com o Joel Santana. Mas boa parte da imprensa esportiva também gosta muito mais dessa conversa fiada do que de tentar conhecer mais o jogo” – disse o jornalista ao Podcast Posse de Bola.

 

Concordo com o Mauro Cezar quando ele acentua o conhecimento futebolístico de Ceni e também a sua mínima vontade de querer agradar nas entrevistas com piadas e simpatia. Como convivi praticamente toda a minha vida de futebol acompanhando o goleiro, ainda reforço um ponto: quando jogador, Ceni praticamente teve somente um clube em seu currículo e, como goleiro artilheiro que foi, colecionou ‘inimigos’ em todos os clubes brasileiros que marcou gol.

 

Para reforçar minha tese, relembro uma rixa entre palmeirenses e são-paulinos sobre a época em que Ceni e Marcos vestiram a camisa canarinho, em 2002: “Marcos é muito mais legal que Rogério Ceni…” – diziam uns. “Claro, o Rogério marcou gol em todo mundo…” – respondiam outros.

 

Por esse motivo acima, e pelo jeito sério e até sisudo de encarar o futebol, coisa que lhe rendeu saia justa até na seleção brasileira em 2002, o hoje técnico Rogério Ceni sofre resistência e má vontade de boa parte daqueles que não fazem questão de se aprimorar na parte tática do jogo.

 

Nas redes sociais o fenômeno se repete: perfis, páginas e podcasts de humor no futebol hoje tem mais interatividade de torcedores que perfis de gente que fala de futebol de modo profissional. Sem críticas e sim uma constatação: é mais fácil ser simpático a ser entendedor.

 

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